NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO
UNIVERSO
FICHA 01
Orientação:
antes da celebração, o presidente ou outra pessoa faz a explicação do tema a
seguir, com as palavras abaixo ou outras semelhantes. Se preferir, poderá
fazê-lo também ao final da celebração, junto com os avisos.
Irmãos e irmãs, no próximo domingo
iniciaremos o Tempo do Advento, em preparação para o Natal do Senhor. Neste
dia, com toda a Igreja do Brasil, passaremos a utilizar a nova tradução do
Missal Romano, o livro que contém as orações para a celebração eucarística.
Após 20 anos de tradução, a
recepção dessa nova edição do Missal Romano coincidirá com os 60 anos da
promulgação da Constituição Apostólica sobre a Liturgia (Sacrosanctum Concilium), do Concílio Vaticano II e, por isso, será
uma feliz oportunidade para aprofundarmos a teologia eucarística, expressa
naqueles elementos que a reforma litúrgica resgatou da antiga tradição, como a
participação ativa dos fiéis, o uso da língua de cada país, a concelebração, a
abundância na leitura da Palavra de Deus etc.
Em primeiro lugar, é preciso
esclarecer que não mudou-se o rito da Missa, mas apenas os textos contidos no
Missal, a fim de atender a uma maior fidelidade ao original latino e à dimensão
poética dos textos, garantindo uma sóbria elegância característica do rito
romano.
Queremos aproveitar essa ocasião
para realizar, em todas as Paróquias da nossa Arquidiocese, um mutirão de
formação, em todas as celebrações dominicais. A cada domingo, vamos aprofundar
um rito ou oração da Missa, para que, compreendendo melhor o mistério que
celebramos, possamos colocar em prática o que celebramos, de modo “que a
Eucaristia
se torne na vida o que significa na celebração” (Papa Bento XVI. Sacramentum
Caritatis, n.89).
Arquidiocese de Belo
Horizonte
Pastoral
Litúrgica – Formação Litúrgica (Missal Romano, 3ª edição)
1º DOMINGO DO ADVENTO
FICHA 02
Irmãos e irmãs, neste 1º domingo do
Advento, iniciando um novo ano litúrgico, a Igreja do Brasil passa a utilizar,
de forma obrigatória, a nova tradução do Missal Romano, aprovada pela Santa Sé
no início deste ano.
A cada domingo,
queremos apresentar uma novidade dessa nova tradução, de modo a facilitar nossa
participação na liturgia. Uma mudança se dará justamente no convite que o
presidente faz à assembleia reunida para tomar parte no sacrifício eucarístico,
logo após a apresentação das oferendas.
Para permanecer
mais fiel ao original em latim, uma das fórmulas de convite do presidente será
assim, a partir de agora: “Orai, irmãos
e irmãs, para que o meu e vosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso”.
Atenção às mudanças, mas também ao seu sentido: há apenas um sacrifício
oferecido na celebração da Missa: o próprio Jesus Cristo, que se manifesta, se
imola e se dá em alimento nos dons do pão e do vinho.
Este sacrifício
é oferecido pelo presidente, que associa a si o povo reunido, que, por isso,
responderá: “Receba o Senhor por tuas
mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua
santa Igreja”. A mudança, para ser mais fiel ao latim, está apenas na
inserção do pronome “sua”, mas vale a pena recordar que essa é uma resposta ao
convite do presidente e que, portanto, não se dirige a Deus. Por essa razão,
não se diz: “Receba, ó Senhor...”, mas: “Receba o Senhor...”, pois é a
assembleia respondendo ao convite do presidente para a oferta do sacrifício.
2º DOMINGO DO ADVENTO
FICHA 03
Obs.:
sugere-se que, neste dia, utilize-se a 1ª fórmula do ato penitencial
(Confesso), tendo em vista a presente explicação. A melhor alternativa, até que
tenhamos novas composições, seria fazê-lo rezado e, após a “absolvição”, cantar
o “Kyrie eleison”.
Irmãos e irmãs, dando continuidade
à apresentação das mudanças da 3ª edição do Missal Romano, atentos ao apelo de
conversão deste domingo, veremos a mudança que houve na primeira fórmula do
rito penitencial, o “Confesso”.
Para ser mais
fiel ao original em latim, se dirá: “...
pequei muitas vezes, por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha
culpa, minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria...”. A
inserção deste “minha culpa”, com o gesto de bater no peito por três vezes,
atende também ao acordo feito pelos países de língua portuguesa, a fim de que
as aclamações dos fiéis fossem sempre as mesmas nestes países.
Essa mudança,
bem como outras, exigirão de nossa parte um esforço para que nossas orações não
sejam mais mecânicas – sob o risco de nos esquecermos essas mudanças – mas
brotem de nosso interior. Como Pedro, que negou Jesus por três vezes, também
eu, pecador, batendo três vezes no peito, reconheço o meu pecado, à semelhança
daquele cobrador de impostos do evangelho de Lucas, que batia no peito e dizia:
“Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador” (Lc 18,13).
3º DOMINGO DO ADVENTO
FICHA 04
Irmãos e irmãs, prosseguindo com a
apresentação das mudanças nos textos das orações e respostas da nova edição do
Missal Romano, neste domingo da alegria iremos tratar da aclamação memorial,
que encontra-se no centro da oração eucarística, logo após a narrativa da
instituição ou consagração.
Duas foram as razões para a mudança
no texto. Para ser mais fiel ao latim, o presidente não dirá mais “Eis o
mistério da fé”, mas apenas: “Mistério
da fé!”, ao que se seguirá a aclamação do povo: “Anunciamos, Senhor, a vossa
morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”.
Outra mudança se deu para facilitar
a participação do povo, naqueles dias em que se optar por outra aclamação.
Nestes casos, a aclamação estará de acordo com o convite feito pelo presidente.
Assim, quando ele disser: “Mistério da
fé e do amor!”, a assembleia dirá: “Todas as vezes que comemos deste pão e
bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda”. E, quando
disser: “Mistério da fé para a salvação
do mundo!”, os fiéis dirão: “Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos
libertastes pela cruz e ressurreição”.
Aproveitando:
essa aclamação não faz parte da consagração (cf.
IGMR 151) e, justamente por ser
uma aclamação, os fiéis que estiverem ajoelhados, levantam-se para dizê-la ou cantá-la
de pé, proclamando o mistério da Páscoa de Jesus: sua morte, ressurreição e
ascensão aos céus. Por isso, especialmente aos domingos, essa aclamação deveria
ser sempre cantada, para melhor expressar a alegria pascal nela contida.