segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Cristo Redentor é idealizado por um Padre da Missão


O Cristo está localizado no topo do Morro do Corcovado, a 709 metros acima do nível do mar. De seus 38 metros, oito estão no pedestal. A inauguração do Monumento foi realizada no dia 12 de outubro de 1931, pelo Cardial Dom Sebastiao Leme, Arcebispo do Rio de Janeiro, isto é, nove anos após a bênção da pedra fundamental, em 1922. 

O protótipo, em gesso, foi executado pelo escultor francês de origem polonesa Maximilien Paul Landowski, segundo o projeto arquitetônico do Engenheiro Heitor da Silva Costa.
Novas sete maravilhas do mundo: 1º Grande Muralha (China), 2º Ruínas de Petra (Jordânia), 3º Estátua do Cristo Redentor (Brasil),4º Machu Picchu (Peru), 5º Pirâmide de Chichen Itza (México), 6º Coliseu (Roma) e o 7º Taj Mahal (Índia).
A ideia construção do monumento partiu da iluminação de um padre da Congregação da Missão, como apresenta os dados anexos. A estátua é, desde 2007, a 3ª das novas sete maravilhas do mundo, bem como talvez o mais conhecido cartão postal do Brasil.

É curioso como muitos cariocas nunca se deram o prazer de visitar o Cristo, não sabemos se porque se cobra uma taxa com média de R$ 50 (cinquenta reais) ou por acomodação mesmo – sempre deixam para manhã e a vida assim se passa. Porém é visita obrigatória para todos que passam pela cidade maravilhosa. A subida se dá a pé, de carro ou bonde (o mais recomendado).

No topo do morro há serviços de lanches, cafés e demais bebidas, bem como loja de souvenires, e claro pátios cercados de muretas de onde se pode ver a Capital Fluminense de ângulos diversos e em paisagens inesquecíveis. Na base do monumento há uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.

Curiosidades Históricas:

1. Proposição da Princesa Isabel
A Princesa Isabel, para comemorar a libertação dos escravos, no dia 02 de agosto de 1888, propôs a construção, no morro do Corcovado, de uma imagem do Coração de Jesus, o coração que tanto amou e sofreu.

2. Pe. Pedro Maria Boss, CM, ao editar o livro Imitação de Cristo (1903), defende a construção do Cristo Redentor no Corcovado.
“O Corcovado! Lá ergue o gigante de pedra, alcantilado, altaneiro e triste, como interrogando o horizonte imenso...: quando virá?... Há tantos séculos espero?
Sim, aqui está o pedestal único no mundo, quando vem a estátua, como eu colossal, imagem de Quem me fez!...
Ai, Brasil amado! Que deixaste passar a data mágica do grande jubileu, jubileu duas vezes para ti, 1900!
Acorda de pressa, levanta naquele cume sublime a imagem de Jesus Salvador.
Escreva tua mão, a tremer de arrependimento, de esperança e amor, no granito eterno:
CHRISTO REGI BRAZILIA POENITENS
A Este Rei servir, reinar será. E clamarão as outras nações, irmãs no Evangelho; invejando-te o monumento sem par, sem rival: "Na terra de SANTA CRUZ, tudo é grande, a natureza, os montes e o povo também!..."
Lá vai meu humilde brado, Deus lhe proporcione echo em todo o Brasil, até realizar-se este voto que pesaroso até campa levarei.
E bem cabida aqui me parece a minha suplica: nem todos, por causas diversas, lerão o livro; ao passo que em todas as línguas e linguagens, a imagem dirá ao grande e ao pequeno, ao sábio e ao analfabeto, a todos: Ego Sun Via, Veritas et Vita. Eu sou o caminho, a verdade e a vida
Venite ad me omnes!”

