quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

Missão do Japão 01/01/2023: Maria Mãe de Deus (Lc 2,16-21) Homilia

 


É muito bom pensar que o início de mais um ano acontece, poucos dias depois de termos celebrado o nascimento de Jesus. E gostaria de pensar que há sabedoria por trás dessa proximidade. Que as mensagens sobre as quais refletimos durante o Natal, que, espero, ainda estejam frescas em nossas mentes e corações, permaneçam conosco ao concluirmos e iniciarmos mais um ano. Porque acredito que, para garantir que este Ano Novo se torne significativo e abençoado, precisamos introduzir as mensagens de alegria, paz, esperança e amor trazidas a nós por meio do nascimento de nosso Senhor.

Além das mensagens que trazemos de nossas reflexões natalinas, outro motivo que garantirá nosso otimismo e força para enfrentar o novo ano é o fato de começarmos o referido, confiando na proteção e orientação da Mãe de Jesus, a Santíssima Virgem Maria. O primeiro dia de janeiro, em que celebramos Maternidade de Maria, não é apenas uma homenagem a ela conferida. Mais importante ainda, a celebração da Festa da Mãe de Deus é um lembrete para cada um de nós de que somos confiados a uma Mãe, que certamente cuidará e rezará por nós.

Sim, estamos em um novo ano. Mas o papel de Maria em nossas vidas permanecerá. Ela sempre estará caminhando conosco, com suas mãos unidas orando por nós, intercedendo a Jesus por nós. Não fiquemos ansiosos e com medo, diante de um novo ano. Em vez disso, sejamos mais otimistas, esperançosos e o vivamos em paz.

Maria Mãe de Deus, rogai por nós! Amém

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

Missão do Japão 25/12/2022: Dia do Natal (Jo 1,1-18) Homilia



Quando aconteceu o primeiro Natal, o nascimento de Jesus, não havia nenhuma intenção de dizer às pessoas que deveriam pensar em presentes ou comprar coisas materiais caras. A intenção era anunciar às pessoas que o Redentor chegou e que a salvação está próxima. A mensagem é que o Amor de Deus, na pessoa de Jesus, já está presente no meio da humanidade. A Boa Notícia não são sobre uma nova tecnologia que foi inventada, mas sobre a Misericórdia e o Perdão de Deus, e sobre a Esperança que Jesus está trazendo à humanidade. O Natal, sendo uma época de Amor, é um convite a nos abrirmos para perdoar quem nos fez mal e pedir perdão a quem fizemos o mal. É um convite a lembrar daqueles que nada têm, como os pobres, e fazer algo por eles. É um convite para lembrar que, apesar de nossos pecados, apesar de sermos fracos, apesar de sermos infiéis, Deus nos deu Seu maior presente, Jesus, nosso Salvador.

Verdadeiramente, o Natal deve ser sobre Jesus. Em primeiro lugar, porque é Seu aniversário. Depois, porque a mensagem de amor e humildade de Jesus são algo que realmente podem nos deixar felizes.

Papai Noel dá presentes apenas para quem é bom. Mas lembre-se, mesmo sendo pecadores, Deus nos deu Seu Filho como Seu Presente de Amor. E este Filho, Jesus, apesar de nossa infidelidade, ofereceu a Sua própria Vida, para nos dar o dom da alegria eterna e da paz no Reino.

É por isso que, como cristãos, em vez de desejar Boas Festas, nós dizemos “Feliz Natal!” Amém.

 

Missão do Japão 24/12/2022: Vigília de Natal (Mt 1,1-25) Homilia



Quando o Nascimento de Jesus, nosso Salvador, aconteceu há mais de dois mil anos, trouxe uma mensagem muito forte para a humanidade. Que, ainda que nós, seres humanos, tenhamos sido sufocados e contaminados pelo pecado, nosso valor aos olhos do Pai continua o mesmo. Todo ser humano, desde o passado até o presente, continua sendo uma valiosa criação de Deus. Foi por isso que Deus Pai, optou por enviar Seu próprio Filho, para enfatizar aquela verdade de Seu Grande Amor por nós. Ele enviou Seu Filho para nos salvar. Ele nos deu Seu Filho para nos restaurar de volta à nossa imagem original, como a Maravilhosa Criação de Deus. O Nascimento do Messias é um Milagre do Amor de Deus.

É por isso que, ao celebrarmos o Natal este ano, certifiquemo-nos de que Jesus seja o centro de nossa celebração. Porque se Jesus for o foco da nossa celebração e o centro da nossa Alegria neste Natal, certamente nos lembraremos do real significado e mensagem do primeiro Natal. Somos amados, por mais pecadores que sejamos. Deixe que a verdade do Grande Amor de Deus por nós, nos leve a compartilhar esse Amor uns com os outros. Para que, ao compartilharmos esse amor, mantenhamos viva a mensagem do nascimento de Jesus. E de certa forma, quando o Amor é vivido todos os dias, todos os dias, torna-se o dia de Natal. Amém.

Missão do Japão 18/12/2022: IV Domingo do Advento (Mt 1,18-24) Homilia


Qual é a mensagem de Deus para nós neste domingo, envolvendo os pais de Jesus?

Em primeiro lugar, nos dizem que Maria e José eram pessoas realmente boas. Maria, desde o início, foi dedicada a Deus, além do fato de ter sido concebida de maneira imaculada. José era um homem justo e também tinha um relacionamento profundo com Deus. Então, ser gente boa, estar conectado com Deus, tornou-se sua arma mais forte para poder suportar as dificuldades que se apresentavam. Foi por causa de sua profunda conexão com Deus que eles puderam agir corretamente em meio à situação em que se encontravam naquele momento.

A fé em Deus e a confiança em Sua Palavra guiaram ambos, Maria e José, a fazer a coisa certa e confiar tudo ao Autor da Vida. O fato de acreditarem na Vontade de Deus e serem obedientes a esta vontade, tornou possível a realização do EMMAUEL. Jesus, que é Deus, está entre nós, porque Maria e José fizeram bem a sua parte.

Maria e José nos recordam hoje que, quando somos iluminados pela Palavra de Deus, quando temos fé e confiança no Seu Amor, não vacilamos. Certamente seremos guiados em nossas decisões. Que, como a Maria e a José, em meio a problemas ou condições críticas, Jesus seja nossa fortaleza. E porque Ele está entre nós, não há como não suportarmos os desafios da Vida. Amém

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

Ordenações Presbiterais na Província Brasileira da Congregação da Missão 2022



A PBCM têm muitos motivos para se alegrar, entre eles, algumas Ordenações Sacerdotais. Dois de seus diáconos agora poderão servir na Missão como Presbíteros, são eles: O Diác. Cleber Teodósio, CM e o Diác. Michel Araújo, CM.



O primeiro, recebeu o segundo grau da Ordem pela oração da Igreja, prece de ordenação e imposição das mãos de Dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, Bispo da Diocese de Sobral, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição de Bela Cruz – Ceará, às 18h, do dia 26 de novembro de 2022.

Pe. Cleber, que tem como lema: "Eleva os humildes" (Lc 1, 52), presidiu a primeira missa na mesma Igreja, às 7h, no dia em que solenemente a Família Vicentina e toda a Igreja celebram a Medalha Milagrosa de Maria Santíssima (27 novembro). Ele continuará servindo na Paróquia Pai Misericordioso em Belo Horizonte – Minas Gerais, onde desenvolveu o seu diaconato.   



O Diác. Michel, por sua vez, foi ordenado presbítero pela oração consecratória e imposição das mãos de Dom José Carlos Chacorowski, nosso coirmão, bispo da Diocese de Caraguatatuba, na Igreja Matriz Sant'Ana, em Bambuí – Minas Gerais, cidade marcada pela santa presença dos Lazaristas, às 19h, do dia 03 de dezembro de 2022.

O lema que esse nosso coirmão escolheu para nortear seu ministério foi tirado de Filipenses 2,5: “Tende em vós o mesmo sentimento de Cristo Jesus”. O neopresbítero presidiu pela primeira vez a Santa Missa no Santuário São Sebastião, também em Bambuí, às 9h30, do dia 04 de dezembro de 2022, com alegria de celebrar os 35 anos de matrimônio de seus pais. O mesmo seguirá servindo na Paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa em Riacho Fundo II - DF, onde trabalhou como diácono.

Em ambas as ordenações estiveram presentes, o Visitador Provincial, Pe. Eli Chaves, CM, diferentes Padres, Diáconos e Estudantes da Província, Clero e Seminaristas das dioceses anfitriãs, Filhas da Caridade, Juventude Mariana Vicentina, Sociedade de São Vicente de Paulo e outros ramos da Família Vicentina; bem como alguns membros de outras congregações religiosas, pastorais e movimentos; familiares, amigos e os demais filhos da Igreja das respectivas localidades, que se confraternizaram com os neopresbíteros, celebrando tríduos vocacionais nos dias que antecederam as ordenações, conhecendo pessoas novas, fazendo novas amizades, e descobrindo as belezas naturais, cultura e gastronomia das regiões onde se deram os dois eventos. 

