quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Missão do Japão 30/10/2022. 31 Domingo Tempo Comum C (Lc 19,1-10) Homilia



Essa ação de Jesus para com Zaqueu, disse-lhe claramente e está nos dizendo hoje, que apesar de ser pecadora, a pessoa ainda é amada por Deus. Que uma pessoa pecadora, que O aceita e se arrepende de seus pecados, certamente receberá o que seu coração deseja. E nenhuma quantidade de pecado pode impedir um coração arrependido de receber o amor misericordioso de Deus.

A liturgia de hoje enfatiza que não há limites para a possibilidade de salvação oferecida por Jesus. A graça de Deus é capaz de transformar a vida e mudar uma pessoa pecadora. Quanto maior o pecado, e quanto mais humilde for um pecador, maior é o perdão e a graça de Deus em sua vida. Pois não há passado ou experiência negativa, por mais vergonhosa que seja, que não possa ser recomeçada. Porque Deus sabe que, no eu interior de cada pessoa, há um coração desejando ser uma pessoa melhor e participar da verdadeira felicidade que só encontramos em Deus.

Esperamos que todos, tornemo-nos sensíveis a Jesus, que realmente passa em nossas vidas, através de eventos, pessoas, situações, sacramentos, etc. Permitamos que Ele permaneça em nossos corações e em nossas vidas. Porque não importa o quão pecadores sejamos, desde que nos humilhemos e nos arrependamos, somos especiais aos olhos de nosso amoroso Salvador, Jesus.

Amém.



quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Missão do Japão 23/10/2022. 30º Domingo Tempo Comum C (Lc 18,9-14) Homilia



Este evangelho, de certa forma, põe em palavras uma atitude vergonhosa que muitos de nós temos, mas relutamos em admitir: justiça própria. E muitas vezes, sendo hipócritas, e porque sentimos que somos justos, acreditamos que somos mais merecedores das bênçãos de Deus do que outras pessoas.

Hoje, nosso Senhor nos diz que não é assim. Bênçãos são presentes de Deus. Não é mérito nosso. Nós as obtemos por meio de Sua misericórdia e generosidade. Não temos o direito automático de conseguir o que queremos apenas por causa dos pontos que ganhamos fazendo algo bom. Elas se limitam à Bondade e Graça de Deus.

Nosso Senhor é muito claro com Sua mensagem para nós neste domingo: reconhecer nossa necessidade da misericórdia e do perdão de Deus, porque somos pecadores, é um ato de grande valor e agradável a Deus. Ser humilde certamente não nos levará a errar. De fato, nos conduzirá diretamente ao Amor Misericordioso do Pai. Por outro lado, a justiça própria é uma enorme pedra de tropeço que nos impedirá de reconhecer a verdade de que precisamos da misericórdia de Deus. Esta é uma atitude vergonhosa que não apenas nos distanciará de outras pessoas, mas também de Deus.

Lembre-se, aos olhos de Deus somos todos iguais. Mas se começarmos a sentir e ver que estamos acima das outras pessoas, e deixarmos de reconhecer e aceitar nossas fraquezas e falhas, as pessoas humildes e arrependidas estarão em uma posição melhor em seu relacionamento com Deus.

O Senhor ouve o clamor dos humildes. Ele ouve as orações daquele que tem o coração sincero. Amém.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Missão do Japão 16/10/2022. 29º Domingo Tempo Comum C (Lc 18,1-8) Homilia



Essas histórias de nossas leituras enfatizam que há valor em uma comunicação ininterrupta com Deus. Que não devemos nos abster de orar, mesmo que haja momentos em que sentimos que as orações feitas por nós, parecem não ter efeito ou às vezes parecem inúteis. Não devemos desanimar e nunca ter dúvidas sobre nosso valor pessoal. Porque, na verdade, nossas orações perseverantes chegam a Deus e são importantes para Ele. Portanto, elas nunca são inúteis. Em nossas orações persistentes, Deus vê e vem a saber que tipo de filhos somos.