3.Discursos de Inauguração e Congresso de Cristo Redentor
a) “Esse prodígio de fé e patriotismo, que representa uma aspiração nacional e o voto de um ilustre MISSIONÁRIO LAZARISTA, realizou-se por iniciativa e sob o valoroso patrocínio do eminente Senhor Cardeal Dom Sebastião Leme, legítimo orgulho e glória imarcescível do nosso episcopado. Queira Sua Eminência e Reverendíssima aceitar os mais vivos aplausos e gratidão perene dos católicos brasileiros”.
Dom Joao Becker - Arcebispo de Porto Alegre

b) "O insigne Marconi iluminou o Cristo do Corcovado, ligando assim a gloriosa Itália ao Brasil". Dom Joao Becker - Arcebispo de Porto Alegre

c) "Ou o Estado reconhece o Deus do povo, ou o povo não reconhecerá o Estado".
Cardial Dom Sebastiao LemeArcebispo do Rio de Janeiro (Encerramento do Congresso de Cristo Redentor)

4.Cristo Redentor eleito como a 3ª Maravilha do Mundo
A 07 de julho de 2007, em Lisboa Portugal, a Estátua do Cristo Redentor foi oficialmente reconhecida como nova Maravilha do Mundo.

5. Hino ao Cristo Redentor e Acróstico do Corcovado

a) Refrão do Hino a Cristo Redentor, de Maria José de Amarante
“Corações brasileiros avante!
No Brasil Cristo-Rei aclamai
Seja o hino de fé mais vibrante
A Jesus, nosso Deus, nosso Pai. ”

b) O Altar do Brasil Vianna da Silva (engenheiro)
Chega afinal o dia desejado
O povo brasileiro, ouvindo o grito
Retumbante do santo Lazarista
Coloca no 'Pico alcantilado'
Onde há de ficar sobre o granito,
Velando pela Pátria idealista,
A estátua colossal de nosso amado
Deus e Senhor da Terra e do Infinito
O Cristo Redentor.




Referências

IPROSUL - 164 Outubro/Dezembro 2007 p. 71.

NEW7WONDERS. Lisboa é agora parte da memória global. Disponível em: . Acessado em 01/11/2015.

Padre da Missão* Imitação de Christo S.N. Versão Portugueza. 4ª Edição Rio de Janeiro Collegio da Immda Conceição, 1934. (Prólogo, com data de 29 de junho de 1903, p. XII e XIII - Rodapé)

*Pe. Pedro Maria Boss, Sacerdote da Congregação da Missão, nascido na França, aos 16/12/1834 e falecido no Brasil em 03/01/1916.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Padre Zezinho é homenageado pela PUCPR


Padre Zezinho atendeu convite do Instituto Ciência e Fé e curso de Teologia da PUCPR e foi o grande homenageado do Projeto Diálogos Contemporâneos promovido pelo mesmo instituto. O evento se deu no auditório TUCA no dia 14/10/2015, no período da noite. 

O tema discutido foi: “A Formação do Imaginário Religioso Brasileiro: Letras e Canções do Padre Zezinho”, contou com a participação da banda Cantores de Deus, que interpretou seus maiores sucessos, como “Maria de Nazaré”, “Utopia”, “Mãe do céu morena”, “Um coração para amar”, “Um certo galileu” e “Oração da família”.

Na oportunidade o arcebispo de Curitiba e Grão-Chanceler da PUCPR, José Antônio Peruzzo, agradeceu, em nome da arquidiocese o homenageado, bem como, o reitor da PUCPR, professor Waldemiro Gremski, também agradeceu ao padre e anunciou a resolução do seu conselho de lhe conceder o título de Doutor Honoris Causa. 

José Fernandes de Oliveira, o Padre Zezinho, possui quase 50 anos de carreira. É reconhecido como um dos maiores nomes da canção religiosa brasileira, com uma produção ainda não catalogada na íntegra, dado o tamanho da sua obra. Foram mais de 131 discos, entre vinis, CDs e DVDs e quase uma centena de livros, programas radiofônicos e televisivos. Suas músicas abordam, além da fé, assuntos sociais, culturais e políticos e continuam sendo executadas em celebrações litúrgicas, em uma prova da sua abrangência e contemporaneidade. 