Essas celebrações são sinais do amor de Deus para com a Igreja e nossa Companhia e fruto de muitas mãos que se empenharam com amor e gratuidade. A todos, muito obrigado. Que Jesus, Maria e São Vicente consigam de Deus valiosas bênçãos sobre todos e cada um.

Mais fotos:



Tríduo na Capela São Paulo Apóstolo

Compartilhando Vocações com o Pe. Marcelo Pontes, CM

Presença do Pe. Gleison, SSCC

Pronto para cumprimentar os fiéis

Pais e Irmãos do Pe. Cleber

Homenagem da JMV ao Pe. Cleber

Filhas da Caridade presentes.

Recepção do Pe. Cleber



Coirmãos e Amigos do Pe. Cleber

Primeira Missa do Pe. Cleber



 


Tríduo Vocacional do Pe. Michel

Imposição de Mãos ao Pe. Michel

Familiares do Pe. Michel

Pe. Danilo, SSP e Lazaristas

Diáconos Túlio e Allan com Pe. Cleber preparados para celebração do Pe. Michel

Prostração do Pe. Michel

Pe. Cleber e Pe. Michel

Pe. Cleber e Pe. Michel

Recepção do Pe. Michel


sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Missão do Japão 04/12/2022: II Domingo do Advento (Mt 3,1-12) Homilia



Por que esta mensagem de arrependimento na época do advento?

Em primeiro lugar, porque uma vida tortuosa e pecaminosa certamente é um obstáculo para a nossa entrada no Reino de Deus. Se vivemos uma vida contrária aos valores do Reino, ou contrária aos ensinamentos do bem e do amor, como podemos ter um lugar no Reino regido pelo amor e pelo bem? Se o tipo de vida que temos for contra esses valores, não há como merecermos a alegria eterna prometida.

Em segundo lugar, o chamado ao arrependimento e à mudança de coração é um convite para permitir que a bondade e o amor cresçam em nós. E à medida que a bondade e o amor vão crescendo em nós, é que pouco a pouco nos transformamos em pessoas prontas e preparadas para acolher Jesus, seja neste Natal ou na Sua Segunda Vinda.

Em terceiro, o chamado ao arrependimento nos lembra que Deus permanece esperançoso apesar de nossas fraquezas. O fato de que Ele ainda está nos convidando, Ele não nos vê como pessoas sem esperança. Ele ainda acredita em nossa capacidade de recuperação, o que prova que nos considera Seus filhos.

Nesta época de advento, João Batista nos convida a destruir as diferentes formas de pecaminosidade que temos. Ele nos chama ao arrependimento, porque isso nos torna prontos e preparados para receber Jesus.

O Natal está se aproximando rapidamente. E a única maneira de tornar esta celebração do nascimento de Jesus significativa é ter certeza de que nossos corações estão limpos e semelhantes ao de Cristo - corações que perdoam e são amorosos. Amém

Missão do Japão 27/11/2022. I Domingo do Advento (Mt 24,37-44) Homilia



Esta época especial nos chama à conversão. E nos encoraja a olhar mais profundamente para dentro de nós mesmos, examinar nossa maneira de viver e nos transformar em alguém digno de Jesus.

É, portanto, um apelo a uma preparação substancial, em vez de superficial. Porque é um convite ao arrependimento pelas vidas tortuosas que escolhemos viver. Um convite para perdoar e deixar de lado o ódio que se acumula em nossos corações. E um apelo enfático para compartilhar e promover a paz e o amor.

Ao atender ao chamado da época do advento, não estamos apenas manifestando nossa esperança e confiança na promessa de Jesus de que Ele voltaria, mas estamos definitivamente expressando nossa esperança e desejo de merecer uma oportunidade de estar com Ele quando Ele venha. Ao responder positivamente ao chamado do Advento, declaramos que preferimos estar no Reino de Deus, do que em qualquer outro lugar.

O evangelho de hoje, em relação ao tempo do advento, nos lembra que devemos estar despertos e alertas, pois Sua Segunda vinda é desconhecida para nós. É bom que todos os dias, enquanto esperamos pelo Seu retorno prometido, sejamos cristãos não apenas de nome, mas pela maneira como vivemos nossas vidas. Para que, se acontecer o fim, e Ele voltar em Sua Glória, não tenhamos medo. Em vez disso, estejamos todos dispostos e felizes por sermos governados por Jesus, nosso Senhor e Rei.

Ao entrarmos no tempo do Advento, lembremo-nos de que Jesus está vindo para você e para mim, para nós. E Ele espera que em Seu retorno Ele encontre filhos fiéis e dignos.

Se Ele vier neste exato momento, Jesus verá filhos fiéis e dignos em nós? Amém.

quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Missão do Japão 20/11/2022. Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo - Solenidade | Domingo (Lc 23,35-43) Homilia



A Festa de Cristo Rei, como já ouvimos e aprendemos, é um lembrete para nós de que no fim dos tempos teremos um encontro definitivo com Jesus, nosso Senhor. Ele virá novamente como o Rei do Universo, para julgar a todos nós. Quando Ele vier, conduzirá aqueles que merecem estar com Ele ao Seu Reino, mas dará o julgamento necessário àqueles que escolheram viver uma vida longe de Seus ensinamentos.

Portanto, basicamente, neste face a face com Jesus, quando seremos julgados, a pergunta é simplesmente esta: “Nos tornamos um verdadeiro seguidor do Rei?” Ou, “Reconhecemos, realmente, Cristo como o Rei de nossas vidas?”

Talvez esta seja a nossa realidade no momento: Seres desobedientes aos ensinamentos de Cristo. No entanto, acredito que existe outra realidade presente em nós, que é o desejo de ser um verdadeiro seguidor e ser governado apenas por Jesus, o Rei.

O que nós temos que fazer? Qual o primeiro passo a dar?

Voltemos à nossa leitura do evangelho de hoje. Aprendamos e nos inspiremos no exemplo do bom ladrão. O que o bom ladrão está nos dizendo? Convida-nos a uma mudança de coração; ter a humildade de admitir nossa maldade, e permitir que Jesus trabalhe e nos transforme de pecadores em pessoas humildade e arrependidas.

E certamente, quando tivermos feito isso, e quando chegar a hora certa, ouviremos as mesmas palavras: EU TE GARANTO QUE ESTARÁS COMIGO NO PARAÍSO.

Amém.

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Missão do Japão 13/11/2022. 33 Domingo Tempo Comum C (Lc 21, 5-19) Homilia

 


Mais do que qualquer outra coisa, o tema de nossa liturgia, embora pareça assustador, é na verdade o lembrete amoroso de Deus de que enquanto ainda temos tempo e oportunidade de mudar, devemos fazê-lo. Que em vez de medo e confusão, sejamos encorajados a endireitar o caminho que estamos trilhando. Comecemos uma vida de amor, de perdão e de partilha. Deixemos para trás o egoísmo, a ganância, a inveja, o ódio e coisas semelhantes.

A liturgia deste domingo é, na verdade, uma oportunidade para louvar e agradecer ao Senhor. Porque apesar da realidade do pecado e da maldade em nós, Deus não se cansa de nos alertar e efetivamente nos convidar, por diferentes meios, a mudar a nós mesmos, a retornar a Ele e a viver fielmente. Ele não exige e nem condena, mas nos alerta por meio de Suas gentis e maravilhosas admoestações.

Como cristãos esforçando-nos para seguir os passos de Jesus, somos lembrados de que é importante estarmos sempre cientes de que somos herdeiros do Reino e que há uma verdadeira Vida preparada para nós. Que tudo o que possuímos nesta vida terrena, são bens temporários. Mais cedo ou mais tarde, todos eles desaparecerão, envelhecerão e terão seu fim. Todas as coisas são passageiras, e somente Deus é eterno. Portanto, digamos não a essas coisas, e sim à verdadeira riqueza, que é o Amor de Deus, onde nossa vida deve estar enraizada. Nosso rumo deve ser em direção ao nosso verdadeiro Lar, o Reino dos Céus.

Amém.

quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Missão do Japão 30/10/2022. 31 Domingo Tempo Comum C (Lc 19,1-10) Homilia



Essa ação de Jesus para com Zaqueu, disse-lhe claramente e está nos dizendo hoje, que apesar de ser pecadora, a pessoa ainda é amada por Deus. Que uma pessoa pecadora, que O aceita e se arrepende de seus pecados, certamente receberá o que seu coração deseja. E nenhuma quantidade de pecado pode impedir um coração arrependido de receber o amor misericordioso de Deus.

A liturgia de hoje enfatiza que não há limites para a possibilidade de salvação oferecida por Jesus. A graça de Deus é capaz de transformar a vida e mudar uma pessoa pecadora. Quanto maior o pecado, e quanto mais humilde for um pecador, maior é o perdão e a graça de Deus em sua vida. Pois não há passado ou experiência negativa, por mais vergonhosa que seja, que não possa ser recomeçada. Porque Deus sabe que, no eu interior de cada pessoa, há um coração desejando ser uma pessoa melhor e participar da verdadeira felicidade que só encontramos em Deus.

