Queridos irmãos e irmãs em Cristo
Celebramos hoje o 5º Domingo da Páscoa, e a liturgia nos conduz a uma compreensão profunda do que significa ser discípulo e missionário do amor. O Ressuscitado nos envia a anunciar o Evangelho com a vida, especialmente a partir de nossas realidades cotidianas.
Na primeira leitura, os Atos dos Apóstolos nos mostram Paulo e Barnabé, que, após enfrentarem muitos desafios, retornam às comunidades para fortalecê-las na fé. Eles nos ensinam que a vida missionária não é fácil: há provações, perseguições e dificuldades. No entanto, animados pela certeza de que o Senhor está com eles, continuam firmes.
No Evangelho, ouvimos as palavras de Jesus na última ceia: "Eu vos dou um novo mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei." Esse é o coração da vida cristã: o amor que não se contenta com teorias, mas que se torna visível e concreto.
A comunidade do Apocalipse também experimenta a presença de Deus fazendo novas todas as coisas. O novo céu e a nova terra se constroem a partir de corações que vivem o amor fraterno.
Discípulos e Missionários do Amor
Amar como Jesus amou não é uma tarefa simples. Muitas vezes, nos deparamos com nossas fragilidades: orgulho, egoísmo, indiferença. Contudo, o amor cristão é mais do que um sentimento passageiro; é uma decisão de fazer o bem, mesmo quando isso exige sacrifício.
Hoje, somos chamados a viver o amor onde estamos: na família, no trabalho, na comunidade. Talvez pensemos que só os grandes missionários, como Paulo e Barnabé, são capazes de transformar o mundo. Mas a transformação começa em casa, nos pequenos gestos: um perdão sincero, uma palavra de encorajamento, um ato de solidariedade.
Quantas vezes deixamos de testemunhar o amor porque nos sentimos incapazes? Jesus nos mostra que não se trata de sermos perfeitos, mas de estarmos dispostos a amar de verdade. O mundo precisa desse amor transformador, e ele começa em nós.
A missão em nossa realidade
O chamado para sermos discípulos missionários do amor não é para tempos ideais ou lugares perfeitos. Ele se dá na rotina, nos desafios do dia a dia. Que tal começarmos hoje mesmo? Que possamos cultivar o amor dentro de nossas casas, promovendo a paz, o diálogo e a partilha.
Em nossa comunidade, que sejamos conhecidos não só pelo que fazemos, mas principalmente pela maneira como amamos. Que nossos vizinhos, amigos e colegas vejam em nós sinais vivos de Cristo Ressuscitado, pois, como Ele mesmo disse: "Nisto todos saberão que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros."
Conclusão
Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de amar como Ele amou, de nos tornarmos missionários do amor que transforma e renova. Que nossa comunidade, fortalecida pela Palavra e pela Eucaristia, se torne um espaço onde o amor fraterno é vivido e testemunhado.
Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja, nos ajude a seguir firmes neste propósito, construindo juntos um mundo mais justo e fraterno. Amém.
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