Estivemos no evento Marisete Obrzut, Ramon Aurélio, Pe. Wilson Garcia e eu (Cleber Teodósio). Ali tivemos a oportunidade de vivemos momentos únicos, que nos fizeram recordar situações de nossas vidas e que também povoa o nosso imaginário – sejam encontros posteriores com o Padre Zezinho ou com sua vasta obra. Saímos do evento com o coração agradecido e incluídos no grande número de pessoas que bebemos do legado do Padre.

Para saber mais sobre o Pe. Zezinho:
1. Perfil

Fontes:
Imagens: Divulgação Pucpr e Ramon Aurélio
http://www.pucpr.br/noticia.php?ref=1&id=2015-10-15_59745

domingo, 11 de outubro de 2015

II Jornada da JMV Rio 2015


 Agradeço a Deus e a PBCM por haver tornado possível a minha participação na II Jornada da Juventude Mariana Vicentina – JMV da Província Rio, realizada de 25 a 27 de setembro de 2015, em Petrópolis – RJ. O evento trouxe como tema central “Sejam Protagonista das Mudanças”. Ideia inspirada nas palavras do Papa Francisco quando também esteve no Rio na Jornada Mundial da Juventude de 2013.


Participamos do encontro, mais de 200 jovens, desembocados, filhas da caridade, seminarista e padres, provenientes das seguintes províncias: Curitiba, Recife e Rio de Janeiro – de forma direta, e Amazonas e Fortaleza - de forma indireta.


A acolhida se deu na sexta-feira, dia 25, no período da tarde, onde cada delegação também foi convidada a montar os seus stands. 


No sábado, dia 26, vivenciou-se, a Palestra Magna, ministrada por Silvana Nascimento, jovem da JMV Corrêas, apresentando diversas dicas de como o jovem de hoje pode ser protagonista de sua própria vida. Concluiu-se com a Adoração ao Santíssimo, enfatizando que só no encontro pessoal com Cristo os jovens encontram sua vitalidade para evangelizar a realidade em que vivem. Bem como, durante uma segunda palestra, ministrada por Valcir Rangel, Desembocado e Assessor da JMV Taubaté, que discorreu sobre as atitudes que deve tomar o jovem para aproximar-se da Cruz de Cristo. Durante o dia houve atividades culturais, tais como: oficinas de arte, literatura, jazz, zumba, música etc. Assim mesmo um passeio turístico pela cidade anfitriã e oficinas formativas: “Ir contra a corrente”, “Apostar em grandes ideais” e “Ser revolucionário”. Um dos pontos altos do encontro foi a visita do bispo local, Dom Gregório Paixão, OSB que durante a sua saudação contou três historinhas que trouxeram ensinamentos inesquecíveis à vida dos presentes. Já durante a noite rezamos o terço luminoso, e fechamos o dia com uma noite cultural.


No domingo 27, Bruno Mattos, Desembocado da JMV Rio, desenvolveu o tema: “Servir sem medo” tendo como inspiração a São Vicente de Paulo, ainda que o mesmo trouxe outros exemplos, como a Maria do Magnificat e o Cristo Servidor e Evangelizador dos Pobres; parafraseou o Papa Francisco, quando estimula os jovens a servir sem medo e recomendou aos presentes a atuarem observando os sinais dos tempos, como o fez Vicente de Paulo. Ainda que à tarde a programação trouxesse atividades esportivas, o encontro foi encerrado oficialmente ao meio dia, com uma missa presidida pelo Pe. Alexandre Nahass, CM – Diretor Provincial da JMV, e concelebrada pelo Pe. Gentil Pereira, PF – Desembocado.


O encontro foi revitalizante. O entusiasmo juvenil, o cuidado com que tudo foi preparado, pelo Conselho da JMV Rio, assessorado pela Ir. Rizomar Figueiredo, FC, demonstra a proteção de Maria sobre a Associação, que busca Amar como a Virgem, Ser como Jesus e Servir como São Vicente. Concluo esse relato com uma das histórias de Dom Gregório, que diz sobre um garotinho que esperava, em casa, com duas maçãs, seu pai voltar do trabalho. Uma vez em casa, o menino perguntou se o pai aceitava uma das maçãs, o pai respondeu que sim, a criança mordeu uma e outra maçã, e em seguida entregou uma ao pai, que ficou atônito e quis saber se era isso que ele o tinha ensinado “dá fruta mordida aos outros”... e o menino dirigindo-se ao pai disse que tinha provado as maçãs para lhe ofertar a mais doce. Assim também, Jesus teve muitas experiências aqui na terra, mais quis entregar à Família Vicentina a ação mais nobre, servir e evangelizar os pobres.

