Suas tradições culturais cristãs já não são tão vivas como antes, porém ainda hoje se nota rasgos de algo que já foi o eixo central da comunidade nacional.
As datas comemorativas do calendário civil estam sempre agregados a celebrações religiosas cristãs, como por exemplo o dia dos país, que é celebrado no dia de São José, pai adotivo de Jesus.
A quaresma aqui é vivida com “naturalidade”. Espanha, não diferente de diversos países do mundo, está muito secularizada, ou melhor, distante da igreja, más os que são católicos, são católicos de verdade e buscam viver segundo orienta a Santa Madre Igreja.
Durante as grandes festas católicas é comum realizar-se nas igrejas de Madrid shows de músicas clássicas, católicas e gregorianas – A Prefeitura em conjunto com a Arquidiocese fazem a publicidade desses eventos com publicações de planfetos explicativos, etc.
Uma prática parecida com a dos brasileiros é o fato de “impressar” dias úteis em vista de determinados feriados, aqui eles chamam de “pontes”. Os espanhóis amam férias, tudo pode ser motivo para tal. Não é dificil passar por uma loja e ver uma plaquinha onde está escrito: “Cerrado por vacaciones. Perdón por las molestias”.
Na Semana Santa, por exemplo, muitos se vão a praia, serras, turismo rural, etc. Os católicos procuram viver o tempo com retiros espirituais, acampamentos, etc. Nos do Secretariado Internacional participamos de uma Missão Rural, onde fizemos a animação litúrgica de algumas localidades do Estado de Zamora. Nessa zona do País as procissões são sileciosas em outros como na região sul, são muito animadas.
Abaixo ver artigo publicado no site do SIJMV, sobre nossa Páscoa Rural
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PÁSCOA RURAL 2010
Na quarta-feira, 31 de março iniciamos uma jornada de Páscoa Rural. Ao anoitecer desse dia chegamos à zona de Sayago (província de Zamora no Oeste de Espanha), concretamente à localidade Almeida, que passou a ser o centro referencial da equipe que se propôs viver aquela Páscua Rural, a mesma era o maior povoado da zona, com, aproximadamente, 550 habitantes.
Éramos 16 pessoas, Padre Pavol, três Filhas da Caridade e 12 jovens (02 do Secretariado Internacional) vindos de diferentes lugares. Nosso objetivo era viver a Páscoa junto a dos Sacerdotes diocesanos e um Diácono permanente que tem a seu cargo 17 localidades da zona de Sayago.
Na primeira noite nos organizamos – formamos três grupos. Nossa missão era viver a Páscoa rural com pessoas idosas que não tinham saído das localidades e que necessitam da vivência de uma Liturgia alegre e dinâmica. A Liturgia estava bem preparada. Durante os quatro dias participamos oração de Laudes, da localidade de Almeida.
Na tarde de Quinta-feira Santa começamos celebrando a Ceia do Senhor em grupos, para depois ir a outras localidades e fazer celebrações da Palavra. Depois tivemos uma hora santa e por último a ceia judaica muito bem explicada.
Sexta-feira Santa, pela manhã tivemos as primeiras celebrações da Paixão de Jesus. No período da tarde continuamos com as celebrações em diferentes localidades. Ao chegar às localidades, perguntávamos se os fiéis participavam na Liturgia, com leituras, cânticos, etc, em algumas localidades sim, em outros não.
No início da noite, os distintos grupos, participamos de Via Cruzes ou procissões nas localidades.
A manhã de sábado esteve dedicada à reflexão, que foi concluída com a celebrações da Penitência.
As atividades da tarde foram iniciadas com a participação na Vigília Pascual na Ermita Virgem das Gracias, celebramos a Ressurreição de Jesus Cristo. Esta Ermita é o centro da comarca e a ela veem, de todos as localidades, uma representação.
Foi muito bonito ver na Vigília, cada representante das distintas localidades, que vinham até o altar e recebiam um Círio Páscal que iluminaria as celebrações de Páscoa, em suas localidades. Depois cada grupo de trabalho se dirigiu a diferentes comunidades a fim de participar de outras Vigílias.
No domingo de Ressurreição também tivemos a oportunidade de celebrar a Eucaristia ou Celebrações da Palavra em algunas localidades da comarca. Demos por terminada nossa estância na província de Zamora, com o almoço, que tão logo terminado, regressamos à Madrid.
Foi uma experiência muito vicentina, porque tivemos a oportunidade de conhecer de perto o mundo rural espanhol, sua gente, seus problemas e inquietudes, assim como a aproximação das pessoas que no decorrer do ano estão distantes.
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