quarta-feira, 29 de novembro de 2023

Missão do Japão 03/12/2023: 1º Domingo do Advento ANO B (Mc 13,33-37) Homilia



Neste 1º Domingo do Advento, somos lembrados que, enquanto esperamos pelo regresso de Jesus, devemos viver uma espera ativa, ou seja, esta deve ser uma esperança viva. Significa que enquanto estamos nesta fase de espera, transformação e conversão contínuas também estão acontecendo dentro e fora de nós. Não será um tempo passivo, mas de mudança significativa acontecendo em nós, tornando-nos preparados e dignos para a vinda de Jesus. Significa também que quando esperamos, não apenas pensamos e pronunciamos a palavra Esperança. Em vez disso, acreditamos nesta realidade e permitimos que esta esperança nos leve na direção certa.

Tanto a primeira como a segunda leitura nos dizem o que deve acontecer em nós. Isaías orou pelo perdão da culpa de Israel. Paulo incentiva a reconciliação e a impecabilidade interior. Ambas as leituras implicam que uma mudança de coração e um melhor relacionamento com os outros certamente nos garantirão dignidade e preparação para nos encontrarmos com o Senhor em Seu retorno.

Este primeiro domingo do Advento, tal como a celebração de Cristo Rei no domingo passado, é um convite a olhar para dentro de nós mesmos e perguntar se estamos realmente preparados para o Dia do Juízo Final. Se isso acontecer a qualquer momento da nossa vida, estamos realmente prontos? Além disso, este Domingo do Advento convida-nos a verificar se o Amor está vivo e atuante em nossa vida pessoal e na nossa relação com os outros. Porque, de fato, a presença do amor em nossas vidas é fator chave para nos assegurar nosso lugar no Reino. A sua ausência significará infelizmente que não estamos preparados, que nós não nos preparamos. E, portanto, não estaríamos qualificados para entrarmos no Reino Celestial.

Neste advento, prometamos estar conectados com o Senhor, através de nosso eu transformado, bem como, nunca perdê-Lo de vista. Amém.

Fichas sobre a nova tradução do Missal Romano (3ª Edição)

 


NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO

FICHA 01

 

 

 

Orientação: antes da celebração, o presidente ou outra pessoa faz a explicação do tema a seguir, com as palavras abaixo ou outras semelhantes. Se preferir, poderá fazê-lo também ao final da celebração, junto com os avisos.

 

Irmãos e irmãs, no próximo domingo iniciaremos o Tempo do Advento, em preparação para o Natal do Senhor. Neste dia, com toda a Igreja do Brasil, passaremos a utilizar a nova tradução do Missal Romano, o livro que contém as orações para a celebração eucarística.

 

Após 20 anos de tradução, a recepção dessa nova edição do Missal Romano coincidirá com os 60 anos da promulgação da Constituição Apostólica sobre a Liturgia (Sacrosanctum Concilium), do Concílio Vaticano II e, por isso, será uma feliz oportunidade para aprofundarmos a teologia eucarística, expressa naqueles elementos que a reforma litúrgica resgatou da antiga tradição, como a participação ativa dos fiéis, o uso da língua de cada país, a concelebração, a abundância na leitura da Palavra de Deus etc.

 

Em primeiro lugar, é preciso esclarecer que não mudou-se o rito da Missa, mas apenas os textos contidos no Missal, a fim de atender a uma maior fidelidade ao original latino e à dimensão poética dos textos, garantindo uma sóbria elegância característica do rito romano.

 

Queremos aproveitar essa ocasião para realizar, em todas as Paróquias da nossa Arquidiocese, um mutirão de formação, em todas as celebrações dominicais. A cada domingo, vamos aprofundar um rito ou oração da Missa, para que, compreendendo melhor o mistério que celebramos, possamos colocar em prática o que celebramos, de modo “que a Eucaristia
se torne na vida o que significa na celebração” (
Papa Bento XVI. Sacramentum Caritatis, n.89).

Arquidiocese de Belo Horizonte

Pastoral Litúrgica – Formação Litúrgica (Missal Romano, 3ª edição)

 

 

1º DOMINGO DO ADVENTO

FICHA 02

 

 


Irmãos e irmãs, neste 1º domingo do Advento, iniciando um novo ano litúrgico, a Igreja do Brasil passa a utilizar, de forma obrigatória, a nova tradução do Missal Romano, aprovada pela Santa Sé no início deste ano.

