por Cleber Teodosio
A filosofia contemporânea que data do final do século XIX até os dias atuais tem como característica principal a pluralidade, trazendo como ontologia a linguagens, epistemologia, verdades; ética, valores; estética, belos e lógica, lógicas diversas, ou seja, uma filosofia que permite dizer de diferentes formas a realidade, que apresenta filosofias aplicadas e que suspeita ser a antiga filosofia um resíduo inútil da cultura ocidental. Esse novo rumo que a filosofia ganhou no século XX passou a ser denominado como virada linguística filosófica bem representada por Ludwig Wittgenstein.
Na contemporaneidade há uma desconstrução da metafísica e uma edificação da linguagem, a filosofia tradicional diz que esse mundo não pode ser explicado por si mesmo, já a atual defende que o mundo tem tudo que precisa para explicar-se, de forma que a linguagem passa a ser o centro da filosofia e a consequência disso se deterioram os sistemas filosóficos. Tal situação fez nascer um conceito de quase verdade, cuja crítica é que essa beira a um relativismo, o que não é ceticismo. Nessa nova seara o que molda o mundo é o discurso e estudiosos passaram a utilizar como critério de verdade a sintaxe (lógica formal), a semântica (forma e objetividade), a pragmática (uso) e a hermenêutica (sentido). Por exemplo a frase “Deus é bom” é aceita pela sintaxe, porém não pela semântica. Já para a pragmática faz sentido se está dentro de um contexto. Para a hermenêutica terá sentido dependendo de quem falou ou como se a emprega. Esses quatro critérios organizam-se em duas correntes filosóficas: analítica e continental.
A filosofia analítica se caracteriza pelo uso da sintaxe e da semântica. A corrente nasceu em Viena, porém se desenvolveu na Inglaterra (Ilha), estendendo-se aos Estados Unidos. Os autores defensores da analítica são: Franz Brentano (1884), Rudolf Carnap (1932), John Searle (1977), etc., cuja lógica é técnica e prática é científica. Essa filosofia se fundamenta na lógica, ciências naturais e exatas.
Já contraria a anterior, a filosofia continental traz como características a pragmática e a hermenêutica, e teve como território inicial de atuação a Alemanha (Continente), expandindo-se para Itália, França, Espanha, etc. Seus principais desenvolvedores foram: Wilhelm Dilthey, Martin Heidegger, Jacques Derrida, etc. Os continentais abordaram uma lógica que aponta para uma filosofia de imposição humanística que considera determinante a história e pensa a lógica como arte do discurso ou disciplina do conceito, mais que do cálculo.
Diante do contexto por onde passa essa nova forma de ser do mundo, acreditou-se haver morrido a filosofia, de forma que se buscou firmar uma possível identidade para a mesma, que foi identificada como teoria (ontologia/singular – a filosofia dizia o mundo) ou terapia (Mundo plural/confusão – aqui os problemas filosóficos são os da linguagem). Antes a ciência respeitava a filosofia, agora já não, com os filósofos cada vez mais profissionalizados aparece então uma filosofia social que se organiza em tradicional ou crítica.
A teoria tradicional é uma nítida continuação da Filosofia Moderna, cujo iluminismo (filosofia) gerou uma visão social pautada no positivismo de Comte (Sociologia). Dessa vertente surge o capitalismo (economia) e dele a revolução industrial (tecnologia científica), gerando, portanto, um conceito chamado de Razão Instrumental, típica do Ciclo de Viena, cujo lema: “ordem e progresso”.
Já a teoria crítica apresenta uma filosofia contemporânea, pós-moderna, cujo marxismo (filosofia) sugere uma dialética (sociologia). O capitalismo foi revisto e criticado com a técnica, pois as relações de trabalho e vivências são outras. Surgindo assim, a razão dialógica / Comunicativa, típica da Escola de Frankfurt que defendia um caminho alternativo, diferente para o desenvolvimento social.
O principal traço da filosofia contemporânea é a pluralidade fazendo despontar então nesse período diversas filosofias, dentre as quais vale destacar:
Na contemporaneidade há uma desconstrução da metafísica e uma edificação da linguagem, a filosofia tradicional diz que esse mundo não pode ser explicado por si mesmo, já a atual defende que o mundo tem tudo que precisa para explicar-se, de forma que a linguagem passa a ser o centro da filosofia e a consequência disso se deterioram os sistemas filosóficos. Tal situação fez nascer um conceito de quase verdade, cuja crítica é que essa beira a um relativismo, o que não é ceticismo. Nessa nova seara o que molda o mundo é o discurso e estudiosos passaram a utilizar como critério de verdade a sintaxe (lógica formal), a semântica (forma e objetividade), a pragmática (uso) e a hermenêutica (sentido). Por exemplo a frase “Deus é bom” é aceita pela sintaxe, porém não pela semântica. Já para a pragmática faz sentido se está dentro de um contexto. Para a hermenêutica terá sentido dependendo de quem falou ou como se a emprega. Esses quatro critérios organizam-se em duas correntes filosóficas: analítica e continental.
