domingo, 27 de outubro de 2013

VERDADES DE UM PADRE...


CRITICAR-NOS... É FÁCIL

Se o sacerdote é bonito: Que desperdiço, por que não se casou? Se é feio: pobre, não encontrou com quem casar-se!

Se anda vestido de civil: é um mundano! Se usa a roupa clerical: é um conservador tradicionalista.

Se usa as redes sociais: é um preguiçoso que não tem nada que fazer. Se não as usa: Que atrasado, suas ovelhas também estão na rede.

Se não trata as pessoas com muito carinho: que frialdade que irradia! Se trata com amabilidade: tem intenciones duvidosas.

Se deixa o cabelo grande: estes padres revolucionários! Se o tem curto: que antiquado!

Se fica na casa paroquial: não visita as famílias. Se faz algumas visitas: nunca se encontra na paroquial!

Se compra algo: tira nosso dinheiro pela janela. Se não o faz: Essa falsa humildade, dá pena.

Se batiza e casa todo o mundo: não leva a serio os Sacramentos. Se insiste na preparação prévia: põe um monte de travas nas pessoas.

Se não cumprimenta: é um amargado. Se sorrir e cumprimenta: é um palhaço que quer chamar a atenção.

Se renova a paróquia: que novidade trará agora? Se mantém tudo igual: Esta paróquia não avança.

Se tem uma homilia de 20 minutos: que abusado, não termina de falar nunca! Se sua homilia é breve: não explica bem as coisas, qual será a sua presa?

Se fala com voz forte: só quer se ator, o faz para chamar a atenção. Se o faz em tom natural: não se escuta, não sabe falar!

Se toca em problemas sociais: está se metendo na política. Se fala da contemplação: sempre está voando e não aterriza.

Se anda só: não compartilha com ninguém! Se conversa com os homens: será machista ou gay.

Se conversa com as mulheres: está apaixonado e logo dependurara a estola! Se trabalha com as crianças: pode que seja abusador.

Se é jovem: não tem experiência, quem o vai escutar? Se é velho: deveria pedir seu aposento e sair já!

Se põe fotos suas: é um vaidoso e exibido se não as poe: deve ter baixa autoestima

Mas... se chega a ir embora ou a morrer: todos choram e falam maravilhas dele!

Não temos o caminho fácil, o trabalho é muito, somos tão poucos e com fama decaída.

Hoje é mais popular ser qualquer coisa que sacerdote.

Somos tão públicos como o povo mesmo.

Levamos uma carga pesada e doce, uma Cruz que se chama "Povo de Deus".

Fazemos as coisas o melhor possível ou pelo menos fazemos as coisas que muitos não fazem.

Pedem-nos que eduquemos filhos, filhos que nós renunciamos a ter.

Pedem-nos que reparemos matrimônios quando não sabemos nem o que é receber uma comida quente em casa.

Pedem-nos que solucionemos problemas dos demais, quando humanamente às vezes nos perdemos com os nossos.

Atualmente se duvida da palavra de um sacerdote, se crer mais no charlatão da rua que no padre.

Admiro aos seminaristas que nesta selva ainda tem sonhos em serem sacerdotes. E digo-lhes: Vale a pena, claro que o vale. Os sacerdotes somos seres humanos escolhidos por Deus para ser pastores.

Alguns são santos, outros nem tanto. Mas se querem fazer algo para ajudar-nos, orem por nós e colaborem com nosso ministério.

Se você souber que um sacerdote anda metido em graves pecados, fale pessoalmente com ele, ou veja com seu superior, ou bispo que é seu pai espiritual, para que receba ajuda, mas não anda falando dele publicamente.

Dê graças a Deus que através do sacerdote Cristo chega a você para dar-lhe vida nos sacramentos e trazer esperança para o mundo.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Olinda Recife


Letreiro no mirante de Olinda:

'Daqui se vê o mundo, o nosso pequeno grande mundo, aquele que Duarte Coelho descobriu num dia de feliz aventura, dizendo: "Oh linda situação para fundar uma vila!”.

E eis aqui Olinda, a vila aos pés deste mirante, projetado pelo arquiteto Luis Nunes e construído em 1937, a Caixa D'Água da cidade plantada no Alto da Sé que tornou este monumento da arquitetura moderna nacional, arquitetura de cunho social que através do combongó, seu principal material construtivo, tornou-se também objeto de economia popular por sua característica de gerar trabalho. O combongó não barra o vento e dá transferência e leveza a este enorme paralelepípedo que marca a paisagem colonial com sua aura de contemporaneidade.

Este é um dos mais belos mirantes de nossa terra. Encontrava-se vedado para o olhar do povo que se surpreende ao ver daqui o Recife ainda mais belo do que é visto de baixo. Dele se veem as praias do sul e do norte, o horto dos maguinhos logo abaixo, os altos de Casa Amarela, as curvas do Capibaribe, o Campo Grande, a Casa Forte, a Boa viagem: de longe tudo é mais belo.

Mas vemos principalmente Olinda pela perspectiva de seus telhados e pelos ministérios do traçado das ruas, dos becos, dos quintais, das igrejas, dos sítios e do antigo casario.'


(Raúl Córdula)