 

A cada domingo, queremos apresentar uma novidade dessa nova tradução, de modo a facilitar nossa participação na liturgia. Uma mudança se dará justamente no convite que o presidente faz à assembleia reunida para tomar parte no sacrifício eucarístico, logo após a apresentação das oferendas.

 

Para permanecer mais fiel ao original em latim, uma das fórmulas de convite do presidente será assim, a partir de agora: “Orai, irmãos e irmãs, para que o meu e vosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso”. Atenção às mudanças, mas também ao seu sentido: há apenas um sacrifício oferecido na celebração da Missa: o próprio Jesus Cristo, que se manifesta, se imola e se dá em alimento nos dons do pão e do vinho.

 

Este sacrifício é oferecido pelo presidente, que associa a si o povo reunido, que, por isso, responderá: “Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem e de toda a sua santa Igreja”. A mudança, para ser mais fiel ao latim, está apenas na inserção do pronome “sua”, mas vale a pena recordar que essa é uma resposta ao convite do presidente e que, portanto, não se dirige a Deus. Por essa razão, não se diz: “Receba, ó Senhor...”, mas: “Receba o Senhor...”, pois é a assembleia respondendo ao convite do presidente para a oferta do sacrifício.


 

 

2º DOMINGO DO ADVENTO

FICHA 03

 

 

 

Obs.: sugere-se que, neste dia, utilize-se a 1ª fórmula do ato penitencial (Confesso), tendo em vista a presente explicação. A melhor alternativa, até que tenhamos novas composições, seria fazê-lo rezado e, após a “absolvição”, cantar o “Kyrie eleison”.

 

Irmãos e irmãs, dando continuidade à apresentação das mudanças da 3ª edição do Missal Romano, atentos ao apelo de conversão deste domingo, veremos a mudança que houve na primeira fórmula do rito penitencial, o “Confesso”.

 

Para ser mais fiel ao original em latim, se dirá: “... pequei muitas vezes, por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à Virgem Maria...”. A inserção deste “minha culpa”, com o gesto de bater no peito por três vezes, atende também ao acordo feito pelos países de língua portuguesa, a fim de que as aclamações dos fiéis fossem sempre as mesmas nestes países.

 

Essa mudança, bem como outras, exigirão de nossa parte um esforço para que nossas orações não sejam mais mecânicas – sob o risco de nos esquecermos essas mudanças – mas brotem de nosso interior. Como Pedro, que negou Jesus por três vezes, também eu, pecador, batendo três vezes no peito, reconheço o meu pecado, à semelhança daquele cobrador de impostos do evangelho de Lucas, que batia no peito e dizia: “Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador” (Lc 18,13).


 

3º DOMINGO DO ADVENTO

FICHA 04

 

 

 

Irmãos e irmãs, prosseguindo com a apresentação das mudanças nos textos das orações e respostas da nova edição do Missal Romano, neste domingo da alegria iremos tratar da aclamação memorial, que encontra-se no centro da oração eucarística, logo após a narrativa da instituição ou consagração.

 

Duas foram as razões para a mudança no texto. Para ser mais fiel ao latim, o presidente não dirá mais “Eis o mistério da fé”, mas apenas: “Mistério da fé!”, ao que se seguirá a aclamação do povo: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!”.

 

Outra mudança se deu para facilitar a participação do povo, naqueles dias em que se optar por outra aclamação. Nestes casos, a aclamação estará de acordo com o convite feito pelo presidente. Assim, quando ele disser: “Mistério da fé e do amor!”, a assembleia dirá: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda”. E, quando disser: “Mistério da fé para a salvação do mundo!”, os fiéis dirão: “Salvador do mundo, salvai-nos, vós que nos libertastes pela cruz e ressurreição”.

 

Aproveitando: essa aclamação não faz parte da consagração (cf. IGMR 151) e, justamente por ser uma aclamação, os fiéis que estiverem ajoelhados, levantam-se para dizê-la ou cantá-la de pé, proclamando o mistério da Páscoa de Jesus: sua morte, ressurreição e ascensão aos céus. Por isso, especialmente aos domingos, essa aclamação deveria ser sempre cantada, para melhor expressar a alegria pascal nela contida.

quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Missão do Japão 26/11/2023: Solenidade - Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo (Mt 25,31-46) Homilia



Hoje é o 34º e último domingo do calendário litúrgico da Igreja. Também hoje toda a Igreja celebra a Festa de Cristo Rei.