Esperamos que todos, tornemo-nos sensíveis a Jesus, que realmente passa em nossas vidas, através de eventos, pessoas, situações, sacramentos, etc. Permitamos que Ele permaneça em nossos corações e em nossas vidas. Porque não importa o quão pecadores sejamos, desde que nos humilhemos e nos arrependamos, somos especiais aos olhos de nosso amoroso Salvador, Jesus.

Amém.



quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Missão do Japão 23/10/2022. 30º Domingo Tempo Comum C (Lc 18,9-14) Homilia



Este evangelho, de certa forma, põe em palavras uma atitude vergonhosa que muitos de nós temos, mas relutamos em admitir: justiça própria. E muitas vezes, sendo hipócritas, e porque sentimos que somos justos, acreditamos que somos mais merecedores das bênçãos de Deus do que outras pessoas.

Hoje, nosso Senhor nos diz que não é assim. Bênçãos são presentes de Deus. Não é mérito nosso. Nós as obtemos por meio de Sua misericórdia e generosidade. Não temos o direito automático de conseguir o que queremos apenas por causa dos pontos que ganhamos fazendo algo bom. Elas se limitam à Bondade e Graça de Deus.

Nosso Senhor é muito claro com Sua mensagem para nós neste domingo: reconhecer nossa necessidade da misericórdia e do perdão de Deus, porque somos pecadores, é um ato de grande valor e agradável a Deus. Ser humilde certamente não nos levará a errar. De fato, nos conduzirá diretamente ao Amor Misericordioso do Pai. Por outro lado, a justiça própria é uma enorme pedra de tropeço que nos impedirá de reconhecer a verdade de que precisamos da misericórdia de Deus. Esta é uma atitude vergonhosa que não apenas nos distanciará de outras pessoas, mas também de Deus.

Lembre-se, aos olhos de Deus somos todos iguais. Mas se começarmos a sentir e ver que estamos acima das outras pessoas, e deixarmos de reconhecer e aceitar nossas fraquezas e falhas, as pessoas humildes e arrependidas estarão em uma posição melhor em seu relacionamento com Deus.

O Senhor ouve o clamor dos humildes. Ele ouve as orações daquele que tem o coração sincero. Amém.

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Missão do Japão 16/10/2022. 29º Domingo Tempo Comum C (Lc 18,1-8) Homilia



Essas histórias de nossas leituras enfatizam que há valor em uma comunicação ininterrupta com Deus. Que não devemos nos abster de orar, mesmo que haja momentos em que sentimos que as orações feitas por nós, parecem não ter efeito ou às vezes parecem inúteis. Não devemos desanimar e nunca ter dúvidas sobre nosso valor pessoal. Porque, na verdade, nossas orações perseverantes chegam a Deus e são importantes para Ele. Portanto, elas nunca são inúteis. Em nossas orações persistentes, Deus vê e vem a saber que tipo de filhos somos.

Quando O invocamos incessantemente, Ele vê a profundidade de nossa confiança e fidelidade. Quando oramos consistentemente, somos capazes de manifestar a força de nossa crença em Seu Amor Divino e nossa confiança em que Ele é um Pai para nós. E nesse sentido, nosso relacionamento com Ele se aprofunda ainda mais. E mais importante, esse relacionamento com Ele é selado por Seu inabalável Amor por nós.

Deus pode não responder nossas orações como gostaríamos agora, mas Deus pode ter outros objetivos que são melhores para nós a longo prazo. Lembre-se, se o que oramos é bom para nós, Ele nos dá isso. Se não, também não nos dá. E se ainda não for bom neste momento, Ele nos pede para esperar.

Somos solicitados a perseverar em oração, não para mudar Deus, mas no processo, para mudar a nós mesmos. Porque se espera que, ao continuarmos orando, desejemos ainda mais o Senhor. E se isso acontecer, certamente seremos direcionados apenas para fazer o que é bom e apropriado para os filhos de Deus.

Com a escala de 1 a 10, como avaliamos a qualidade de nossa própria vida de oração? Estamos sempre perseverando em nossas orações? Valorizamos nosso tempo de oração? Amém.

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Missão do Japão 09/10/2022. 28º Domingo Tempo Comum C (Lc 17,11-19) Homilia



Uma velhinha se juntou a um grupo carismático e lá aprendeu a louvar a Deus em todas as circunstâncias. Certa vez, ela foi vítima de um ladrão. Quando sua bolsa foi roubada e o ladrão começou a fugir, ela gritou instintivamente “Louvado seja o Senhor! Aleluia!" Quando o ladrão ouviu esta oração de ação de graças, largou a bolsa e fugiu em pânico. Assim, a velhinha recuperou sua bolsa. Tudo por causa de seu grito de ação de graças.

Sabemos muito bem que, nos tempos bíblicos, estar doente, especialmente com a lepra, era uma das situações mais dolorosas e difíceis que alguém poderia ter. Naquela época, se você fosse leproso, seria condenado ao ostracismo. Seria cortado da comunidade. Impedido de entrar no templo para adorar. Muito mais difícil seria se a pessoa fosse um gentio ou um pagão. Essa seria considerada uma morta-viva, uma não-pessoa. Portanto nada poderia fazer um leproso mais feliz e agradecido, do que ser curado de tal doença. Essa foi a razão pela qual Jesus concedeu o desejo deles. E vendo a fé deles em Seu Poder, o Senhor os curou. Porque Jesus queria que eles voltassem à vida e fossem testemunhas vivas da graça e misericórdia de Deus.

Não que Jesus estivesse faminto de reconhecimento e louvor ou de um “obrigado”. Quando Jesus perguntou por que apenas um voltou para agradecer a Deus, não foi para exigir dos outros nove fizessem o mesmo. Era mais para perguntar, por que apenas um, um estrangeiro, reconheceu a Bondade e Generosidade de Deus. Por que apenas um parecia perceber que Deus tornou sua cura possível. Os outros nove estavam ansiosos demais para serem reconhecidos como curados e aceitos, mais uma vez, por suas comunidades, mas de certa forma não estavam entusiasmados demais para agradecer à fonte e ao motivo de seu reingresso e aceitação.

Lembremo-nos, quanto mais agradecermos a Deus por Sua Bondade e Generosidade, mais estaremos abertos para receber a alegria de Suas bênçãos. A melhor maneira, porém, de ser verdadeiramente grato é nos tornarmos discípulos fiéis de Jesus. Quando, como Ele, fazemos o bem e mostramos generosidade para com os outros, mostramos como Deus é bom e generoso conosco, estamos expressando com razão nossa gratidão ao Senhor. Amém.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Missão do Japão 02/10/2022. 27º Domingo Tempo Comum C (Lc 17,5-10) Homilia

 


Foi dito que a fé é um dom de Deus, ou seja, não a conquistamos. Não é algo como um salário que recebemos depois de fazer um trabalho ou um serviço. Recebemos o dom da Fé pela generosidade e graça de Deus.

Na segunda leitura, São Paulo reconhece que, embora a fé seja um dom de Deus, que não pode ser conquistado, ele nos lembra, no entanto, que temos a responsabilidade de cuidar e nutrir essa bênção que Deus nos dar para que ela se mantenha.

Como? Primeiro, precisamos abrir nossos sentidos, nossos corações e nossas mentes, para reconhecer a verdade de que o mundo está pulsando com vida, o amor e a beleza de nosso amável Criador. As coisas boas e belas ao nosso redor são sinais e símbolos do Amor de Deus. E se apenas reconhecermos verdadeiramente quão belo, quão maravilhoso e especial é o nosso entorno, certamente isso animará nossa fé n’Aquele que é responsável e a razão de tudo isso.

Em segundo lugar, quando fazemos todos os esforços para ler e ouvir a Palavra de Deus, e permitir que as palavras inspiradoras de Deus penetrem em nossas mentes e corações, certamente isso contribuirá muito para a nutrição de nossa fé.

Por fim, tentemos voltar aos muitos momentos difíceis em nossas vidas e lembremos como enfrentamos e superamos esses desafios. Com certeza perceberemos que sozinhos não podíamos superar e lidar bem com esses momentos. E a Fé nos fará recordar que Alguém estava presente em nossos os momentos difíceis, ajudando-nos e inspirando-nos a atravessá-los com bravura.

Com razão os apóstolos pediram a Jesus: “Aumentai a nossa fé”. Porque a fé no amor de Deus, a fidelidade, a bondade e sua capacidade de trazer o melhor de nós no meio de nossas piores experiências, nos permite voar acima dos campos da dor e da tristeza, mesmo com asas quebradas. Porque, para um discípulo, a Vida não é um problema a ser resolvido; é um mistério a ser vivido na fé.

Amém.

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS DA MEDALHA MILAGROSA


 

CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA

 

Antífona da entrada cf. Jt 13, 23.25

O Senhor Deus vos abençoou, Virgem Maria, mais que a todas as mulheres na terra. Ele exaltou o vosso nome: que todos os povos cantem vosso louvor.

