sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

Missão do Japão 29/01/2023: 4º Domingo do Tempo Comum (Mt 5,1-12a) Homilia



Está claro para Jesus que se nossos corações e nossas energias estiverem voltados para as coisas materiais que o mundo nos oferece, e ignorarmos e abandonarmos os valores mais importantes, como o amor, a preocupação, a partilha, a generosidade, a compreensão e o perdão, talvez consigamos satisfação material. Mas apenas isso, satisfação material.

No entanto, se nossos corações e energias estiverem inclinados a ser fiéis a Deus, obedientes a Jesus, sim, podemos nos deparar com todos os problemas do mundo. E por causa disso para os outros, podemos parecer infelizes. Mas lembre-se de que muito do nosso pagamento ainda está por vir e o que receberemos é uma alegria e felicidade genuína e eterna em nossos corações e vidas. Porque colocar o coração para ser leal a Jesus significa viver ou concretizar diferentes expressões de amor como a partilha, o perdão, a compreensão, etc. E estas são as coisas que Jesus espera que vivam na vida de todo cristão.

O que torna o sofredor abençoado não é a condição de privação ou rejeição. Mas a atitude básica dos pobres e sofredores de confiar em Deus diante dos desafios de sua condição. Para essas pessoas, qualquer rosto de sofrimento não deve ser motivo para temer ou perder a esperança. Porque acreditam que sua condição é temporária e não para sempre. O que eles acreditam é que o sofrimento neste mundo é temporário. O que é eterno e para sempre é a felicidade que terão com Jesus no Reino.

Neste domingo, somos encorajados por Jesus a verificar as coisas que realmente valorizamos. Podemos estar dando importância aos valores errados, façamos algo sobre eles agora se realmente queremos ser felizes e abençoados. Amém.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

Missão do Japão 22/01/2023: 3º Domingo do Tempo Comum (Mt 4,12-23) Homilia

 


Em nosso evangelho de hoje, Jesus nos descreve o que é melhor fazer para que o Plano de Deus se torne possível. E Jesus reitera, é a conversão dos nossos corações, a mudança de nossos caminhos tortuosos, o afastamento das coisas erradas que são contrárias aos valores do Reino. Devemos padronizar nossas vidas de acordo com os exemplos mostrados a nós por Jesus, bem como, ter uma obediência autêntica e total aos ensinamentos de Jesus.

Este convite à conversão significa também que Deus quer que façamos parte do Seu plano. De certa forma, Jesus nos faz perceber que o Pai vê a importância do nosso papel e da nossa cooperação para que o Seu Projeto seja possível. Claro, sendo Deus, Ele não precisa de nós. Mas Deus não quer que sejamos forçados. Ele nos quer, usando nosso livre-arbítrio, para tornar possível Seu plano. E como os primeiros discípulos chamados por Jesus, Ele quer que sejamos Seus instrumentos. Seja qual for a condição, posição, nível econômico da sociedade em que estejamos, Ele quer que participemos ativamente das mudanças que Ele quer que aconteçam em nós e nos outros. Através da nossa própria vida individual, iluminada e inspirada pela Luz e pelo Amor de Jesus, o Pai quer que contribuamos para a reconstrução da humanidade. Através da nossa participação, Ele quer acelerar a construção do Reino, e Reino de Deus.

Verdadeiramente, este projeto é exigente e difícil. Mas com certeza, tudo valerá a pena. Porque se cada um de nós for regido por Deus, e tiver a sorte de entrar no Seu Reino, todas as dificuldades, todos os desafios não serão nada, comparados com a verdadeira alegria e paz que teremos.

Se a felicidade e a vida eterna nos esperam no Reino, por que você ignoraria o chamado de Jesus à conversão? Você não quer ser feliz? Amém.

sábado, 14 de janeiro de 2023

"In Manus Tuas Domine" (Sl 31,6)

 


Depois de um diálogo sobre a vida presbiteral com um amigo, ele sintetizou nossa conversa na seguinte reflexão:  


Nossa vocação consiste numa entrega total à Divina Providência, num abandonar-se ao amor de Deus que por Misericórdia nos elegeu, todavia, vale lembrar que nos entregamos totalmente nas Mãos de Deus para sermos felizes. "Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados" (cf. Mt 11,28).  Não abraçamos o sofrimento em si.


Deus não nos chama a nos desgastar em estruturas obsoletas, ou algo parecido. Chama-nos para permanecermos em Seu Amor (cf. Jo15,4). Ele convida-nos à santidade para santificarmos o seu Povo (cf. Jo 17,19). A ponto de nos revestirmos de Seus Sentimentos (cf. Fl 2,5). Para tal, é importante ter em mente e gravado no coração esta convicção: "estamos nas Mãos de Deus"! Isso exige desprendimento de orgulhos, posses, status, preocupações com poder; exige, também, desprendimento das pretensas amizades, (embora nos seja tão importante, na fragmentação das relações que estamos imersos vamos percebendo que só nossa amizade com Cristo será capaz de nos sustentar).  Desprendimento das nossas paixões (sejam elas quais forem), ou quaisquer outras superficialidades que nos levem a dizer como o poeta "no meio do caminho existe uma pedra" (Drummond Andrade).