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

VICENTE DE PAULO FALOU E AGIU


Fundador das missões em Tolouse
Socorros a Lorena, Picardia, Champanha
Missão na Irlanda, Escócia, Marrocos, Polônia
Membro do Conselho de Consciência
Superior do Colégio dos Bons Enfants
Capelão das Galeras.
Pároco de Clichy
Missões em: Villepreux, Joigny, Montmirrail,
Folleville, Peilart, Sérevilles,
Mâcon, Marselha, Courbion, Bourdeux...
Diligência junto à Richelieu em favor da PAZ
Apostolado com burgueses e Calvinistas. Opõe-se ao Jansenismo.
Conferencista - Movimenta-se, organiza, escreve cartas e regulamentos.
Direção espiritual – a família dos Gondi, Luisa de Marillac e algumas Congregações religiosas.
Fundador da: Confraria da Caridade, Companhia das Filhas da Caridade, Congregação da missão

UM APAIXONADO PELA PAZ

Um grande quadro enfeita quase sempre as casas das(os) filhas (os) do Padre Vicente: uma obra de João Francisco de Troy, datada do século XIX. Nela se vê o Padre Vicente sentado perto da Rainha Ana d'Áustria, do Cardeal Mazarino, 1º Ministro, do Chanceler Séguier, do Delfim Luís XIV, do Senhor Padre Charton, grão-penitenciário de Paris... Assim é composto o Conselho de Consciência, para tratar dos assuntos referentes à vida moral e religiosa do país. Nosso santo dele participa de 1643 a 1653. Sua ação é ele "ministro sem pasta", mas de uma atividade de apoio e de felizes conseqüências. É preciso fiscalizar a publicação de livros, acabarem com as comédias licenciosas, fazer campanha contra o duelo, a blasfêmia. Zela, sobretudo, pela distribuição eqüitativa e séria dos benefícios e nomeações episcopais. Está aí seu verdadeiro talento, a própria revelação ele seu gênio. Também intervém na querela jansenista, conseguindo 88 assinaturas de bispos contra as cinco proposições do Augustinus. Ao mesmo tempo, conserva-se fiel ao Abade de Saint-Cyran que sabia ser dos Baixos Pirineus e nascido no mesmo ano que ele.

Vicente tenta a política. Mas, opõe-se a Mazarino. Com coragem, obstinação, chega a exigir sua saída do cargo. O Cardeal não lhe perdoará tomar partido contra ele na Fronda dos Príncipes. A Juta torna-se púb1ica em 1654-1655. Fiel à família de Gondi, Vicente protege o Cardeal de Retz, encarcerado com Vicentinos. Quando ele foge, parte para a Espanha, depois para a Itália. São os primeiros Lazaristas que o escondem. Furioso, o cardeal obtém de Luís XIV, o fechamento desta casa de Roma. Vicente permanece impassível, aceitando o acontecimento com serenidade. Ana D’Áustria não se envolve nesse tumulto e conserva toda a sua confiança em São Vicente. Um dia, ela depõe nas mãos do Santo, perto de 18.000 libras de jóias para os seus pobres.

Um de seus biógrafos observa: "Ele teve na política um modesto sucesso; sua verdadeira missão estava em outra parte." Soube, porém, encontrar inflexões lancinantes para falar ela paz com este fino e cruel político que foi Mazarino. Sem perigo de redução, pode-se dizer que ele se comprometeu pelos pobres. Seu amor por eles levou-o a enfrentar riscos. neste sentido,é de uma modernidade espantosa e todos os não violentos do mundo podem se reencontrar nele.

domingo, 23 de agosto de 2015

HOMILIA DO 21º DOMINGO COMUM – B


Evangelho de Jesus Cristo segundo João (Jo 6,60-69)
Na liturgia estamos celebrando o ano B, ano de Marcos. Porém em ocasiões especiais, os evangelista Mateus, Marcos e Lucas dão especo à João, que foi um dos últimos evangelhos a ser escrito.