 

Oração do dia

Senhor, pela Imaculada Virgem Maria, intimamente unida a seu Filho, nos cumulais de alegria pelos vossos imensos benefícios. Certos de seu socorro maternal, concedei-nos corresponder sempre à vossa infinita bondade e associar-nos com fé inabalável ao mistério da vossa redenção. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Primeira Leitura

Leitura do Livro do Apocalipse 12, 1.5.14-17

Apareceu um grande sinal no céu: uma mulher revestida do sol, a lua debaixo de seus pés e na cabeça, uma coroa de doze estrelas. Ela deu à luz um filho, um menino, aquele que deve reger todas as nações pagãs com cetro de ferro. Seu filho foi arrebatado para junto de Deus e do seu trono. À mulher, foram dadas duas asas de grande águia, a fim de voar para o deserto, para o lugar de seu retiro. A serpente vomitou contra a mulher um rio de água, para arrastá-la nas suas águas. A terra, porém, acudiu a Mulher, abrindo a boca para engolir o rio que o dragão vomitara. Este então se irritou contra a mulher e foi fazer guerra ao resto de sua descendência, aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus. Palavra do Senhor.

 

Salmo responsorial Sl 44, 11-12.14-15.16-17

R. Posta-se à vossa direita a rainha, ornada de ouro de Ofir.

- Ouve, filha, vê e presta atenção, esquece o teu povo e a casa de teu pai. Da tua beleza se encantará o rei. Ele é teu senhor, rende-lhe homenagens.

- Toda formosa entra a filha do rei, com vestes bordadas de ouro. Em roupagens multicores apresenta-se ao rei; após ela vos são apresentadas as virgens, suas companheiras.

- Levadas entre cantos de alegria e de júbilo, ingressam no palácio real. Tomarão os vossos filhos o lugar de vossos pais, vós os estabelecereis príncipes sobre toda a terra.

 

Aclamação ao evangelho

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

V. Vós sois bela, ó Maria, e o pecado original não se encontra em vós.

 

Evangelho Jo 2, 1-12

† Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, celebravam-se bodas em Cana da Galileia. E achava-se ali a mãe de Jesus. Também foram convidados Jesus e os seus discípulos. Como viesse a faltar vinho, a mãe de Jesus disse-lhe: “Eles não têm mais vinho”. Respondeu-lhe Jesus: “Mulher, isso nos compete a nós? Minha hora ainda não chegou”. Disse, então, sua mãe aos serventes:” “Fazei tudo o que ele vos disser”. Ora, achavam-se ali seis talhas de pedra para as purificações dos judeus, que continham, cada qual, duas ou três medidas. Jesus ordenou-lhes: “Enchei as talhas de água”. Eles encheram-nas até em cima. “Tirai agora”, disse-lhes Jesus, “e levai ao chefe dos serventes”. Logo que o chefe dos serventes provou a água tornada vinho, não sabendo de onde vinha (se bem que o soubessem os serventes, pois tinham tirado a água), chamou o esposo e disse: “É costume servir primeiro o vinho bom, e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora”. Este foi o primeiro sinal de Jesus. Realizou-o em Cana da Galileia. Manifestou sua glória e os seus discípulos creram nele.

Palavra da Salvação.

 

Sobre as oferendas

Ó Senhor, celebrando a memória da Santíssima Virgem Maria, nós vos oferecemos exultantes este sacrifício de louvor e vos pedimos que a gratidão pelos vossos benefícios faça de nossa vida uma contínua ação de graças. Por Cristo, Nosso Senhor.


Preces

Celebrando Maria, a Virgem Imaculada, demos graças a Deus, nosso Pai.

R. A vós, Senhor, louvamos; a vós, Senhor, cantamos. 

Vós escolhestes Maria desde a criação do mundo para ser santa e imaculada; louvor a vós, Deus, nosso Pai. R.

Vós destinastes Maria a ser a mãe do vosso Filho e a enchestes com a força do vosso Espírito; louvor a vós, Deus nosso Pai. R.

Vós fizestes de Maria vossa humilde serva, disponível à vossa Palavra e mensageira da Boa Nova; louvor a vós, Deus, nosso Pai. R.

Vós quisestes que Maria estivesse presente no nasci- mento da Igreja e que a acompanhasse ao longo do tempo; louvor a vós, Deus, nosso Pai. R.

 

Antífona da comunhão Lc 1, 48.49

Todas as gerações me chamarão bem-aventurada, por que o Poderoso fez em mim grandes coisas. E santo é o seu nome.

 

Depois da comunhão

Revigorados pelo sacramento da eterna redenção, nós vos pedimos, ó Senhor nosso Deus, que, celebrando com alegria a Imaculada Mãe de vosso Filho, prossigamos mais vigorosamente na peregrinação da fé, até que, admitidos à mesa do vosso Reino, possamos com ela glorificar-vos na eternidade. Por Cristo, Nosso Senhor.


quinta-feira, 15 de setembro de 2022

Missão do Japão 18/09/2022. 25º Domingo Tempo Comum C (Lc 16,1-13 – Forma breve: 16,10-13) Homilia



O elogio do servo desonesto pode nos trazer um pouco de confusão. Mas deixe-me esclarecer primeiro que, o evangelho não elogia a pessoa na parábola por causa de sua desonestidade. Porque, os Evangelhos rejeitam todas as formas de desonestidade. No entanto, durante aquele momento crucial, o servo desonesto foi esperto o suficiente para pensar o que seria melhor para ele fazer. Mostrando determinação, desenvoltura e prudência durante aquela crise de sobrevivência. Essas eram realmente boas qualidades. Podemos usar essas qualidades de sermos decisivos, engenhosos e prudentes na construção de comunidades, em programas de evangelização e em muitas atividades de adoração.

Na segunda parte do evangelho, especialmente no final, lembra-nos que nossa vida não é assegurada pela riqueza material, pois nosso real destino é o Reino de Deus. Quando a vida chega ao fim, as riquezas se mostram inúteis e precisam ser deixadas para trás. Não podemos levar nada, exceto o bem que fizemos em nossa vida terrena. Nossa riqueza, como nosso dinheiro, pode comprar tudo, mas não a felicidade. Com nosso dinheiro podemos comprar passagem para todos os lugares, mas não para o céu.

A liturgia de hoje nos lembra que nosso relacionamento com Deus ainda deve ser a principal prioridade. É esta fidelidade a Deus que nos dá uma alegria autêntica que o dinheiro não pode dar. Riqueza e dinheiro por serem coisas materiais são limitados. Portanto, não são eternos e logo imperfeitos. Deus é Perfeito e é Amor. E este Amor de Deus, se nos deixarmos transformar por ele, certamente nos conduzirá à Vida Eterna. 

Amém


quarta-feira, 14 de setembro de 2022

NOVENA A SÃO VICENTE DE PAULO: Pelos caminhos de São Vicente de Paulo



“Corazón de Paúl”
2022

APRESENTAÇÃO

“Os atletas se abstêm de tudo; eles, para ganhar uma coroa perecível; e nós, para ganharmos uma coroa imperecível” (1Cor 9,25). A edição deste ano da novena nos convida a seguir os passos de São Vicente de Paulo, pelos lugares onde viveu, estudou, evangelizou e trabalhou.

Conheceremos a França da época, e faremos uma verdadeira peregrinação por aquelas vilas e cidades onde São Vicente exerceu seu apostolado missionário.

Mergulhemos nesta aventura de nove dias, desfrutando das meditações, dos sinais, mas sobretudo do fervor das pessoas simples que celebram com alegria a festa do Padroeiro das Obras de Caridade na Igreja Universal.

Animo a todos a que este ano a novena a São Vicente de Paulo seja um lugar de encontro com os irmãos e irmãs que vivem nas periferias de nossas comunidades e cidades. Levemos a novena a essas casas simples e empobrecidas, rezemos com eles, anunciemos àqueles que nunca ouviram falar do nosso Carisma Vicentino, a alegria de servir a Cristo na pessoa dos mais pobres.

Este ano a novena, além de nos localizar todos os dias em uma cidade ou vila diferente, também nos convida a sair em busca dos passos de São Vicente que nos chama a encontrar maneiras sempre novas e inventivas de fazer arder a caridade nos corações dos homens e mulheres do nosso tempo.

 

Pe. Andrés Felipe Rojas Saavedra, CM
Pároco do Santo Cristo de Guaranda

www.corazondepaul.org

Para iniciar esta peregrinação, convidamos você a levar na mochila os seguintes itens:

A Palavra de Deus, que é a bússola dos caminhantes de Jesus, nela ouvimos a voz do Pastor que nos conduz a pastos seguros.

O Mapa da França do século XVII, necessário para nos localizarmos histórica e cronologicamente nos espaços onde viveu São Vicente de Paulo.

Umas sandálias e um cajado, para nos colocar em nosso caminho seguindo o mandato de Cristo de ir a todos os povos e nações.

 


Você tem tudo pronto? Perfeito, convidamos você a começar conosco esta peregrinação de nove dias pelos caminhos de São Vicente de Paulo. Vamos lá!


