Letreiro no mirante de Olinda:
'Daqui se vê o mundo, o nosso pequeno grande
mundo, aquele que Duarte Coelho descobriu num dia de feliz aventura, dizendo:
"Oh linda situação para fundar uma vila!”.
E eis aqui Olinda, a vila aos pés deste
mirante, projetado pelo arquiteto Luis Nunes e construído em 1937, a Caixa
D'Água da cidade plantada no Alto da Sé que tornou este monumento da
arquitetura moderna nacional, arquitetura de cunho social que através do
combongó, seu principal material construtivo, tornou-se também objeto de
economia popular por sua característica de gerar trabalho. O combongó não barra
o vento e dá transferência e leveza a este enorme paralelepípedo que marca a paisagem
colonial com sua aura de contemporaneidade.
Este é um dos mais belos mirantes de nossa
terra. Encontrava-se vedado para o olhar do povo que se surpreende ao ver daqui
o Recife ainda mais belo do que é visto de baixo. Dele se veem as praias do sul
e do norte, o horto dos maguinhos logo abaixo, os altos de Casa Amarela, as
curvas do Capibaribe, o Campo Grande, a Casa Forte, a Boa viagem: de longe tudo
é mais belo.
Mas vemos principalmente Olinda pela
perspectiva de seus telhados e pelos ministérios do traçado das ruas, dos
becos, dos quintais, das igrejas, dos sítios e do antigo casario.'
(Raúl Córdula)
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