João descreve sempre com interesse as reações dos ouvintes com Jesus. Anteriormente analisou as atitudes de:
1.     Um doutor da lei (Jo 3) – Nicodemos;
2.     Uma mulher do povo (Jo 4) – A Samaritana;
3.     Um funcionário (Jo 4,43-53) – Oficial do rei e
4.     E hoje a reação dos que acompanham Jesus mais de perto – os discípulos.  
 
A Palavra proclamada nos apresenta o dilema: Crer ou não Crer
Jesus vai esclarecendo quem ele é, e o que implica dizer sim a seu projeto que é o projeto do Pai. Muitos não têm força para aceitá-lo e vão-se embora. Alguns exclamam: “Essa linguagem é dura; quem pode entendê-la?” Isso implica vacilo diante do discurso de Jesus que convida a sair de si mesmo para seguir a Deus; a suspender a carne para viver no Espírito, não se fixar no mundo, mas nas coisas do eterno.  

Meditando essa Palavra, lembrei da realidade do que é ser cristão aqui no Brasil e ali na Europa - onde tive a oportunidade de viver tempos atrás. As igrejas nem sempre eram cheias, mas as poucas pessoas que iam à missa estavam convictas da sua fé, ou seja, acreditavam na Palavra, estavam porque haviam aderido ao projeto de Deus em suas vidas.

Normalmente, o que se ver hoje são pessoas que:
1.     Preferem um Deus que lhes siga e não Deus a seguir;
2.     Uma vida centrada na carne no temporal e não no Espírito e no eterno;
3.     Buscam um Deus mágico, imediato, fechando-se a perspectivas de futuro e a esperança de que no tempo certo a graça vai acontecer, porque Deus não esquece de seus filhos.

Em outra passagem a Palavra diz que teu sim seja sim e teu não seja não, ou seja, Cristo exige uma decisão da nossa parte. E esse sim ou esse não, não é apenas para a hora das horas (a do aparecimento final diante de Cristo), mas é uma prática que perpassa toda a existência humana, desde as decisões mais importantes até as pequenas escolhas da vida.

Decidir não é fácil, mas é necessário e tão presente em nosso dia a dia quanto o respirar. Esse momento mesmo que estamos vivendo é fruto de uma decisão, estávamos todos noutros lugares e decidimos pelo sim – vamos à missa! Diante das palavras do mestre alguns dos seguidores decidiram pelo não, mas o convite que fazemos hoje aqui, após aproximadamente dois mil anos daquele episódio, é que nos decidamos pelo sim, pelo seu seguimento, pela fé, pelo bem.

A missa é um eterno apelo de Cristo - que se mostra constantemente, e por meio do banquete da Palavra e da Eucaristia alimenta os fieis e os fortalece no seu sim. Não tenhamos medo de nos aproximar de Jesus; de escutar e anunciar a sua Palavra; de participar de seu banquete - por meio do pão vivo; de sermos sinal visível de seu amor e de sua misericórdia em nossas famílias, em nossa comunidade, em nosso dia a dia.

O convite de hoje é a sermos pessoas de fé. Em cada eucaristia o sacerdote apresenta o pão e o vinho anunciando “Eis o Mistério da Fé”, ou seja, só podemos compreender o que o mesmo está realizando pelos óculos da fé. Outro raciocínio não vale nesse momento.

Foi pela fé viva em Deus que nossos antepassados aderiram o projeto do Pai em suas vidas. Na primeira leitura Josué, com toda a sua família, e logo o povo reunido em Siquém escolheram o Senhor Javé em detrimento aos deuses dos amorreus.

