A Inglaterra ganha manchetes nos meios de comunicação do mundo todo, não apenas pela comemoração do Jubileu de Diamante, que marca os 60 anos no trono britânico da Rainha Elizabeth, mas por ser a sede da 30ª edição das olimpíadas de 2012. Os jogos olímpicos nasceram no berço da filosofia e da democracia do ocidente – a Grécia - no ano 776 a.C. na cidade de Olímpia. Foi interrompida no ano 393 d.C., por decreto do imperador romano Teodósio, e reativada pelo Barão Pierre de Coubertin em 1896,em Atenas,transformando-se no maior espetáculo da planeta azul.
Além das provas esportivas, haverá um desfile de valores e cores,usos e costumes,etnias e classes sociais, ritmos e idiomas,religiões, profissões e tradições. O marketing, as estratégias e as táticas serão bandeiras organizacionais. As olimpíadas representam a mais bela manifestação cultural da espécie humana. Os avanços da medicina esportiva, as descobertas científicas e as inovações tecnológicas produzirão efeitos especiais em mais um lance da arquitetura da Paz entre os povos.
Como exemplo, citamos a evolução dos meios de comunicação através dos jogos olímpicos da era moderna: Atenas (1896), telégrafo; Paris (1924), rádio; Berlim (1936),cinema; Helsinque (1952), placares eletrônicos; Roma (1960), televisão e telex; Tóquio (1964), cronômetros eletrônicos e células fotoelétricas; Munique (1972), transmissão de TV via satélite e em cores; Seul (1988), fax; Atlanta (1996), telefone celular e em Sydney (2000), Internet.
Nenhuma manifestação social, econômica, cultural,política ou religiosa consegue globalizar todos os segmentos da sociedade internacional como esse evento singular. Entre as dezenas de modalidades encontramos no vôlei a expressão maior do espírito de equipe,o que nos leva a refletir sobre a necessidade de abandonarmos a gestão solitária e vivenciarmos a gestão solidária. Se concordarmos que “os movimentos realizados em conjunto pelos jogadores são chamados de tática”, concluiremos que é o vôlei que evidencia esse princípio de gestão com maior intensidade.A maioria dos pontos é resultado da logística dos três toques.
Das provas de atletismo – o “DNA” das olimpíadas – em que os atletas participam tendo ao lado os seus adversários, destacamos a corrida de revezamento (4x100) com bastão. Desta modalidade tiramos a lição de que as maiores perdas nas empresas residem na “passagem de bastão” entre os vários departamentos,principalmente, por falhas de comunicação – “o calcanhar de Aquiles” – da gestão.Uma das mais fascinantes provas é a corrida dos 100 metros rasos,que faz o mundo conhecer o filho do vento – o homem mais veloz da terra.
Ele treina durante quatro anos,para vencer uma prova em menos de dez segundos. Esta é maior evidência de que o aperfeiçoamento continuado agrega valor. Revelamos a resposta que um atleta deu ao repórter, quando perguntado sobre quem será o seu maior adversário. Ela veio como uma flecha certeira: “Eu mesmo. Tenho que superar a mim mesmo. Sou o meu único adversário”. Assim, cada um de nós deve encarar a vida. A nossa limitação encontra-se em nossa mente.Para conseguir a superação alguns entendem que a palavra chave é determinação, outros pensamento positivo e,para muitos, o segredo está na fé.
Todos os esportistas que irão competir na Inglaterra são tecnicamente exemplares, mas somente os excepcionais gravarão, com letras douradas, seus nomes na história,provavelmente,por um detalhe – o equilíbrio emocional.Na “olimpíada da vida” uma carreira bem sucedida pode estar numa pequena diferença, por exemplo, “na beleza de ser um eterno aprendiz”.
Como homenagem à Grécia de todos os tempos, encerramos com a “frase imortal” do célebre filósofo Aristóteles (384-322) a.C: - “Só fazemos melhor aquilo que repetidamente insistimos em melhorar.A busca da excelência não deve ser um objetivo e ,sim, um hábito.”
Fonte: Faustino Vicente - Consultor de Empresas e de Órgãos Públicos, Advogado e Professor – e-mail: faustino.vicente@uol.com.br – Jundiaí (Terra da Uva) – São Paulo - Brasil