Santas Missões Populares Vicentinas - Januária MG 2015

Aconteceram de 11 a 25 de janeiro de 2015 as Santas Missões Populares Vicentinas na paróquia da Sagrada Família, que completa 50 anos de fundação no corrente; a paróquia pertence à Diocese de Januária e se localiza na cidade de mesmo nome, no norte de Minas Gerais.

Os missionários de fora pertencem a Família Vicentina - FV do regional Belo Horizonte que comporta pessoas provindas de diferentes cidades e estados do País, somado a um padre da arquidiocese belorizontina, amigo da FV, Pe. José Antônio. Estas missões tiveram como coordenador, no período de formação dos missionários em BH, o Pe. Vinicius Teixeira.CM, na execução, a Ir. Heloísa.FC os padres Juarez Carlos.CM e Aguinaldo Aparecido.CM, que organizaram 13 equipes e as distribuíram pelas 31 comunidades e sede da referida Paróquia.  

A Coordenadora Zózima, o Pe. Pedro.CM, a Ir. Rizomar.FC, as leigas Lázara e Dorisnei e eu – Cleber, fomos lotados na equipe 02, ficamos responsáveis de missionar nas comunidades de Santo Antônio e São Vicente de Paulo, localizadas em bairros periféricos da cidade de Januária que comportam, aproximadamente, sete mil famílias.

Ali fomos muito bem acolhidos pelos comunitários, mais diretamente pela família da Dona Idê Figueredo, seus filhos nos levaram até a residência da Dona Hilda Castilho, que estava viajando e permitiu que nos hospedássemos em sua casa, onde pudemos desfrutar de um singular conforto, alimentação e transporte; o fato facilitou o entrosamento da equipe, fazendo render o trabalho.

A parte das reuniões de planejamento e de avaliação, as atividades estiveram entre a presença em alguns grupos e pastorais em funcionamento na Comunidade; visitas domiciliares iniciadas por uma oração comum, de onde de dois em dois - um missionário de fora e outro local, acorríamos às residências, preferencialmente, as não visitadas nas últimas missões populares ocorridas e a idosos e enfermos, pela manhã e pela tarde; encontros com crianças, jovens e famílias; atos de piedade como procissões matutinas e vespertinas com terços luminosos e vias-sacras; as celebrações Eucarísticas, presididas pelo Pe. Pedro, exceto duas que tiveram como presidentes os padres Juarez e Laurindo nas comunidades de Santo Antônio e São Vicente, respectivamente, etc.

Transcorridas as duas semanas de atividades, os missionários se reuniram na Matriz Sagrada Família, de onde tinham sido enviados há 15 dias, em torno de Cristo, também presente na pessoa do presidente da celebração Dom José Moreira, bispo da Diocese de Januária, que com muita satisfação, espontaneidade e graça conduziu a missa de encerramento daquelas santas missões e agradeceu a Deus e aos presentes pela colaboração e trabalho. 

As atividades foram realizadas com simplicidade, mas com muita abertura e carinho; de forma que a realização das Santas Missões Populares Vicentinas em Januária foram um tempo forte de avivamento da fé do povo, momento de encantamento à ação da Igreja que sai ao encontro do povo de Deus, e chamamento a transformação e fortalecimento das bases a fim de fazer uma Igreja inclusiva, ativa e viva.

 

Ilha de Marajó - PA Brasil

Com a graça de Deus e a ajuda d familiares e amigos, pude celebrar o réveillon de 2014 para 2015 em Marajó - é a maior ilha do Brasil e também a maior ilha fluviomarítima do mundo. Na verdade Marajó é um arquipélago, já que seu território de 40 100 km² consta de aproximadamente 2.500 ilhas, 22 delas são consideradas médias e grandes, onde se instalam os 16 municípios que ali se organizam; Soure, um deles, é conhecido como a capital da Ilha, Salvaterra, outro, a Princesa do Marajó.

     

O acesso a Salvaterra se dá em barco que partem de Belém, com três horas de viagem até o porto de Camará, dali se segue de carro, por mais 30 minutos, até a sede do município. A Ilha como todo local tem seus costumes, peculiaridades e histórias. Segundo populares os nomes das vilas de Salvaterra, por exemplo, antonimizam suas realidades, como é o caso da vila chamada Ceará, onde não reside nenhum cearense. Também por questões geográficas o nível de violência na Ilha é baixo. É comum ver búfalos – maior rebanho do Brasil com cerca de 600 mil cabeças, domesticados que servem como instrumentos de ajuda aos marajoaras em sua agricultura de subsistência, especialmente no cultivo do abacaxi, pesca ou no trabalho com cerâmica.

Outro destaque da Ilha é a vila de Joanes, que deu nome ao arquipélago na época da colonização quando se a chamou de Ilha Grande de Joanne, antes os índios a batizaram de Marinatambal, ali se encontram ruinas de antigas instalações dos Jesuítas. A religião católica tem boa presença no local – Salvaterra tem como padroeira a Imaculada Conceição, cujo círio é bastante participado, comunidades como a Shalom também se fazem presentes, essa tem uma casa de missão no município de Chaves, porém eclodem igrejas protestantes das várias denominações por todo o arquipélago.

Hospedamo-nos na praia grande em Salvaterra lugar escolhido pelos populares para receber o novo ano. Além das atrações musicais, se faz queima de fogos e os paredões de som não dispensam ritmos desde os tradicionais carimbó e brega ao novo tecnomelody. O local foi organizado para receber os visitantes, porém se pode investir mais, já que a demanda é crescente, tanto que o governo municipal se esforça para responder os desafios procurando inclusive trabalhar com mais foco no ecoturismo. É referência em serviços no local a Pousada dos Guarás, que acolheu em 2012 os atores globais na gravação da novela “Amor Eterno Amor”.

O clima da Ilha é tropical, geralmente quente e é comum chuvas, o povo é simples e colhedor. Propor-se a visitar Marajó exige está disposto à aventura, a começar pelo balançar do barco, a comida a base de carne de búfalo, mariscos e frutas da época como a mangaba, até o transporte, acomodação ou praias com cheiro de rústicas e semidesérticas.

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Nos últimos dias do ano anterior e nos primeiros de 2015 passei por Terra Alta, Castanhal e Belém onde fiz novos amigos, visitei a feira e mercado Ver o Peso, a catedral e santuário da Virgem de Nazaré e a paróquia São Raimundo Nonato onde servem os padres da Congregação da Missão da Província de Fortaleza, mas isso já seria assunto para outro post.