Sábio também, foi Pedro que, no evangelho de hoje, enxergou a salvação diante de si e a aderiu: “A quem iremos, Senhor!? Tu tens palavra de vida eterna; nós acreditamos e conhecemos que és o Santo de Deus” Ter essa guinada que teve Pedro, mas que algo sobrenatural, pois sabemos que a fé é graça de Deus e que não podemos dizer “Senhor” se não for pelo Espírito, porém mais que isso, está a vontade, a decisão de Pedro, a abertura dele as coisas do auto, o deixar-se moldar pelo sobro do Espírito.

Reconhecer que Jesus era o messias naquela época não era tarefa fácil, mas Pedro e outros insistiram no sim, e abraçaram as consequências conflitantes e apascenteira de viver com Jesus.
O discurso duro que a Palavra nos sugere hoje, faz-nos lembrar que a conversão nunca é uma operação sem dor. Porque escolher algo implica em preterir outro, de forma que nem sempre é fácil, porém quando a opção é por Deus e pela edificação do reino o fardo fica suave e o jugo leve. Isso também nos faz lembrar do provérbio popular que diz “o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus não é nada”.

A segunda leitura nos remete ao mistério do amor que une marido e mulher e o compara com a relação de Cristo com sua esposa – a Igreja. Ensinando-nos, mas que submissão de um para com o outro, o amor que deve reinar entre os esposos, que passam a ser uma só carne, assim como a Igreja, que aderindo a Cristo passa a ser, uma com Ele.      

E para concluir uma pergunta: Quem é o cristão? É aquele que escolhe a Cristo e o segue. E decidir-se por Cristo, implica acolher os mistérios e ações de fé que nele se encerra. Sendo necessário assim a:
1.     Ser educado no pensamento de Cristo;
2.     Ver a história como Ele a ver;
3.     Optar pelo que ele optou;
4.     Amar como ele nos ama;
5.     Esperar como ele ensina e
6.     Viver nele a comunhão com o Pai e o Espírito Santo.

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo. Para sempre louvado!


REFERENCIA:


Missal Dominical – Missal da assembleia cristã. São Paulo: Paulus, 1ª Edição, 1995.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

Encontro de Formação da JMV Curitiba


Nos dias 04 e 05 de julho de 2015, jovens e assessores representantes dos distintos grupos da JMV Província de Curitiba se reuniram na Casa Provincial das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Curitiba para o seu encontro anual de formação.

O Encontro foi assessorado pelo Diretor Nacional da JMV, Pe. Mizael Puggioli, CM , que trabalhou no primeiro dia assunto voltados para a identidade da JMV, as origens, Santa Catarina Labouré – a vidente das aparições da Virgem Milagrosa e o lema central da JMV “A Jesus com Maria” Ser, Amar e Servir. As falas foram pela manhã.  No período tarde houve trabalho de grupo e plenária. A noite ficou livre.

No dia seguinte, retomou-se o encontro com a Eucaristia Dominical, e logo o seminarista vicentino, Cleber Teodosio, no período da manhã, trabalhou o tema: “Ações Práticas para grupos de JMV”. Oportunidade em que também os representantes presentes explanaram um pouco do que realizam nos grupos de base. 

À tarde, o tesoureiro provincial Esdras Costa repassou o caixa da província e acordou com os presentes detalhes do financeiro. Os grupos, agora com mais tempo, apresentaram as suas caminhadas, e no final da tarde a Assessora Provincial da JMV Curitiba, Ir. Geovani Domingues, FC apresentou o plano de formação em construção coletiva, que será lançado em 2016, e organizando os presentes por regional, pediu-se que pensassem a agenda até o final do ano, algumas atividades para o próximo, e elegessem um Coordenador e Vice para cada um dos quatro regionais, e assim foi feito. No final, os regionais apresentaram suas deliberações e m livros para serem usados nos grupos de base, um sobre a JMV e outro sobre a Beata Margarida Rutan, FC mártir.

O encontro foi bastante proveitoso, a novidade foi a presença do novo grupo que se instala na paróquia Santo Antônio de Orleans, na grande Curitiba, que estiveram presentes no evento por meio de dois jovens e dois assessores. Os que ouviram o padre Mizael aclararam a missão a que todo Jovem Mariano Vicentino é chamado. A começar pelo presidente provincial Thiago Amaral, o encontro foi animado pelos jovens, que cantaram, tocaram e dançaram, dando sempre o melhor de si para que todos se sentissem em casa, rezassem bem e se também se divertissem.