Que em nosso caminho tenhamos um belo horizonte, tendo consciência de que a caminhada será árdua, por vezes solitária e, talvez longa, mas que contaremos com o auxílio daqueles que nos precederam e que hoje contemplam a Glória de Deus.


Temos tudo para sermos realizados [felizes]. Basta-nos buscar viver com profundidade a nossa consagração "com a liberdade gloriosa dos filhos de Deus (cf. Rm 8,21). Buscando agradar a Deus somente (Gl 1,10) na confiante entrega ao Eterno, servindo-O com todas as nossas forças.


Diante da complexidade e sapiência do tempo presente, peçamos a Deus que nos ilumine e, cheios de Sua Luz, tornemo-nos pessoas lúcidas para sermos de fato o que precisamos ser: "sal da terra e luz do mundo" (cf. Mt 5-13,14).

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Missão do Japão 15/01/2023: 2º Domingo do Tempo Comum (Jo 1,14a.12a) Homilia



Ao fazer nossa própria missão, sigamos a sugestão de João Batista. Primeiro, João Batista viveu uma vida simples e humilde. Ele viveu uma vida que se esperava dele como profeta de Deus. Ele era justo e guiado pelos ensinamentos de Deus. Era um homem de oração e de profunda fé em Deus. Portanto, para sermos eficazes em nossa missão de profetas modernos, uma vida de simplicidade, humildade e retidão deve estar presente em nós. Nossa vida deve ser preenchida com oração constante e um profundo senso de fé no Pai amoroso. Essas qualidades encorajaram e fortaleceram João no desempenho de seu papel como aquele que preparou o caminho para Jesus.

Em segundo lugar, João Batista, conhecia sua própria identidade. Como mencionei, ele sabia que não era o Messias. Ele sabia que era apenas um instrumento de Deus. Portanto, o conteúdo de sua pregação e proclamação era Jesus e somente seus ensinamentos. Ele nunca se colocou como o centro de sua pregação. Sempre foi Jesus. Só Jesus. Da mesma forma, em nossas diferentes formas de pregação, somos chamados a pregar não sobre nós mesmos, mas sobre Jesus. Não devemos nos exibir e falar sobre nossa própria bondade, gentileza, generosidade, etc. Façamos tudo com humildade, acreditando e proclamando que, por causa da presença de Jesus em nós, somos capazes de compartilhar nossa bondade, gentileza e generosidade para com os outros. Como João Batista, devemos conhecer nossa verdadeira identidade. Não somos o salvador do mundo, mas somos instrumentos e servos de Jesus em Seu plano de salvação. Estamos aqui cumprindo nossa responsabilidade como cristãos de fazer com que os outros conheçam, amem e imitem Jesus, nosso Senhor. Amém.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Missão do Japão 08/01/2023: Epifania do Senhor (Mt 2,1-12) Homilia



O Evangelho de hoje, nesta festa da Epifania do Senhor, descreve-nos a história da viagem dos três Reis Magos até o local onde Jesus nasceu. E quando eles finalmente O encontraram, todos se curvaram a Jesus e lhe ofereceram preciosos presentes.

Esta história dos sábios nos mostra claramente o status importante de nosso Senhor. A esta altura, ainda Bebé, o gesto dos três reis magos, manifestava um sinal claro de que Jesus é uma Grande e Importante Figura. Que Ele é especial e extraordinário.

O que esta festa de nosso Senhor nos diz então?

Primeiro, ela nos diz que, se o próprio Jesus, que é Deus e poderoso, escolheu ser simples e comum, isso significa que, é verdade, Ele cuida das pessoas simples e comuns. E com certeza Ele valoriza aquelas pessoas que se preocupam e dão importância aos pobres e aos comuns. Simplicidade e humildade realmente são grandes valores. Eles nos aproximam e nos tornam íntimos de Jesus.

Em segundo lugar, nos diz que não há necessidade de nós crentes sermos hostis com aqueles que não compartilham nossa fé. Lembre-se, Jesus se apresentou aos pagãos, na simplicidade da criança. Da mesma forma, levemos Jesus aos outros, na simplicidade e no quotidiano da nossa vida. Não devemos forçar as pessoas a se tornarem crentes em Jesus. Mas, por meio de nossas boas obras simples e exemplos humildes, encorajamos e inspiramos os outros.

Nesta festa da epifania do Senhor, podemos ser lembrados de que nossa missão como crentes cristãos é garantir que Jesus se manifeste em todas as coisas boas que fazemos. E o único meio que podemos fazer é certificando-nos de que fazemos tudo com Amor.

Amém.