A leitura do Evangelho diz-nos que no dia do Juízo, aqueles que, durante a sua vida, ajudaram os pobres e os marginalizados serão abençoados por Cristo com a graça de entrar no Reino. Isto porque, para Jesus, qualquer coisa boa que uma pessoa faz a outra, é uma coisa boa feita a Ele.

Por outro lado, o evangelho nos diz que o Cristo Rei certamente recusará, a fazer parte do Reino, aqueles que forem colocados a sua esquerda, porque durante sua vida eles se recusaram a ajudar os pobres e necessitados. E para Cristo, não ajudar ou preocupar-se com quem precisa, equivale a não fazer nada de bom a Ele.

O evangelho de hoje é, de fato, uma boa previsão do que acontecerá no último dia. E dá uma dica importante para todos nós, sobre o que precisamos fazer, se quisermos ser colocados ao lado dos bem-aventurados e evitar fazer parte daqueles que serão amaldiçoados.

Gostaria de lembrar a todos que, definitivamente, nosso Senhor quer que estejamos lá no Dia do Julgamento, do lado direito, e não do lado esquerdo.

Portanto, lembremo-nos disto: se oferecermos amor e servirmos genuinamente os nossos irmãos e irmãs, especialmente aqueles que mais precisam, é quase certo que pertenceremos àqueles que serão favorecidos por Cristo, o Rei. Porque se não, também é quase certo que faremos parte da condenação eterna, preparada para aqueles que se recusam a amar e a ser fiéis.

Apenas uma pergunta curiosa. Se hoje mesmo for o Dia do Juízo Final, e Cristo Rei nos separar em dois grupos, com o tipo de vida que vivemos e com a forma como nos relacionamos uns com os outros, a que lado de Cristo Rei seremos colocados? Para a esquerda ou para a direita? Amém.

quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Missão do Japão 19/11/2023: 33º Domingo do Tempo Comum (Mt 25,14-30) Homilia



O nosso Evangelho de hoje, que utiliza a Parábola dos Talentos, diz-nos que ninguém neste mundo tem talento ou dom algum por si mesmo. Cada um foi presenteado por Deus. E se olharmos mais profundamente para dentro de nós mesmos, perceberemos que não se trata apenas de um talento, mas de vários.

Com o uso da parábola, somos informados que Cristo deseja salientar que todo dom ou todo talento que temos, foi nos dado com um propósito.

Nosso Senhor certamente ficará feliz em saber que os dons que Ele nos deu estão em bom uso e, claro, desenvolvidos. Ele certamente ficará feliz em saber que os presentes não estão sendo desperdiçados. Pelo contrário, estão dando frutos e afetando positivamente a vida de outras pessoas. É claro, portanto, meus amigos, que os dons e talentos que nos foram dados não se destinam a que tiremos vantagem dos outros, nem sirvam de competição, muito menos para espalhar negatividade. Esses presentes nos são dados para tornarmos a vida uns dos outros feliz e significativa.

Nesta Missa, peçamos a Deus que nos abençoe e nos torne suficientemente sábios para compreender que não é mais importante se os dons são muitos ou poucos. O que é importante é que a bondade de Deus se mova e atue nas nossas vidas e nas vidas dos outros todos os dias, e os dons sejam usados adequadamente por nós. Para que quando chegar a hora de prestarmos contas ao nosso Criador, tenhamos prazer em dizer-Lhe: “Missão cumprida”. E tendo dito isto, Deus certamente nos diria: “Muito bem. Venha comemorar comigo”.

Amém.

sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Missão do Japão 12/11/2023: 32º Domingo do Tempo Comum (Mt 25,1-13) Homilia



Se olharmos para as nossas vidas, perceberemos que, de alguma forma, um elemento essencial e necessário é o aspecto da preparação ou estar pronto.

Nós nos preparamos porque queremos que as coisas sejam tranquilas e devidamente ordenadas. Preparamo-nos, para que possamos ter um futuro melhor. Preparamo-nos para ter a certeza de que estamos prontos para enfrentar qualquer eventualidade que surja em nosso caminho.