Ver a seguir links dos materiais apresentados no encontro. Bom proveito! 


LINK: http://www.multiupfile.com/f/d9af3055bc
LINK DIRETO MEGA: https://goo.gl/h8Zkcz
LINK DIRETO 4SHARED: http://goo.gl/9XGFAS
LINK DIRETO GOOGLE DRIVE: https://goo.gl/XwG7lH

sábado, 13 de junho de 2015

Entrevista al Cleber Teodósio

...de JMV a la CM.
Fiesta de la Milagrosa en Belo Horizonte (Brasil)

Cleber Teodosio es estudiante de la Congregación de la Misión Provincia del Rio de Janeiro Brasil y tiene más de 17 anos de caminada con la familia vicentina de aquel país. Cursa el primer ano de Filosofía en la Faculdad Vicentina de la CM Curitiba, mas donde ha desarrollado mayor servicio ha sido con las Juventudes, donando, incluso, tres anos de su vida en un voluntariado en el Secretaria Internacional de la Asociación en Madrid España, y sirviendo en una misión de verano a los pobres en África. Sigamos la entrevista y veamos como nuestro hermano dejó que Dios actuara en su vida. ¡Buena lectura!

Corazón de San Vicente de Paul: ¿Hace cuánto que formáis parte de JMV?
Cleber Teodósio: Yo entré a JMV en 1998, o sea que hace 17 años que tengo la dicha de participar en la Asociación ya sea como miembro o como asesor, ella me tiene arraigado, por ella siento algo inexplicable, pero ¿quién dice que para el amor hay una explicación?
Misión en el Secretariado Internacional de JMV en Madrid (España)

CSVP: ¿Qué lo impulsó a hacerse voluntario de JMV Internacional y cruzar medio mundo para ello?
CT: Eso del voluntario es un misterio, hay muchos factores que convergieron para ello, el misterio es Dios, pero que se revela en el Hijo, fue por Él, en grandes rasgos; no puedo señalar otra cosa, aunque se suma a la primera, el amor a la Asociación; la entrega de uno, ese dar y recibir, tan dinámico que la experiencia nos brinda y el mirar este acontecimiento, no como un voluntariado simplemente, sino como una Misión.

CSVP: ¿En qué consistía vuestro trabajo diario, el día a día, en el Secretariado Internacional de JMV y en su misión en el extranjero?
CT: En el Secretariado siempre estábamos disponibles para lo que necesitaban, desde la limpieza hasta representar el SIJMV en donde fuera necesario, aunque cada uno tienia tareas específicas, de forma que a mí, me tocó primeramente las traducciones entre los idiomas Español X Portugués, el trabajo de webmaster (producción y edición de textos, fotos y videos, etc.), mantenimiento de los ordenadores, responder internamente por la Ley Orgánica de Protección de Datos, etc. Y claro, por habernos acogidos en España, nuestra labor también estaba involucrada con JMV Nacional, donde colaborábamos con ellos siempre que lo solicitan. Ese trabajo, lo hacía por las mañanas, por las tardes estudiaba. En los fines de semana ayudaba en las obras sociales de la FV local. Además de la misión en tierras hispánicas, he estado por 45 días en Nacala, Mozambique donde con la FV local he servido como profesor de portugués para niños, orientación pedagógica a los profesores, curso de liturgia a los agentes de pastoral, programas radiofónicos y visitas a las familias carentes.   
Clase de Portugués para niños Macuas en Nacala (Mozambique)