Quando O invocamos incessantemente, Ele vê a profundidade de nossa confiança e fidelidade. Quando oramos consistentemente, somos capazes de manifestar a força de nossa crença em Seu Amor Divino e nossa confiança em que Ele é um Pai para nós. E nesse sentido, nosso relacionamento com Ele se aprofunda ainda mais. E mais importante, esse relacionamento com Ele é selado por Seu inabalável Amor por nós.

Deus pode não responder nossas orações como gostaríamos agora, mas Deus pode ter outros objetivos que são melhores para nós a longo prazo. Lembre-se, se o que oramos é bom para nós, Ele nos dá isso. Se não, também não nos dá. E se ainda não for bom neste momento, Ele nos pede para esperar.

Somos solicitados a perseverar em oração, não para mudar Deus, mas no processo, para mudar a nós mesmos. Porque se espera que, ao continuarmos orando, desejemos ainda mais o Senhor. E se isso acontecer, certamente seremos direcionados apenas para fazer o que é bom e apropriado para os filhos de Deus.

Com a escala de 1 a 10, como avaliamos a qualidade de nossa própria vida de oração? Estamos sempre perseverando em nossas orações? Valorizamos nosso tempo de oração? Amém.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Missão do Japão 09/10/2022. 28º Domingo Tempo Comum C (Lc 17,11-19) Homilia



Uma velhinha se juntou a um grupo carismático e lá aprendeu a louvar a Deus em todas as circunstâncias. Certa vez, ela foi vítima de um ladrão. Quando sua bolsa foi roubada e o ladrão começou a fugir, ela gritou instintivamente “Louvado seja o Senhor! Aleluia!" Quando o ladrão ouviu esta oração de ação de graças, largou a bolsa e fugiu em pânico. Assim, a velhinha recuperou sua bolsa. Tudo por causa de seu grito de ação de graças.

Sabemos muito bem que, nos tempos bíblicos, estar doente, especialmente com a lepra, era uma das situações mais dolorosas e difíceis que alguém poderia ter. Naquela época, se você fosse leproso, seria condenado ao ostracismo. Seria cortado da comunidade. Impedido de entrar no templo para adorar. Muito mais difícil seria se a pessoa fosse um gentio ou um pagão. Essa seria considerada uma morta-viva, uma não-pessoa. Portanto nada poderia fazer um leproso mais feliz e agradecido, do que ser curado de tal doença. Essa foi a razão pela qual Jesus concedeu o desejo deles. E vendo a fé deles em Seu Poder, o Senhor os curou. Porque Jesus queria que eles voltassem à vida e fossem testemunhas vivas da graça e misericórdia de Deus.

Não que Jesus estivesse faminto de reconhecimento e louvor ou de um “obrigado”. Quando Jesus perguntou por que apenas um voltou para agradecer a Deus, não foi para exigir dos outros nove fizessem o mesmo. Era mais para perguntar, por que apenas um, um estrangeiro, reconheceu a Bondade e Generosidade de Deus. Por que apenas um parecia perceber que Deus tornou sua cura possível. Os outros nove estavam ansiosos demais para serem reconhecidos como curados e aceitos, mais uma vez, por suas comunidades, mas de certa forma não estavam entusiasmados demais para agradecer à fonte e ao motivo de seu reingresso e aceitação.

Lembremo-nos, quanto mais agradecermos a Deus por Sua Bondade e Generosidade, mais estaremos abertos para receber a alegria de Suas bênçãos. A melhor maneira, porém, de ser verdadeiramente grato é nos tornarmos discípulos fiéis de Jesus. Quando, como Ele, fazemos o bem e mostramos generosidade para com os outros, mostramos como Deus é bom e generoso conosco, estamos expressando com razão nossa gratidão ao Senhor. Amém.