A preparação ou o aspecto de estar pronto é muito enfatizado em nossas vidas. Não só porque é importante em relação às coisas materiais e físicas da vida, mas também é significativo quando falamos da Vinda do nosso Senhor e do Reino de Deus.

Assim como no caso do Noivo, cuja chegada não era conhecida pelas virgens, nós também não sabemos quando acontecerá a Segunda Vinda. Ou simplesmente, quando terminará a nossa vida na terra. Isso, ninguém sabe. É por isso que Jesus nos diz para ficarmos atentos, preparados e prontos o tempo todo.

Irmãos e irmãs, nosso evangelho hoje descreve claramente o que se espera de nós, como seguidores de Jesus. Um verdadeiro cristão sabe muito bem que a sua vida na terra é apenas um caminho rumo à verdadeira vida no Reino. E a vida na terra é uma oportunidade dada para nos prepararmos para a dignidade da vida eterna e a celebração eterna no Reino.

Um discípulo de Jesus sabe muito bem que preparar-se significa saber partilhar, perdoar, responder às necessidades dos outros e, sobretudo, amar com todo o coração. Um verdadeiro cristão tem visão. Ele sabe que para ser digno de entrar no Reino precisa estar preparado e ser uma pessoa transformada pela Graça. Amanhã não. Nem no próximo mês. Muito menos no próximo ano. Mas agora. 

Amém.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Missão do Japão: Três reflexões em um post


Missão do Japão 05/11/2023:
 31º Domingo do Tempo Comum (Mt 23,1-12) Homilia

“Eles não praticam o que falam. Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros”. Foi assim que Jesus descreveu os fariseus e os mestres da Lei aos Seus ouvintes.

No entanto, você acha que Jesus se referia, com estas palavras, apenas com relação aos fariseus de Seu tempo? Ou ainda, pretendia que Suas advertências fossem dirigidas apenas aos líderes da Igreja? Talvez não. Porque, na verdade, estas palavras de Jesus também têm algo a ver conosco. E as Suas advertências vão, não apenas aos líderes da Igreja, como os bispos e padres, mas para cada ser humano. Especialmente, para todos os cristãos.

“Eles não praticam o que falam”. Até que ponto somos sinceros com as palavras que falamos? Quando afirmamos que somos cristãos, isso significa que realmente vivemos da maneira que Cristo deseja que vivamos? Muitos de nós afirmamos que somos cristãos, mas, infelizmente, muitos de nós também criticamos e julgamos facilmente os outros. Dizemos que somos cristãos, mas não é verdade que muitas vezes alguns de nós vivemos, contrariamente a esta identidade?

“Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros”. Quão genuínas são as nossas intenções quando praticamos boas ações? Como, por exemplo, a boa prática de vir à Igreja para a missa. Será porque acreditamos que há alegria em estarmos juntos como uma comunidade em nome de Jesus? Da mesma forma, qual é o nosso motivo quando oferecemos ajuda a outras pessoas, como os pobres e os sem-teto? Será que o fazemos porque acreditamos ser esse o querer de Jesus e que como cristãos esta é a nossa responsabilidade?

Estas palavras de Jesus não têm a intenção de fazer-nos sentir culpados. Mas nos encorajam todos nós presentes nesta celebração, a fazer-nos uma auto avaliação. Quão sinceros somos como seguidores do Senhor? Quão genuínos são nossas motivações quando praticamos atos de caridade?

Se acontecer de percebermos que somos um pouco semelhantes a esses líderes de Israel, o Senhor nos chama a aceitar humildemente o nosso limite. E com humildade, aprendamos a padronizar os motivos de nossas ações e comportamentos de acordo com os de Jesus. Somente por causa do Amor. Sempre por amor. Amém.


Missão do Japão 29/10/2023: 30º Domingo do Tempo Comum (Mt 22,34-40) Homilia

Neste domingo em nosso evangelho, nosso Senhor foi questionado por Seus críticos com a pergunta “qual é o maior mandamento da Lei?”. O amor sincero a Deus e ao próximo foi a resposta de Jesus a essa pergunta. A partir desta resposta de Jesus, podemos compreender que antes de mais nada estamos aqui neste mundo não para nos ocuparmos em definir o que é o AMOR. Mas para ter certeza de que estamos realmente encarnando isso em nossa vida cotidiana como nossa resposta ao maior e mais importante mandamento que Deus nos deu. O que na verdade Jesus quer que façamos é concretizar o AMOR, no seu verdadeiro sentido, nas nossas vidas. AMOR não como mero conceito. Mas o AMOR concreto. Amor não apenas um substantivo... ou um tópico de discussão... mas AMOR como uma palavra de ação.