CSVP: El septiembre de 2012 has cumplido 3 años de servicio en Madrid, cuando se ha vuelto al Brasil. ¿Qué has traído en la maleta? ¿Cuál ha sido tu trabajo cuando volviste a tu País?
CT: Sí, el tiempo no espera por nadie, y ese período pasó como relámpago (risas), con las pequeñas tormentas también cayeron aguas que ayudaron a fertilizar el suelo, haciendo germinar brotes, florecer y dar frutos. He traído las experiencias bonitas que allí viví, las amistades que Dios me concedió y los recuerdos de personas y lugares donde tuve la dicha de compartir mi ser cristiano y mi ser persona. Aquí, en Brasil, soy funcionario público (Ayuntamiento), volviendo, retomé a mi antiguo trabajo como agente administrativo en la Consejería de Temas Sociales, seguí como Asesor Laico de JMV, involúcreme con los Desembocados de JMV. El 2013 hizo acompañamiento vocacional con los Paúles del Rio de Janeiro, donde he ingresado el 2014. En el ano corriente, estoy cursando Filosofía en Curitiba – PR. Aquí hago pastoral en la comunidad de Nuestra Señora de Fátima, donde he ayudado crear un grupo de JMV con el mismo nombre.   

CSVP: ¿Qué les diríais a los jóvenes que dudan o no se atreven a dar el paso a realizar un servicio en la Iglesia?
CT: Que no hay secreto, el miedo se pierde enfrentándose a los problemas, que se abandonen a la Providencia y la conocerán. Reconozco que hablarlo cuesta menos trabajo que vivirlo, pero ¿quién dice que la vida es fácil? No necesitamos de otro ejemplo más que el de Jesús, que cumplió la misión que el Padre le había reservado, creo que cada joven tendría que plantearse desde la oración cuál es el proyecto que Dios tiene para su vida, y que en ese proyecto esté presente el servicio a los jóvenes y a los más pobres desde y en la Asociación.
 
Visitando el Cristo Redentor en Rio de Janeiro (Brasil)
CSVP: En Iglesia es muy importante tener un grupo de referencia, una comunidad en la que formarte y compartir tus inquietudes y tu fe. ¿Cómo ha sido y es para ti ahora esta formación y momentos de encuentro de fe?
CT: El grupo fortalece esa fe que es individual pero que se fortalece cuando rezada y vivida en comunidad. Allá, en España, he tenido la oportunidad de participar, más activamente, en tres grupos de JMV. Lo vivido, lo traduzco como un periodo enriquecedor, de cambio de experiencia y vivencias. Sólo tengo que agradeceros. Igual extiendo mis agradecimientos a JMV Brasil que siempre me ha querido mucho. Hoy en el seminario, mismo con mis limitaciones, sigo intentando actualizar los gestos de Jesús y de los santos, y consumiéndome poco a poco ya sea en los estudios, servicios internos o externos en la comunidad donde actúo.      

CSVP: Sabemos que en lo que podías, participabas en diferentes actividades de JMV España y sus Provincias. ¿Veis mucha diferencia con respecto a JMV en tu país de origen?
CT: La JMV es una como bien sabes, y con la implantación del Secretariado Internacional y la ayuda de las nuevas tecnologías de la información, cada vez más, se nota esta internacionalidad. La alegría, entusiasmo y empeño de los protagonistas son similares, lo que cambia es la forma de llevar a cabo las actividades, la magnitud y las posibilidades pero, sinceramente, no hay tanta diferencia.
 
Visitando el Jardin Botanico ee Curitiba - PR (Brasil)
Y por último:
CSVP: Un texto Bíblico:
CT: Me gusta Eclesiastés, Cantar de los Cantares y Marcos, pero me quedo con Corintios 13,1-13: “Aunque hablara todas las lenguas de los hombres y los ángeles, si me falta el amor…”.
Un regalo: La vida misma.
Un lema: ¡Adelante! Todo saldrá bien.
Una ilusión: Que todos seamos felices.
Un libro: Además de los bíblicos, supra mencionado “O Futuro da Humanidade” (Augusto Cury, 2005).
Una película: “La Última Cima” (Juan Manuel Cotelo, 2010).
Una canción: "Color Esperanza" (Diego Torres, 2004).


Gracias Cleber Teodosio por tu disponibilidad y entrega y por darlo a conocerte un poquito más con esta entrevista, por tu servicio y entrega a Dios en el seno de Familia Vicentina. 

Entrevista dada al
Corazón de San Vicente de Paul
CM Colombia