Aprovação:

Pe. Diego Luis Vásquez Marín, CM
Superior Provincial - Colômbia

Reflexões:

Pe. Marlio Nasayó, CM (Dias 3 e 4); Pe. Carlos Arley Cardona, CM (Dia 7); Pe. Andrés Felipe Rojas, CM (Dias 2, 8 e 9); Seminaristas: Oscar Betancourt, CM (Dia 1) e Diego Aguilera (Dias 5 e 6)

Correção:

Pe. Carlos Arley Cardona, CM

Tradução:

Diác. Cleber Fábio Oliveira Teodósio, CM

 

  ORAÇÃO PARA TODOS OS DIAS



Oh Deus, Pai Amoroso, que por tua grande bondade nos chamaste a ser evangelizadores dos pobres, seguindo os caminhos de teu amado Filho, Jesus Cristo, ajuda-nos com o exemplo de São Vicente de Paulo, a sermos diligentes e corajosos diante das necessidades de nossos irmãos, de coração sensível, diante das velhas e novas pobrezas.

 

Concedei-nos o Espírito Santo, que nos torna capazes de anunciar e ser testemunhas do Reino de Deus em todas as partes do mundo, para que nenhuma periferia seja privada do alegre anúncio da salvação.

 

Que, contemplando o teu Filho feito carne e presente até hoje no meio de nós, possamos passar da mesa do altar à mesa dos pobres, para partilhar com esses que representam o teu Filho, a mensagem libertadora que nos torna irmãos e irmãs, filhos e caminhantes em busca da paz e do amor que só o Teu Pai nos dá. Pedimos isso por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.

 

ORAÇÃO A SÃO JOSÉ (Papa Francisco)

Salve, guardião do Redentor

e esposo da Virgem Maria!

A vós, Deus confiou o seu Filho; em vós, Maria depositou a sua confiança; convosco, Cristo tornou-Se homem.

Ó Bem-aventurado José, mostrai-vos pai também para nós e guiai-nos no caminho da vida.

Alcançai-nos graça, misericórdia e coragem,

e defendei-nos de todo o mal. Amém.

Pai Nosso.


ORAÇÃO À VIRGEM

(Dos escritos de São Vicente de Paulo)

Bem-aventurada Virgem Maria, ajuda-nos a estar dispostos a praticar as máximas evangélicas, pedimos-Te que encha nosso espírito com as virtudes; encha nossos corações com seu amor, para vivermos conforme as mesmas. Intercede, oh Mãe, pois, melhor do que ninguém, penetraste no significado desses ensinamentos e os praticou. Esperamos que, olhe por nós nesta caminhada, a fim de que vivamos de acordo com essas máximas, e elas nos sejam favoráveis no tempo e na eternidade (cf. XII, 114-129),

Oh, Virgem Santíssima, roga ao Senhor este favor, pede-lhe a verdadeira pureza para nós, para toda a Família Vicentina! Este é o pedido que Te fazemos (cf. XI, 447-449). Amém.

Deus te salve…. Glória

 

No dia correspondente é dito

 

ALEGRIAS

 

“São Vicente de Paulo, acende em nós

o fogo da caridade”

 

 

Fogo da caridade, do campo à cidade,

como camponês ou tutor; de missionário a fundador.

A chama ardente do seu zelo nos convida à amizade

Com escravos e aflitos dando com ardor um amor abrasador.

 

No horizonte, nos convida a olhar,

amor eficaz reivindicam os pobres.

Que seja nossa caridade inventiva e fundamentada

para dar com paixão e zelo a Cristo o Pão da Vida.

O povo está faminto e condenando-se!

É urgente trazer o pão com justiça,

que só por nosso amor

os pobres vão nos perdoar

 

Pai dos pobres, pregador infatigável

de zelo pelas almas, dá-nos o exemplo;

para dar aos pobres testemunho confiável

que conduzam os homens ao verdadeiro templo

 

Ó Vicente de Paulo, que não se encontre em nós

um amor subjetivo, mas deve ser uma doação!

Com a força de nossos braços,

e no rosto o suor, para mostrar ao próximo

o amor do nosso Deus.

 

Seus filhos e filhas carregam apaixonadamente seu arauto,

no firmamento poderosa luz do teu amor nos guia

com a força imperativa de amar sem medo,

quem da cruz com amor nos olha.

 

Missão e Caridade são as asas

que te levaram ao céu.

Á tua entrada, ricos e pobres te esperavam.

Alegres teus filhos, enquanto Cristo te coroou

de louros e santidade, pai e apóstolo,

a Igreja em ti foi refletida. 

 

 

ORAÇÃO FINAL
AO CORAÇÃO DE SÃO VICENTE DE PAULO

Ó Coração de São Vicente de Paulo que tiraste do Sagrado Coração de Jesus, a caridade que derramaste sobre todas as misérias morais e físicas do teu tempo, alcança-nos para nunca deixar passar nenhuma miséria ao nosso lado sem socorrê-la.

Faz com que nossa caridade seja respeitosa, delicada, compreensiva, eficaz como foi a tua. Coloca em nossos corações uma fé viva que nos faça descobrir o Cristo sofredor em nossos irmãos desventurados.

Enche-nos com o zelo ardente, luminoso, generoso, que nunca encontra dificuldade em servi-los. Nós vos pedimos, ó Coração de Jesus, por intercessão daquele cujo coração não batia nem agia senão por impulso do vAmém

 

 

PRIMEIRO DIA

Pouy- 1581

    Ambientação: imagens que refletem o campo, a casa de São Vicente de Paulo, algumas ovelhas ou imagens referentes à família.

Pegue o seu mapa, começamos esta peregrinação em Pouy, a terra onde nasceu São Vicente de Paulo e que hoje leva seu nome. Uma pequena aldeia de Ranquines, na freguesia de Pouy, diocese de Dax, região episcopal situada no limite das Landes de Bordeaux.

 


Canção: Iba por las calles

https://www.youtube.com/watch?v=U93cXK1NVRA

         Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto: Mt 13,31-32

 

         Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “Falarei com prazer ainda maior das virtudes das boas aldeãs, pelo conhecimento que delas tenho por experiência e por nascimento, pois sou filho de um pobre lavrador, e morei no campo até os quinze anos. Além disso, nosso trabalho há muitos anos tem sido entre os aldeões, a ponto de ninguém os conhecer melhor do que os sacerdotes da Missão” (IX/1, p. 92).

A vida de São Vicente de Paulo começa a ser gestada em uma família camponesa. Seus pais Juan de Paúl e Beltrana de Moras eram agricultores e cuidavam de animais, estavam expostos ao cansaço e às exigências do campo. Ali São Vicente aprendeu a ser um homem de ação, de sentido prático e de amor efetivo. Ele foi um homem treinado nas duras leis da terra, um homem que teve a clemência do céu, mas também a força de seus braços, por isso em um de seus escritos dizia: “Amemos a Deus, irmãos, amemos a Deus, mas que seja à custa dos nossos braços e do suor do nosso rosto”.

Graças aos seus primeiros anos no campo, São Vicente se forma numa fé prática, de ações, de uma existência comprometida com o bem do outro. Para ele, a verdadeira fé se expressa em ação, em trazer uma tigela de sopa à mesa. Como camponês, aprendeu a vigiar o céu e a terra, ou seja, que suas horas de oração não os separassem das horas de trabalho.

São Vicente foi educado nas leis da caridade que podem ser vistas em um ambiente camponês: hospitalidade, partilha de alimentos, generosidade entre vizinhos, ou seja, o amor vivido em ações concretas. Inspirado pelo que viveu na infância, mais tarde apresentará o retrato que fará das Filhas da Caridade, camponesas comprometidas com o serviço.

Perguntas:

        '  Quais são as minhas origens? Sou capaz de valorizar a casa e a família em que nasci e     cresci?    

       '  O que São Vicente de Paulo descobriu em sua família?

        '  Que características tinha a região onde nasceu São Vicente?

 

SEGUNDO DIA
Dax - 1594.

    Ambientação: Alguns livros, que representam a academia, estudo universitário, imagens de professores ou missionários dando aulas.

     Vamos com espírito alegre e passo firme, desta vez São Vicente deixou sua pequena aldeia, em direção à cidade de Dax, a 163 km de distância, que caminhando ou a cavalo dura cerca de 30 horas. Vicente deixou, de bom grado, as pernas de pau e os animais da aldeia, para apanhar os livros. É aplicado e progride.

 


   Canção: El Corazón de San Vicente de Paúl

https://www.youtube.com/watch?v=H1_-1s73SXA 

     Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto Mt 13,24-30

      Reflexão:

 Escutemos São Vicente: "Lembro-me que, quando jovem, ao acompanhar meu pai à cidade, porque estava mal vestido e era um tanto coxo, tinha vergonha de ir com ele e reconhecê-lo como meu pai. Ó miserável! Como fui desobediente! (XII, 222).

Um pequeno jovem camponês que acaba de deixar seus pais e irmãos e ingressa no mundo da educação, é um jovem corajoso, talvez muito mais corajoso do que os jovens de hoje e as crianças que têm medo de sair de casa para conhecer um mundo muito maior que eles. Dax, uma cidade muito perto do mar, é cheia de confortos e uma atmosfera muito diferente da pequena vila francesa de onde vem o nosso jovem Vicente de Paulo.

