quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Conversão é Mudança


Perspectiva vicentina da conversão

-A mudança está presente sempre e em tudo. Mudam-se os climas. Mudam-se os entornos. Mudam-se os animais. As pessoas mudam. Tudo é mudança!

-Na natureza há mudanças que produz os homens. O homem faz mudanças quando constrói estradas, represas para armazenar água, hospitais, escolas, estádios, casas e fábricas... Mudanças que ajudam no seu desenvolvimento e plenitude… Se a natureza muda, por que nós não?

-Jesus disse: “O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia” (Mc 1, 15). MUDEM!

-Conversão é mudança… Mudança de ideias. Mudança de costumes. Mudança de seguranças.

-Mudar o modo de pensar; isso é Metanoia! Romper a inércia, deixar a apatia, lançar-se a andar sobre o caminho dos que buscam a Deus com sincero coração. 
Abrir os olhos ao mundo dos pobres e reconhecer neles os preferidos de Deus… 

Conversão é olhar o porvir de modo intenso, com a convicção de que no horizonte se encontram Deus e Seu Reino. 

-São Vicente de Paulo concebeu a conversão como a transformação das relações entre os homens, realizando a justiça e estendendo a caridade. Reconhecendo nos pobres a realização do Reino de Deus.

-Sair ao encontro. Olhar o irmão. Voltar o coração à simplicidade do amor. Mudar, para já não ser o mesmo, sem deixar de ser o mesmo.

-Converter-se ao reino de Deus, como São Vicente, buscando a justiça e a paz.

-Conversão é mudança, metanoia, plenitude! 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Igreja Santo Antônio de Orleans, Curitiba - PR


A Paróquia Santo Antônio está situada no bairro Orleans no oeste de Curitiba, capital do Paraná. Anexo a mesma, encontra-se um cemitério de mesmo nome e o Espaço Orleans, onde sempre está ocupado com eventos diversos. Atualmente a Paróquia é composta pela Matriz e tem seis comunidades a saber: 
  • Nossa Senhora de Fátima – Riviera
  • Nossa Senhora do Carmo – Passaúna
  • Nossa senhora do Monte Claro – Rivier
  • Sagrada Família – Jardim Guarani, 
  • São Francisco de Assis – Jardim Gabineto
  • São Vicente de Paulo – Jardim Vitória
  • Mais o Seminário Vicentino, cuja padroeira, Nossa Senhora das Graças.


Olhando um pouco a história da Paróquia, descobrimos que em:

  • 15/12/1936 – O Curato Santo Antônio de Orleans é elevado a Paróquia, por Dom Ático Eusébio da Rocha – Arcebispo de Curitiba. 

Vale lembrar que devido a abolição da escravatura de 13/05/1888, as autoridades brasileiras buscaram imigrantes europeus que eram bons agricultores, de forma que o presidente da Província do Paraná, Adolfo Linhares Lins buscou para os arredores de Curitiba imigrantes poloneses, italianos e alemães. 

  • 1876 – O Ministério da Agricultura mandou construir uma capela de madeira, cujo capelão foi o Pe. Ludovico Prytarski (diocesano) já que os imigrantes eram católicos fervorosos. 
  • 1878 – Construção da nova igreja de alvenaria com uma torre de madeira;
  • 1898 - Assume o segundo capelão, o Pe. João Mientrus, também diocesanos; 
  • 1908 – A capelania tem seu terceiro capelão, o Pe. Francisco Chylaszk, CM, - Congregação da Missão 
  • 1929 – A igreja de Orleans ganha o seu primeiro pároco, o Pe. Silvestre Kandora, CM;
  • 1930 – Construção da Matriz atual, que foi dedicada em 08/02/1932;
  • 2017 – A paróquia tem como pároco, o Pe. Gilson Camargo, CM;
  • 19/12/1999 – Inauguração do Centro de Convenções de Orleans;
  • 2015 – Esteve como pároco o Pe. Pedro Klídzio, CM
  • 2016 – Assume a paróquia o atual pároco, o Pe. Fabiano Spisla, CM. Além desses, muitos outros padres estiveram a frente da referida paróquia. 


A igreja, que apresenta uma estrutura gótica, de nave única com três altares. O altar da esquerda é dedicado à “Z. Marya” (Nossa Senhora de Lourdes) e traz outras duas imagens. Ali, também, encontra-se uma relíquia de primeiro grau de São Zygmunt (Santo Polonês, fundador da congregação das Irmãs da Sagrada Família) ladeada por uma vela, que sempre está acesa; o altar da direita é dedicado ao “Serce Jezusa” (Sagrado Coração de Jesus) e, como o anterior, traz outras duas imagens; já o altar principal, é dedicado ao padroeiro Santo Antônio, com mais duas imagens, sendo que uma delas representa São Vicente de Paulo. As imagens e altares se remetem a arte polonesa, trazendo textos nesse idioma. E claro, o Sacrário está no centro do Altar-Mor encimado por elementos da Santíssima Trindade e uma pequena cruz e guardado por quadro anjos, dois de cada lado.

Suas paredes trazem uma rica pintura interna, inclusive com ícones vicentinos – especialmente as que circundam o altar, onde se ver sobre a porta da sacristia, a esquerda, sobre um rosto da Virgem em alto relevo, o reverso da Medalha Milagrosa, a pintura de Santa Luísa de Marillac de um lado e da Sagrada Família (morte de São José); já a direita, sobre um rosto de Cristo, o verso da Medalha, a pintura de São Vicente de Paulo de um lado e, também, da Sagrada Família (Jesus aos 12 anos), do outro. No arco que liga o presbítero à nave traz pinturas relativas aos sete sacramentos. 

Sobre as paredes que guardam a nave vê-se de baixo para cima, no centro, ao fundo, um ícone da Virgem de Czestochowa, sobre uma faixa com os dizeres em latim: “Sub Tuum praesidium” (Sobre Tua proteção), seguida pela cena da crucificação de Jesus quando confia sua Mãe a João e vive versa (Jo 19, 26-27). Descendo, à direita, vê-se dois círculos com pinturas dos evangelistas Mateus e Mateus, com seus respectivos símbolos: anjo ou homem alado e leão alado, seguido de uma pintura da Transfiguração do Senhor (Lc 9, 28b-36). Já, à esquerda vê-se pinturas dos evangelistas Lucas e João, com seus símbolos: touro e águia, e logo a pintura da assunção de Nossa Senhora.

As pinturas da parede do lado direito da nave, ver-se doze anjos adultos que com instrumentos musicais e faixas parece entoar sobre seis dos apóstolos de Jesus, o hino do Glória em latim, somados a mais doze do lado esquerdo que parece fazer o mesmo sobre os outros seis apóstolos. Ao fundo também há pinturas de anjos na parte frontal do coro, que é utilizado pelos fiéis para participarem da missa, vale salientar que também ali se encontra um significativo órgão que só é tocado em ocasiões especiais. 


A igreja tem dois confessionários e um púlpito de madeira, confeccionados com modelos semelhantes aos dos altares. Na porta de entrada há à direita um bonito crucifico e acima da entrada principal a frase em latim: “Domine, dilegi decorum domus Tuæ et locum habitationis gloriæ Tuæ” (Senhor, eu amo a tua casa, o lugar onde se manifesta a tua presença gloriosa).

Para ver uma panorâmica desse bonito templo de Deus, veja o clipe de Álvaro e Daniel gravado no local e numa pedreira desativada próxima: