terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Santas Missões Populares Vicentinas - RJ Brasil 2017


Santas Missões Populares Vicentinas 
Paroquia Nossa Senhora da Conceição do Monteiro
Campo Grande, RJ Brasil - 2017
Foto Oficial das SMPV, RJ - 2017
Cerca de sessenta missionários, oriundos dos regionais da Família Vicentina do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte, como também os seminaristas das províncias do Rio e do Sul da etapa da filosofia, que residem em Curitiba, celebraram, entre os dias 14 e 28 de janeiro de 2017, as Santas Missões Populares Vicentinas (SMPV) na Paróquia Nossa Senhora da Conceição do Monteiro, situada na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.

A paróquia missionária é composta por nove comunidades distribuídas em quatro setores, seguindo assim o modelo de rede de comunidades. Neste ano, as SMPV atingiram dois setores e cinco comunidades. No setor Cantagalo, as comunidades missionadas foram: Nossa Senhora de Fátima e Santa Luzia, São José de Anchieta e São Sebastião; Já no Setor Jardim Monteiro: São Vicente de Paulo e São Paulo Apóstolo. Para atender às demandas, os missionários foram divididos em cinco equipes.

A realidade sócio-político- econômica é bem diversificada. Em um primeiro olhar nota-se uma enorme e plural área comercial, contendo até mesmo um shopping. No que se refere às moradias, há condomínios, casas luxuosas, casas de veraneios, sítios; mas através de um olhar mais profundo da realidade, constata-se uma enorme quantidade de casebres, ruas sem asfalto, sem saneamento básico e com esgoto a céu aberto, bem como casas em áreas de risco. Não há uma presença atuante do estado, faltando assim, as condições necessárias para uma vida digna, sobretudo para a população mais carente. Os postos de saúde, por exemplo, são insuficientes e quase que inoperantes, apontando para o grande colapso que a “cidade maravilhosa” vive, afetando principalmente os moradores dos subúrbios. No que se refere à violência, não parece ser um local perigoso, se comparado a outras regiões, no entanto a “ordem” é mantida por milicianos. Durante estes dias, várias atividades foram realizadas, como visitas domiciliares, encontros com crianças, jovens, adultos, família, lideranças, celebrações eucarísticas, celebrações com a unção dos enfermos, celebração da misericórdia com confissões, adoração eucarística, tarde de espiritualidade, procissões, círculos bíblicos, noite cultural, confraternizações. Tivemos a oportunidade de festejar o padroeiro de duas comunidades, São Sebastião e São Paulo Apóstolo, como também os 400 anos de nosso carisma.

Podemos destacar e louvar a Deus o testemunho de todos os missionários, tantos os nossos, como os locais, que não mediram esforços, enfrentando o sol quente, as altas temperaturas, as longas caminhadas para anunciarem, com alegria, zelo e fé, o Reinado de Deus. As visitas domiciliares nem sempre foram marcadas por uma acolhida fraterna, sendo que poucas casas abriam as portas, em outras éramos atendidos nos portões e uma pequena quantidade nos convidávamos para entrar. Mas nenhum obstáculo impediu a realização destas missões.

Várias pessoas e instituições favoreceram, direta e indiretamente, o bom êxito das missões, disponibilizando aquilo que era necessário. Um exemplo disso foi a presença constante do pároco, Padre André, um homem louvável, que dá um belo testemunho de pobreza e favorece aquilo que o Concílio Vaticano II, o Documento de Aparecida – que neste ano completa 10 anos – apontam e o Papa Francisco tanto nos incentiva: uma Igreja ministerial, em rede de comunidades, pobre, acolhedora, servidora, missionária, em permanente estado de conversão, em constante saída, que anuncie a Boa-Nova de Jesus Cristo, que escute os clamores da humanidade e que lute por justiça e paz. Outro fator favorável foi a comunidade das Filhas da Caridade que nos acolheu, no Colégio Rural São Vicente de Paulo, favorecendo um ambiente acolhedor, confortável, familiar e fraterno. Enfim, muitas pessoas dedicaram seu tempo nos trabalhos da cozinha, dando o melhor de si e provendo uma alimentação de qualidade para nossos missionários.

Ao encerrarmos este período das SMPV, o nosso coração fica radiante por todas as bênçãos e graças que Deus nos concedeu, fortalecendo a todos e nos conduzindo, com seu Santo Espírito, ao encontro dos nossos irmãos e irmãs, possibilitando-nos participar de suas alegrias e tristezas, angústias e esperanças. As sementes foram lançadas. Sabemos que há muito a ser feito, que a missão não termina e que é extremamente necessário que cada batizado se encontre com Jesus e dê o testemunho alegre do seu Evangelho, talvez este seja o fruto maduro a ser colhido. Agora cada um retornando para suas casas, suas comunidades, continuarão sendo sal da terra e luz no mundo, para continuar anunciando o amor e misericórdia de Deus.

Com as graças de Deus, no próximo ano, estaremos aqui, em Campo Grande – RJ, novamente para continuarmos a celebrar as SANTAS MISSÕES POPULARES VICENTINAS.

Elpídio Júlio Cardoso (2º ano de filosofia CMPS)
Hugo Silva Barcelos, CM (4º ano de teologia PBCM)

Marlon Antônio Alves da Silva (2º ano de filosofia CMPS) 

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