Os seus biógrafos dizem-nos que Vicente é uma pessoa dedicada no estudo, e é em Dax que conhece o Sr. Cometa, juiz da sua cidade natal, pessoa próxima da sua família, que vendo as qualidades do nosso jovem santo, apoia, financeiramente, seus estudos e permite que ele seja o instrutor de seus filhos para lhe ajudar a financiar seu curso escolar.

Mas sua passagem por este mundo, um pouco mais confortável, o leva a uma de suas crises mais profundas, faz com que ele se envergonhasse de seu pobre pai e desejasse uma vida cheia de confortos e seguranças temporárias. Ele vai se perder? O que acontecerá com Vicente nesta estrada? Continuemos avançando dia a dia em busca de seu encontro definitivo com os pobres.

Perguntas:

    '  O que mais sabemos sobre este momento da vida de São Vicente de Paulo?

    '  O que achamos que poderia acontecer a São Vicente se continuar a sentir vergonha de suas     origens?

    '  Tive medo de deixar sua cidade ou vila para conhecer novos lugares ou novas experiências?

 


TERCEIRO DIA
Saragoça e Toulouse - 1597-1599

    Ambientação: Você pode usar os mesmos símbolos de ontem, adicionando um caminho ou sandálias que indicam um caminho e as bandeiras da França e da Espanha ou algumas imagens representativas desses dois países.

Não se canse, continue levando sua bagagem e vamos em frente, hoje viajaremos cerca de 270 quilômetros mais ao sul, chegando à Espanha, a uma cidade bem próxima da França, mas não se perca, voltaremos à França, chegando à Toulouse a 400 quilômetros de distância. Em 1598 seu pai morreu, mas antes havia pedido a seus familiares que não poupassem recursos para continuar dando educação ao filho Vicente.

  


 Canção: Vicente de Paúl eres un hombre para hoy

https://www.youtube.com/watch?v=QhkRPXDr3FA    

     Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto 1Cor 1,26 -31

 

      Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “É a continuação dos trabalhos de Jesus Cristo, e, portanto, a inteligência humana nada pode a esse respeito, a não ser estragar tudo, se Deus não coloca nisso a sua mão. Não, senhor Padre, nem a filosofia, nem a teologia, nem os discursos operam nas almas: é preciso que Jesus Cristo aja conosco e ou nós com ele, que operemos nele e ele em nós, que falemos como ele e no seu Espírito, assim como ele estava em seu Pai e pregava a doutrina que ele lhe ensinara. É a linguagem da Sagrada Escritura” (XI, 153).

Desde a infância Vicente foi muito inquieto, primeiro em suas aventuras com as ovelhas através de pastagens e pântanos em Pouy e seus arredores. Já imerso nos livros, partiu para Saragoça, em Aragão, na fronteira com a Espanha, e é muito provável que sua permanência nas salas de aula universitárias não tenham durado mais que um ano (1597), pois seu pai faleceu em fevereiro de 1598, o que acelerou seu retorno para sua terra natal. Retornando à França, ele vai para Toulouse e lá conclui seus sete anos de estudos teológicos em 1604.

Todos esses estudos o formaram bem, Vicente mergulhou na filosofia, na teologia, na Sagrada Escritura, no direito canônico, na história da Igreja... Nosso futuro santo não foi um padre ignorante, ele foi bem instruído, mas nunca se tornou um intelectual puro, encontramos nele a ciência sabiamente fundida, com sua experiência prática de gascão e camponês.

O nosso futuro santo nunca imaginou, que a seriedade dos seus estudos o levaria a trabalhar e aterrar tanta doutrina na formação do clero, dos seus Missionários, das suas Filhas e de todo um exército de almas que beberiam no futuro, dos ensinamentos de sua vida e doutrina. Sim, os caminhos de Deus não são os nossos caminhos.

Perguntas:

      Como São Vicente me ensina hoje a valorizar a formação que recebo?

      Como devemos combinar a ciência humana com a sabedoria de Deus?

      Para o serviço de Deus, em que temos que aprofundar mais?

 

QUARTO DIA
Chateau-I'Eveque - 1600

    Ambientação: Imagens alusivas ao sacerdócio, um círio ou uma vela, a imagem de uma ordenação sacerdotal.

Estamos subindo. São Vicente agora nos leva ao local onde recebeu sua ordenação sacerdotal aos 19 anos. Neste lugar iniciou o seu ministério sacerdotal, mas grandes aventuras nos aguardam. Percorremos 219 quilômetros, são cerca de dois dias de caminhada.

    


    Canção: Nada puedo por mi mismo.

https://www.youtube.com/watch?v=InbgMtQXxtI     

     Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto 1Tm 1.12

  Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “Meus irmãos, quanto o ofício dos eclesiásticos sobrepuja todas as demais dignidades da terra, mesmo a realeza e como deveis conceber uma profunda estima dos padres, cujo caráter sagrado é uma participação do sacerdócio eterno do Filho de Deus, que lhes conferiu o poder de sacrificar o seu próprio corpo e dá-lo em alimento, a fim de viverem eternamente aqueles que dele se nutrirem” (XII, 196).

Não deixa de nos inquietar que o jovem Vicente, com apenas 19 anos de idade, tenha recebido em Tarbes, bem perto de sua casa, o subdiaconato e o diaconato em 1598, e no meio de seus estudos inacabados, foi para uma diocese distante, Périgueux, longe de sua casa e de sua família, e lá no Château l'Eveque, na capela da residência rural do bispo, Dom Francesco Bourdeille, foi ordenado sacerdote por este bispo idoso.

Quaisquer que tenham sido as motivações do jovem Vicente, já o encontramos ordenado em 1600, para sempre sacerdote do Deus Altíssimo, sacerdote para a eternidade. Aqui começa a peregrinação de um sacerdote, que não tinha as convicções profundas de um ministério tão elevado. É um sacerdote com motivações muito humanas, diríamos hoje, com um “ideal ascendente”, na sua expressão “buscava uma aposentadoria honrosa”, uma vida suave, desejando “ser servido e não servir”. Até agora, encontramos um santo que não queria ser santo...

Mas o Senhor que “escreve direito em linhas tortas”, com sua sabedoria, vai purificá-lo para que no futuro não o conheçamos como Vicente de Paulo, mas sim como São Vicente de Paulo. A obra da graça de Deus, quantas surpresas nos dá na peregrinação da vida.

Perguntas:

      Que possíveis motivações levaram São Vicente a tornar-se sacerdote?

      Como São Vicente viveria seu sacerdócio hoje?

      Como encorajar os jovens de hoje a serem sacerdotes missionários?

QUINTO DIA
Túnis - 1605

    Ambientação: Algum barco, imagens da África ou de um porto, algumas imagens de escravos.

Em 1605, a Tunísia é o menor país do norte da África e faz fronteira com a Europa por mar. No século XVII, fruto de várias guerras e conquistas, ali vivia um grande número de turcos e muçulmanos, especializados na compra e venda de escravos cristãos; estes foram retidos de várias maneiras, especialmente em assaltos a barcos e navios. Mas, por que motivo São Vicente se encontraria em tão pouco tempo em um país africano, sem aviso prévio e embarcando em uma viagem cheia de perigos: cativeiro e escravidão, uma grande prova para o jovem padre da época.



Canção: Por los caminos de Vicente

https://www.youtube.com/watch?v=NxQfP2bzn90

       Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto 2Cor 1,3-4

  Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “Minha situação é tal, numa palavra, que, em Roma, onde continuo meus estudos, estou sendo mantido pelo Monsenhor Vice-legado que estava em Avinhão. Ele me dá a honra de me querer bem e de desejar meu progresso, porque lhe ensinei muitas coisas belas e curiosas que aprendi, durante o meu cativeiro, daquele velho turco a quem fui vendido, conforme vos escrevi” (I, 2).

Como muitos outros cristãos que habitaram terras europeias e embarcaram no mar para se deslocar de um lugar para outro, São Vicente enfrentou a grande prova do cativeiro e da escravidão, o jovem padre francês não imaginava que ao viajar para receber uma herança concedida por uma boa mulher em Castres (cidade francesa), no retorno, sofreria um assalto, por turcos, o barco que o trazia à Toulouse (França), cidade onde estudou teologia. O cativeiro o levou para a Tunísia, norte da África, onde foi acorrentado e desfilou pela cidade para ser vendido pelo maior lance.

Esta experiência, sem dúvida, se refletirá na grande preocupação de São Vicente pelos prisioneiros, especialmente os das galés (navios usados como prisões), que sofrem grande desconforto, dor e tristeza de seu cativeiro. Tanto os sacerdotes da Congregação como as Filhas da Caridade estarão prontos a servir estes irmãos.

Perguntas:

      Você coloca seus problemas e dificuldades nas mãos de Deus com esperança, ou pelo contrário, você se desespera e sua fé enfraquece?

      Quais são as "escravidões" que você tem amarrado à sua vida neste momento e não permite que você confie plenamente em Deus como fez São Vicente?