A preocupação de Jesus com os fariseus e seus outros críticos era que o AMOR, muito mais que AMOR por Deus, era apenas uma coisa de cabeça. Eles poderiam falar e pregar longamente sobre isso, mas tinham dificuldades de vivê-lo de forma concreta. Com retórica, eles ignoraram e condenaram os pobres ao ostracismo, e relegaram as viúvas e os órfãos como sem importância. Bem como, manipularam as pessoas simples, apenas para fazê-las seguir suas próprias regras e mandamentos que foram manipulados para se protegerem. E sem esquecer como trataram o próprio Jesus, quando Ele começou a criticar os seus valores, as suas leis e o seu modo de vida. Se eles realmente entendiam o amor, e se o seu amor por Deus era real, por que todas aquelas ações que obviamente eram contrárias ao significado que Jesus nos mostrou?

Mais uma vez aqui diante de nós está Jesus pendurado na cruz salvífica. Desta Cruz podemos deduzir que para Jesus AMOR é oferecer-se como ato de obediência ao Pai que tanto O amou. É oferecer-se a si mesmo pelas pessoas que seu Pai também ama. Nunca é apenas da boca para fora. É desistir da própria vida por uma grande causa. Suas ações vêm do fato de que Ele ama o Pai, de todo o coração, alma e entendimento. E esse Amor sincero o levou a manifestar um AMOR essencialmente altruísta.

Meus queridos amigos, todos nós AMAMOS a Deus, certo? Mas é verdade? É real? É concreto? Tem eco na vida das pessoas ao nosso redor?

Novamente, todos nós amamos a Deus, certo? Mas será que o tipo de vida que vivemos podemos dizer honestamente “SIM”? “Amar os pobres é amar a Deus da maneira certa; servi-los bem é servi-Lo bem; para honrar Nosso Senhor, devemos imitá-Lo". São Vicente de Paulo.


Missão do Japão 22/10/2023: 29º Domingo do Tempo Comum (Mt 22,15-21) Homilia

“Dai a César o que é de César, e dai a Deus o que é de Deus”. Embora a declaração de Jesus promovesse dois valores positivos, alguns estudiosos das escrituras dizem que Jesus na verdade deu peso à segunda parte.  Os estudiosos das escrituras dizem que se olharmos mais profundamente na declaração de Jesus, a ênfase estava na verdade mais nas palavras “Dai a Deus o que é de Deus”.  Os inimigos de Jesus tentaram enganá-Lo para revelar as Suas opiniões políticas, especialmente sobre o pagamento de impostos. O que Seus inimigos não perceberam, porém, é que Ele estava tentando fazê-los avaliar seus valores, especialmente no que diz respeito a Deus.  Ele queria que eles se vissem em relação à verdadeira questão – que é o relacionamento das criaturas com Deus, o Criador.

Isto, penso eu, é o que Jesus realmente queria enfatizar. Que as pessoas do seu tempo já tinham esquecido a sua verdadeira relação com Deus. Eles estavam muito focados na legalidade.  Sobre questões políticas de seu tempo. Mas ignoravam e davam menor importância a um relacionamento sincero e fiel com Deus.  Eles se concentraram mais em suas leis, costumes e tradições.  Pois já tinham como certa a sua ligação com o Criador.

O que creio, não está longe de muitas pessoas do nosso tempo, mesmo entre nós que somos cristãos batizados.  Muitos de nós nos concentramos mais nos assuntos deste mundo, mas esquecemos um que é muito essencial.

Não devemos esquecer que, antes de mais nada, somos criação de Deus.  Somos filhos de Deus.  Portanto, se há algo que devemos priorizar é o nosso relacionamento com Ele.  Como diz o ditado, “coloque Deus em primeiro lugar e Ele coroará os seus esforços com sucesso”.

Temos nos entregado a muitas coisas em nossas vidas. Mas será que realmente nos oferecemos e nos comprometemos a ser fiéis a Deus?  Amém.