1. A ideia
inicial do Encontro Nacional de Estudantes Vicentinos (ENEV) se deu na Semana
de Estudos Vicentinos, acontecida de 21 a 31 de junho de 1981, em Curitiba –
PR, promovida pela CLAPVI no contexto da celebração 4º centenário do nascimento
de São Vicente de Paulo, onde participaram estudantes das três províncias da Congregação
da Missão no Brasil.
2. No segundo
semestre de 1983, estudantes de Fortaleza e Rio de Janeiro, reunidos em
Petrópolis (RJ) escreveram para as casas de formações das três províncias
propondo um ENEV para o ano seguinte.
3. O I ENEV
foi preparado pelos articuladores Moacir e Luís Henrique em 09/04/1984, em Belo
Horizonte (MG). Estiveram no I ENEV, que se deu em BH os visitadores: Pe. Eli
Chaves, CM (PBCM), Pe. Pedro van Erk, CM (PFCM) e Pe. Simão Valenga, CM (CMPS).
4. A partir
do encontro (1984) passou a ser editado pelos estudantes um Boletim Informativo
Nacional.
5. Os 04
primeiros ENEVs foram custeados pelos próprios estudantes (1984 a 1897).
6. Depois de
implantado, o ENEV foi acusado, por alguns membros da Congregação, de órgão reivindicatório,
de linguagem marxista e de trazer a luta de classe à Congregação da Missão.
7. Em 1989,
com a presença do Superior Geral Pe. Richard McCullen, CM e de diversos Provinciais
da CLAPVI, o ENEV se tornou um encontro oficial.
8. O objetivo
inicial do ENEV foi “avaliar o processo de formação das Províncias da CM no
Brasil e oferecer subsídios aos formadores, para que a formação fosse realmente
integral”.
9. Com a implantação
do ENEV, os estudantes desejavam: abrir as janelas do seminário para o vendaval
do aggiornamento (Papa João XXIII), inserção
no meio popular, participação na sustentação na casa de formação, viver a opção
preferencial pelos pobres (Medellín) e comunhão e participação (Puebla) nas
casas de formação; bem como, superar uma pastoral sacramentalista, por uma
profética e libertadora, comprometida na luta pela justiça, liberdade e dignidade
dos empobrecidos, e ainda se buscava um diálogo contra o autoritarismo do
formador em troca de uma formação aberta, dialogal, com sendo crítico,
participativa onde o formado fosse sujeito da sua formação.
10. Apesar do
desejo de uma inserção social na pastoral mais expressiva de parte dos estudantes,
preponderou uma conservação (sacra) diante do medo de que a identidade
religiosa se diluísse ou se perdesse com a encarnação no mundo profano.
11. Em 1993 fomentou-se
sobre uma assembleia nacional com todos os estudantes para revisão dos
estatutos do ENEV, finalmente não acontecida.
12. Em 1994 foram
criados os Encontros Regionais dos Estudantes Vicentinos (EREVs), ou Lazaristas
(EREL), tal como o encontro é denominado na Província de Fortaleza.
13. Em 1996,
sugeriu-se fazer o Estágio Pastoral nos ENEVs.
14. Em 1998,
os estudantes enviaram pedido à PBCM, para seus estudantes integrasse Seminário
Interno Interprovincial.
15. Em meados
da década de 90 os temas do ENEV mostram que os estudantes não ficaram ilesos
ao eclesiocentrismo, apesar de acentuar o Carisma Vicentino, as preocupações com
os desafios da realidade social já não aparecem com a força dos anteriores.
16. Em 2001,
o Boletim Informativo do ENEV, criado em 1984, deixou de ser editado. Em 2002,
na tentativa de retomar com o Boletim, fez-se uma votação: 04 votos foram a
favor e 10, contra.
17. Em 2002, atualizam-se
os termos: órgão muda-se para fórum e estatuto, para regimento interno.
18. Em 2003, os
estudantes ainda cursavam Filosofia e Teologia em institutos não reconhecidos
pelo Ministério da Educação (MEC) e os estudantes pediram a mudança desse
quadro.
19. Em 2005,
viu-se a necessidade de se criar um arquivo nacional do ENEV, elegendo como
local para o mesmo, o Instituto São Vicente de Paulo (Trevo) em Belo Horizonte
(MG).
20. Em 06 de
maio de 2020, foi lançado na fampage da PBCM, um curta, em estilo de documentário,
sobre os 35 anos de caminhada do ENEV. Além de Estudantes e Padres das três províncias
do Brasil, estrelam no curta, estudantes vicentinos da Argentina, Moçambique, Portugal
e Vietnã.
21. Em 2020, excepcionalmente
o ENEV, que se daria em Belo Horizonte (MG), não se realizou devido a pandemia
causada pelo novo coronavírus.