SEXTO DIA
Roma e Paris - 1607

    Ambientação: Algumas imagens alusivas à Roma, um navio, imagens que representam a cidade de Paris, várias velas acesas e a Palavra de Deus no centro.

Viajante, não se canse, acompanhamos São Vicente até a África, sua passagem pela escravidão lhe ensinou muitas coisas, agora fazemos uma curta viagem pela cidade eterna e depois voltaremos à capital francesa, continuemos com nossa mapa em busca do encontro daquele Vicente com Cristo.



   Canção: "Vicente de Paúl", Ixcís

https://www.youtube.com/watch?v=AREQ43godwc

     Iluminação Bíblica: Pegue a Bíblia do seu viajante e procure o texto 1Pd 3,12-16

  Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “A água de um grande pântano, por estar sempre parada, se corrompe, torna-se lodosa e fétida. Pelo contrário, as ribeiras e as fontes que correm com rapidez entre as pedras e os rochedos mantêm suas águas belas e sadias. Ora, quem não haveria de preferir, a este preço, ser antes arroio do que charco? Importa não nos espantarmos com nos desgostar das mesma coisas, visto que somos compostos da mesma maneira” (XI, 103).

Neste sexto dia de nossa novena, e depois da grande prova do cativeiro e escravidão de São Vicente na África, voltamos agora nosso olhar para a capital da França: Paris. São Vicente chega a Paris no final de 1608 com o desejo de não passar muito tempo ali, o que não sabia era que sua permanência na grande cidade francesa duraria quase toda a sua vida. Ali São Vicente viveu grandes acontecimentos que marcaram significativamente sua vida e seu processo de conversão. Ele também conheceu personalidades ilustres como Monsenhor de Berulle e São Francisco de Sales, que contribuíram com grandes qualidades para sua personalidade. Em Paris, São Vicente experimentaria a injusta e falsa acusação de roubo e seus primeiros passos para a conversão que transformaria definitivamente sua vida.

Depois de uma curta estadia em Roma, ele parte para chegar à capital da França: Paris. Ele não pretendia passar muito tempo lá, querendo estar com sua família depois de seus dois anos de ausência inadvertida; o que ele não sabia era que a Divina Providência tinha planos muito diferentes dos seus, e seria nesta cidade que sua mentalidade mudaria completamente. Muitas experiências tiveram sua origem ali, mas a primeira, após sua chegada em 1608, não seria a melhor. Sem dinheiro, Vicente fica em uma casa simples, onde dividia um quarto com um conterrâneo, um juiz da pequena cidade de Sore.

Perguntas:

      Como a história de São Vicente se relaciona com momentos de sua vida pessoal?

     Quantas vezes você tem sentimento de tristeza ou crise de fé?

     O que você aprendeu nestes dias de novena?

SÉTIMO DIA
Folleville e Chatillon les Dombes - 1617

    Ambientação: Dois caminhos, o primeiro referente a Folleville, o segundo referente a Châtillon les Dombes, um pode levar a palavra Missão, o outro, Caridade.

Hoje será um dia de longa caminhada, acompanhemos São Vicente de Paulo numa busca mais corajosa entre os pobres em duas experiências que em 1617 marcaram definitivamente a sua vida e a vocação: a confissão de um camponês em Gannes-Folleville, e a pobreza e miséria de uma família em Chatillon-les-Dombes, agora Chatillon-sur-Chalaronne, na França. Nestes dois lugares, Vicente descobre a vontade de Deus para ele: dedicar-se inteiramente à evangelização dos pobres do campo e trabalhar pela caridade, mas caridade organizada.

 


Canção: Amigo Vicente.

https://www.youtube.com/watch?v=hl5NMCavmCY 

      Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto Lc 15,4-7

          Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “Por que motivo, meus Senhores, pensais vós que Nosso Senhor tenha querido que seus discípulos fossem enviados dois a dois? Foi porque, assim como recomendou a cada qual exercesse a caridade para com o próximo, e o próximo supõe uma segunda pessoa, assim, também os enviou dois a dois, a fim de que ambos se estimulassem continuamente à mútua caridade, e que, se um deles caísse, tivesse quem o levantasse, ou o encorajasse em seus trabalhos, se estivesse prostrado de cansaço” (XI, 155).

A confissão do camponês de Gannes-Folleville, que todos consideravam um homem bom, honesto e virtuoso e que se declarava condenado se não fosse por essa confissão, foi uma grande revelação para Vicente de Paulo: dedicar-se completamente à evangelização dos pobres rurais. Tais são os desígnios do Senhor que, através das pessoas e dos acontecimentos, nos ensina sua Vontade e nos mostra os caminhos que somos chamados a percorrer e que nos conduzem à santificação de nossas vidas. Além disso, esta confissão do camponês fez com que Vicente pregasse em 25 de janeiro de 1617, na festa da conversão de São Paulo, o "primeiro Sermão da Missão" chamando à conversão; Deus abençoou suas palavras e as pessoas se reuniram para a confissão. Que alegria para todo este povo voltar seus corações a Deus e encontrar em Vicente e outros sacerdotes que o ajudaram, o instrumento do perdão e da misericórdia divina.

Em Chatillon-les-Dombes foi através de uma família muito pobre, onde todos os seus membros estavam doentes, famintos e sem ninguém para ajudá-los, que Vicente descobriu outro chamado de Deus: dedicar-se ao cuidado material dos pobres organizando a caridade. Em 20 de agosto de 1617, foi informado do estado desta família e, deixando-se tocar no coração, fez um apelo à caridade. A resposta foi tão grande que as pessoas iam e vinham trazendo provisões para a referida família. Lá ele decidiu criar as Irmandades de Caridade (atualmente, Associação Internacional de Caridade - AIC) para que a ajuda aos pobres fosse feita de forma organizada. Que ideias magníficas o Senhor revela a quem ouve a voz dos pobres e se mobiliza para responder às suas necessidades. Hoje, não só a AIC realiza um belo trabalho de serviço seguindo o exemplo de Vicente, mas também muitas outras Associações e toda a Família Vicentina se sente chamada a esta grande vocação de serviço, amor, generosidade e ajuda mútua, porque "os pobres eles nos evangelizam” e continuam a nos mostrar o rosto sofredor de Cristo.

Perguntas:

      Busco confissão e minha própria conversão como o camponês de Gannes?

      Sinto-me chamado ao servir como o descobriu e fez Vicente de Paulo?

      Como estou respondendo ou como posso responder às necessidades dos pobres?

 

OITAVO DIA
Marselha - 1618

    Ambientação: Um barco, imagens de prisioneiros, escravos, algumas correntes, também imagens de guerra, várias imagens que mostram a pobreza.

Caminhante, sai Vicente com todo o seu ímpeto, ainda jovem, tem 36 anos, já passou por muita coisa, mas o seu espírito fervoroso já o afasta das pretensões humanas, agora percorre toda a França estabelecendo as irmandades da Caridade, conhece Santa Luísa de Marillac, sua grande companheira missionária, e começa a reunir outros amigos sacerdotes que o ajudarão em sua missão, hoje vamos a Marselha, a 750 quilômetros de Paris, cidade portuária, onde os presos são obrigados a trabalhar como escravos de galé, muitos deles eram submetidos a condições subumanas. O que vai acontecer lá?



Canção: Un amor ardiente a Jesucristo

https://www.youtube.com/watch?v=BAJiZ91-MZk  

     Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto Gal 3,26-29.

 Reflexão:

 Escutemos São Vicente: “Quem, pois, não vê que a mortificação deva ser inseparável de um missionário, para agir não só com o pobre povo, mas também com os retirantes, ordinandos, forçados e escravos? Realmente, se não somos mortificados, como acolher o que temos que suportar nesses diversos ministérios?” (XII, 211).

Seguindo os passos de São Vicente, encontramos hoje um dinamismo missionário acompanhado de uma preocupação por todas as realidades de pobreza de seu tempo. É vendo a realidade dos presos nas galés, em sua viagem a Marselha, onde há uma cena particularmente heroica, ali Vicente toma o lugar de um dos prisioneiros para sentir o sofrimento em primeira mão. Mas ele não está sozinho nisso, graças à sua gestão, ele ajuda esses presos a terem um lugar mais digno para viver. Os sacerdotes da Congregação os assistiam espiritualmente junto com as Filhas da Caridade.

E tanto é o fervor que São Vicente desperta, que cada vez mais pessoas aderem a este apostolado entre os pobres, abrem-se irmandades em toda a França; Santa Luísa fica depois encarregada de visitá-las, cuidando das vítimas da guerra em região fronteiriça da Lorena, preocupa-se com os enjeitados ou crianças abandonadas que são jogadas nas ruas mesmo no inverno, comove-se com a fome dos idosos, o sofrimento das mães, há muitas realidades de miséria, mas ele não se detêm.  

Perguntas:

      Quais são as novas formas de pobreza que temos em nosso tempo?

          Meu apostolado é dinâmico, seguindo o exemplo de São Vicente?

      Consegui sair em missão e levar o Evangelho a outros irmãos?