A filosofia analítica se caracteriza pelo uso da sintaxe e da semântica. A corrente nasceu em Viena, porém se desenvolveu na Inglaterra (Ilha), estendendo-se aos Estados Unidos. Os autores defensores da analítica são: Franz Brentano (1884), Rudolf Carnap (1932), John Searle (1977), etc., cuja lógica é técnica e prática é científica. Essa filosofia se fundamenta na lógica, ciências naturais e exatas.
Já contraria a anterior, a filosofia continental traz como características a pragmática e a hermenêutica, e teve como território inicial de atuação a Alemanha (Continente), expandindo-se para Itália, França, Espanha, etc. Seus principais desenvolvedores foram: Wilhelm Dilthey, Martin Heidegger, Jacques Derrida, etc. Os continentais abordaram uma lógica que aponta para uma filosofia de imposição humanística que considera determinante a história e pensa a lógica como arte do discurso ou disciplina do conceito, mais que do cálculo.
Diante do contexto por onde passa essa nova forma de ser do mundo, acreditou-se haver morrido a filosofia, de forma que se buscou firmar uma possível identidade para a mesma, que foi identificada como teoria (ontologia/singular – a filosofia dizia o mundo) ou terapia (Mundo plural/confusão – aqui os problemas filosóficos são os da linguagem). Antes a ciência respeitava a filosofia, agora já não, com os filósofos cada vez mais profissionalizados aparece então uma filosofia social que se organiza em tradicional ou crítica.
A teoria tradicional é uma nítida continuação da Filosofia Moderna, cujo iluminismo (filosofia) gerou uma visão social pautada no positivismo de Comte (Sociologia). Dessa vertente surge o capitalismo (economia) e dele a revolução industrial (tecnologia científica), gerando, portanto, um conceito chamado de Razão Instrumental, típica do Ciclo de Viena, cujo lema: “ordem e progresso”.
Já a teoria crítica apresenta uma filosofia contemporânea, pós-moderna, cujo marxismo (filosofia) sugere uma dialética (sociologia). O capitalismo foi revisto e criticado com a técnica, pois as relações de trabalho e vivências são outras. Surgindo assim, a razão dialógica / Comunicativa, típica da Escola de Frankfurt que defendia um caminho alternativo, diferente para o desenvolvimento social.
O principal traço da filosofia contemporânea é a pluralidade fazendo despontar então nesse período diversas filosofias, dentre as quais vale destacar:
- Fenomenologia – Trata da intencionalidade (conjunto de vivência e onde nada é neutro), da volta à coisa mesma, à vida factual, aqui se supera a dicotomia entre sujeito e objeto. O método (epoché) fenomenológico foi criado por Edmundo Husserl, porém também utilizado por outros filósofos: Heidegger (ser), Scheler (valor), Stein (pessoa), Hartman (símbolo), Ponty (cosmo), etc., que como Husserl tecem crítica a filosofia analítica.
- Existencialismo – Existência concreta, sem essência ou transcendência (facticidade de existir) ou existência floreada. Organiza-se em existencialismo radical (Jean P. Sartre), cristão (John Vigton) e literário (Jean Genet).
- Personalismo – O redescobrimento da pessoa. Aqui não dá para entender o homem apenas como sujeito. O homem é corpo, alma e espirito, cujo defensor Emmanuel Mounier.
- Estruturalismo – Estuda o que sustenta as coisas, o que está por debaixo dos panos. A estrutura não fala mas se a ouve, não se a ver mais ela aparece, não é barreira mas limita, etc. São estruturalistas: Lévi-strauss (sociologia), Saussure (Linguística), Foucoult (Filosofia), Althusser (Marxismo), etc. estudam, portanto, o entrelaçamento entre homem e cultura.
- Espiritualismo – Não é espiritismo, mas enfretamento ao positivismo. Apresentam a existência do espírito como elemento primordial da realidade. O homem não se reduz à natureza material, mas de espírito, valores éticos, transcendência. Defendem a corrente: Miguel de Unamuno e Edith Stein
- Filosofia do Diálogo – É caracterizada pela presença do outro, não como objeto, mas como outro eu. Opõe-se ao essencialismo realçando a liberdade e o significado de pessoa, nega o conhecimento científico como único cânon do saber. Defendem essa filosofia Martin Buber e Emmanuel Levinas.
- Utilitarismo – Avalia moralmente suas ações segundo o caráter vantajoso ou não de suas consequências. Foca na justiça utilitária, na justiça possível, no que diz a lei. Essa justiça é diferente da justiça religiosa. Utilidade aqui é mais objeto, ou prática no sentido de útil. Dá-se quando uma vez estabelecido um critério prático, sendo possível agir a partir do mesmo. São referências na área Jeremy Bantham e John Stuart Mill.
- Pragmática – Tem como pressupostos de que as teorias devem ser examinadas segundo o critério de sua aplicabilidade prática, daí a máxima: conhecimento racional e fim racional, consistindo então em um fazer pensando. Representam-no Charles Peirce e Jürgen Habermas.
- Hermenêutica – Estuda a prática e teoria da interpretação de textos filosóficos deferente da corrente filosófica hermenêutica que reflete sobre os fundamentos das condições de possibilidades da compreensão em geral. Nessa filosofia a verdade está em toda e em nenhuma parte. São representantes dessa filosofia: Hans-George Gadamer e Paul Ricoeur.
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