 

NONO DIA
São Lázaro - 1660

    Ambientação: Algumas velas, um crucifixo, alguns elementos que recriam a velhice, imagens da casa de São Lázaro (a antiga)

Você se lembra de quando, oito dias atrás, partimos com São Vicente de Paulo, um menino que deixou a casa dos pais para ir estudar em uma cidade muito diferente de seu vilarejo? Acho que viajamos muito com São Vicente e voltamos para sua casa em Paris, chamada São Lázaro, ele não é mais criança ou jovem, nem adulto, tem 80 anos e está na cama, mas ele tem um sorriso muito grande, porque se lembra com amor de todo o seu trabalho incansável, venha ver as memórias de seus últimos dias.



Canção: Vicente de Paúl en ti vemos a Dios.

https://www.youtube.com/watch?v=AREQ43godwc     

     Iluminação Bíblica: Pegue sua Bíblia de viajante e procure o texto Rm 8,31-39

  Reflexão:

 Escutemos a São Vicente: “Eu mesmo, embora velho e na idade em que estou, não posso deixar de ter dentro de mim estas disposições, até mesmo a de ir para as Índias, a fim de conquistar almas para Deus, mesmo que devesse morrer pelo caminho ou no navio” (XI, 167).

São Vicente nunca deixa de nos surpreender, não só aquela caridade que irradiava em todos os homens e mulheres do seu tempo, mas também nos hospitais, orfanatos e escolas. Seu espírito fervoroso, mesmo nos últimos dias de sua vida, percorreu um longo caminho, centenas de milhares de quilômetros em busca de Jesus Cristo, aquele que encontrou na pessoa dos mais pobres, dos vulneráveis, dos simples de coração.

Mas São Vicente teve uma audácia como nenhuma outra: seus amigos pobres foram atendidos graças a todos os esforços que São Vicente fez com as classes altas e ricas de seu tempo, ele foi estimado pelo rei e pela corte real, ele foi um amigo dos mais altos funcionários; mas continuava simples, a ponto de usar orgulhosamente sua batina um pouco gasta e surrada.

Mas, chegou a hora de nos despedirmos do nosso pai Vicente deste mundo temporário, ele fará uma peregrinação à Missão do Céu, de lá continuará abençoando e acompanhando todas as obras que foram confiadas ao seu patrocínio, “aqui estão em seu quarto em São Lázaro, enquanto todos os seus filhos e filhas espirituais o lamentam” e nós mais adiante no tempo, estamos profundamente felizes em celebrar sua festa amanhã.

Perguntas:

      O que aprendi nesta peregrinação com São Vicente?

      Como quero passar o resto dos meus dias?

      Sinto-me confiante de que Jesus guiará constantemente meus passos?

CANTOS A VICENTE DE PAULO


Em Português:
http://vocacaovicentina.blogspot.com/2016/07/musicas-vicentinas-cifradas.html

 

Em Espanhol:


        Amigo Vicente.

Amigo Vicente, vamos a caminar

tómame de la mano, enséñame a amar. (Bis)

 

 1-Fue tu vida dura lucha para progresar

hoy a mí me invitas junto ti a caminar,

encuentro un camino angosto, lleno de espina y dolor.

si a mi lado tu caminas, lo venceré con el amor.

 

2-El clamor de los que sufren tu vida cambio

ya no buscas gloria y fama amas al Señor,

tu quisiste hacerte pobre para llenarte de Dios,

y entregarte a los que sufren, y amar de corazón.

 

3-La miseria de la vida el hambre y el dolor

pide ya una respuesta sin vacilación,

el amor con que respondas el perdón te acarreará

de los que hayas ayudado, a encontrar su libertad.

        

        Gloria a ti Padre augusto del pobre.

Gloria a ti padre augusto del pobre,

gloria a ti servidor del Señor

porque en ti se cumplió la promesa,

de ensalzar a quién siempre sirvió.

 

Fuiste tú instrumento de Cristo, de su paz,

de su inmensa bondad y doquiera mostraste tu rostro,

rostro fiel de una gran caridad.

Los pequeños sin madre ni afecto,

los ancianos sin techo ni pan,

los enfermos mendigos y presos,

en ti hallaron amor y verdad.

 

También hoy nuestro pueblo

reclama más que pan, el amor fraternal,

el respeto, la paz, la justicia,

garantías que da la igualdad.

Danos, pues, el sentido del pobre,

que intuye cualquier aflicción;

y un amor generoso, efectivo,

que nos lleve a aliviar su dolor.

 

No se trata de fría limosna,

que degrada y no es solución;

ayudemos al hombre a que sea

el agente de su promoción.

Este mundo que sufre

 angustiado desamor, egoísmo y rencor,

necesita de ti San Vicente

y en nosotros te tiene que hallar.

 

        Enséñanos a amar.

Enséñanos a amar,

Vicente de Paúl,

al pobre nuestro hermano

como lo amaste tú.

 

No sabemos sufrir con los que sufren,

rehusamos llorar con los que lloran,

ignoramos la voz que nos suplica

y la mano que hambrienta nos implora.

 

Acallamos, a veces entre rezos

el clamor de los pobres que nos gritan

con palabras de Cristo y su evangelio

que solo es el amor lo que da vida.

 

Vicente de Paul que descubriste

a Cristo desvalido entre los pobres,

que a la luz de tu vida descubramos

que ellos son ''nuestros amos y señores''.

 

        Vicente de Paúl para hoy.

 

Vicente de Paúl eres un hombre para hoy hiciste con tu gente lo que siempre habrá que hacer.

Del Cristo el gran amor tu diste al pobre en la aflicción mostraste generoso su poder de encarnación. /por eso tu obra aún no termina sigues con nosotros viendo los que sufren con Jesús/

 

Tus palabras sencillas pero llenas del Evangelio que viviste a plenitud, /siguen hoy animando nuestro espíritu confortan nuestra entrega y nos nutre en la oración /

 

Aún existen mendigos por las calles niños y ancianos que no tienen un hogar viudas y enfermos, jóvenes desorientados solos, tristes y amargados de ti esperan protección/

 

Enséñanos Vicente cada día

a vivir con los pobres y a ser pobres a llevar la enseñanza siempre nueva la misma de Jesucristo la noticia del amor (2)

 

Por los Caminos de San Vicente.

Autor: Eduardo Salas A.

 

En las entrañas de un vientre fértil,

Dios me arrullaste y me acariciaste,

amor de madre, me fuiste formando,

y en tu regazo aprendí a querer.

 

Y me llamaste, Señor, me dejé caer,

y me formaste, alfarero, me restauraste,

con voz de niño, con miedo, con fe,

te digo que sí, quiero ser parte de ti.

 

Soy vicentino

que busca en el pobre el amor de su Dios,

por los caminos

anuncio su amor, su justicia y su paz,

soy un heraldo

que anuncia a su rey, a su Dios y Señor,

nos ha amado, nos ha liberado,

nos quiere dignos, nos quiere humanos.

 

Entre los pobres levantas tu casa,

entre sus voces nos llamas sin pausa,

que no haya llanto en la casa del pobre,

que no haya olvido, que no falte el pan.

 

Iré llevando tu voz, no claudicaré,

corazón tierno, amante, incondicional,

no más ultrajes que hieren al hombre,

y a cada mujer, ya no más humillación.

 

En cada herida aparece el desdén,

en tu agonía descubro el desprecio,

la soledad que encadena a tu alma,

la indolencia que ignora tu mal.

 

Quiero sanar tus heridas, servirte así,

rostro de obrero, de jornalera, de campesino,

quiero en tu suerte vivir mi pasión,

quiero hacer el bien, quiero hacerte vivir.

 

        El Corazón de San Vicente de Paúl.

Autor: M. y L. Federico Carranza

 

Oh Señor, dame una Canción para Vicente de Paul,

Una que pueda transmitir la gran urgencia del amor

Lo imperativo de servir a los mas pobres de los pobres

Y el fuego abrasador por predicarles la verdad

 

Oh, Señor, dame como a él un corazón enardecido

Que esté dispuesto de verdad a darlo todo por amor

Que no se canse de entregarse sin medida en caridad

Y que en los pobres reconozca tu presencia, oh Señor

 

CORO:

Señor la tierra gime de miseria y de desgracia,

Y el egoismo infecta el corazón de los hombres,

Cada vez hay mas pobres, Señor, cada vez mas

Y hace mas falta el corazón de San Vicente de Paul

 

Oh, Señor, dale a mi Canção el fuego de tu Santo Espíritu

Para con ella yo encender la llama ardiente del amor

Que la misión de Jesucristo, que es amar a los mas pobres

Brote en cada corazón como un fuego abrasador

 

Oh Señor dale a mi Canción la fuerza viva de la gracia

Para que el celo y el fervor de San Vicente de Paul

Inunde cada corazón con caridad santa y urgente

Con dulce y santa caridad, la que Cristo nos mostró

 

CORO...

 

Final:

Danos, Señor el corazón de San Vicente de Paul

///Danos, Señor el corazón de San Vicente de Paul ///