quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Missão do Japão 03/11/2024: 31º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Marcos 12,28-34) Homilia



“Você não está longe do Reino de Deus”. Foi o que Jesus disse a um mestre da lei depois de ter aprovado o que ele disse.

Por quê? O que ele disse que mereceu aquelas palavras afirmativas de Jesus?

O mestre repetiu o que Jesus disse como uma afirmação da resposta de Jesus, e até acrescentou suas próprias palavras: “mais importante do que qualquer holocausto ou sacrifício”.

Jesus viu no coração do mestre que ele estava falando sério quando disse a Jesus. /O mestre conhecia os mandamentos. Ele estava convencido do valor deles. Tudo o que ele precisava fazer era aplicá-los em sua própria vida.

Neste domingo, não apenas nos lembramos dos dois maiores mandamentos de Jesus. /Mas também somos lembrados de que, em primeiro lugar, é importante que conheçamos os mandamentos de Deus, em especial estes dois, o amor a Deus e o amor ao próximo.

Em segundo lugar, os mandamentos não devem permanecer como mero conhecimento.

Esses mandamentos devem penetrar em nossos corações, ser sentidos como valiosos e significativos, de modo que, convencidos de que esses mandamentos são valiosos, sejamos levados a vivê-los concretamente em nosso dia a dia.

Tenho certeza de que, com nossa catequese e o estudo contínuo de nossa fé católica, temos conhecimento dos mandamentos.

Alguns de nós, talvez, os tenham memorizado.

Muitos de nós sabemos que os maiores desses mandamentos são: Amar a Deus com todo o nosso coração, mente, alma e força e Amar o próximo como a nós mesmos.

Conhecemos de fato os mandamentos? /Eles estão realmente em nosso coração e são valorizados?

Eles estão vivos e são vivenciados em nosso encontro com nossos irmãos e irmãs todos os dias?

Imagine que Jesus está diante de nós hoje e que contamos a Jesus o que sabemos sobre Seus mandamentos, será que Ele também nos dirá: “Vocês não estão longe do Reino de Deus”? 

Amém.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Missão do Japão 27/10/2024: 30º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,46-52) Homilia



Neste domingo, ouvimos uma história inspiradora de uma pessoa cega na época de Jesus.

Mesmo antes do encontro de Bartimeu e Jesus acontecer, Jesus já era o assunto da cidade.

O entusiasmo de Bartimeu para encontrar Jesus cresceu intensamente em seu coração.  Assim como os outros, ele esperava que recebesse um milagre. O milagre de poder enxergar.

Como o desejo era tão intenso, quando Bartimeu soube que Jesus estava por perto, não perdeu tempo. /E gritou com toda a força de sua voz: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim”.

E Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” Bartimeu respondeu imediatamente: “Mestre, que eu veja!”

Na época de Jesus, ter uma deficiência, era um grande problema. As pessoas com deficiência não eram vistas como alguém comum, e não eram bem tratadas, mas excluídas da comunidade.

Quando alguém é deficiente, essa pessoa não é bem tratada. /Por isso, não será difícil entender por que Bartimeu estava tão ansioso para ver e ouvir Jesus.

A partir dessa história de Bartimeu, nosso Senhor nos descreve as qualidades desse cego que o ajudaram a mudar sua vida. Qualidades que, muitas vezes, não existem entre nós ou que, às vezes, de fato rejeitamos.

Em primeiro lugar, na história do cego Bartimeu, é enfatizado que é importante aceitarmos o que está faltando em nós. Mas a aceitação não significa fazer com que acreditemos que já não há esperança.

Se olharmos para a história de Bartimeu, em sua aceitação de sua deficiência, ele não pensou que estava apenas no ponto de ser cego e nada mais. Ele não pensou que não havia mais esperança.

Mesmo que fosse cego fisicamente, Bartimeu não era cego para ver que há esperança em Jesus... e que há uma vida melhor com o Senhor.

Cada um de nós carrega um tipo de dificuldade ou sofrimento na vida. /Mas como os encaramos? /Como aceitamos o fato de nossas dificuldades e sofrimentos na vida?

Vemos isso como uma oportunidade de aprofundar nosso relacionamento com o Senhor? Ou os vemos como punição por nossos pecados?

Muitos de nós fomos incentivados a pedir ajuda, mas deixamos o orgulho dominar nosso coração e acreditamos que não precisamos de ninguém.

Se vemos nossas dificuldades como castigo de Deus, se vemos nossa situação como casos sem esperança, se acreditamos que os outros e até mesmo nosso relacionamento com Jesus não podem nos ajudar a mudar e melhorar, consideremo-nos CEGOS.

Porque se essa é a nossa disposição e crença, então nossos olhos estão fechados para a verdade da misericórdia e do amor de Deus.

Cada momento de nossa vida é um momento em que Jesus passa.

Portanto, cada momento é uma oportunidade de encontrar Jesus.

Todo momento é uma oportunidade de sermos transformados por Jesus.

Só temos de agir. Só temos que fazer a nossa parte. Amém.

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Missão do Japão 20/10/2024: 29º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,35-45) Homilia


Ser reconhecido como importante e grandioso é uma tendência humana. E, por envolver poder, popularidade e prestígio, é realmente uma tentação para muitos.

Essa tentação, de fato, não escapou aos apóstolos. À primeira vista, foram apenas Tiago e João, porque eles expressaram a Jesus seu verdadeiro desejo.

O fato, porém, de os outros dez apóstolos se sentirem mal com os dois irmãos, parecia que eles também tinham essa ambição de estar no topo.

A reação de Jesus, no entanto, a essa atitude de Seus apóstolos não foi de raiva ou frustração contra eles. O que Jesus fez foi tirar proveito da situação para fazê-los entender o verdadeiro significado de liderança.

Jesus queria que Seus apóstolos fizessem o mesmo que Ele.

Ele era um líder que servia e era capaz de lavar e beijar os pés de Seus próprios apóstolos.

Ele era um líder-servo cujas palavras apontavam sempre na mesma direção de suas ações.

O que motivou Jesus a se tornar um líder tão importante para as pessoas de Sua época? Não havia outro motivo ou poder senão o Amor.

Foi esse grande amor que fez com que Jesus se esquecesse de Sua própria condição de Filho de Deus e se oferecesse a serviço do povo de Deus.

Foi por isso que, antes de voltar para o Pai, Jesus enfatizou que era importante que os apóstolos e Seus discípulos amassem uns aos outros.

Esse amor é necessário para poder sustentar a humildade e o altruísmo em nosso trabalho de divulgar e continuar a missão de Cristo.

Hoje, por meio de nossa liturgia, Jesus nos lembra dessa bela característica de sermos cristãos. Que, antes de tudo, como cristãos, somos líderes. E como líderes cristãos, não estamos aqui para abusar do poder.

Estamos aqui para liderar e inspirar outros a continuar a missão de serviço e amor iniciada por nosso Senhor.

Ao continuarmos nossa celebração eucarística hoje, estejamos mais uma vez cientes de que nosso chamado cristão é um chamado à caridade e à missão.

E quando vivermos bem nosso chamado, certamente teremos um lugar garantido no Reino.

Talvez não no lado esquerdo ou direito de Jesus, mas certamente em um lugar com Jesus. Amém

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Missão do Japão 13/10/2024: 28º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,17-30) Homilia


O homem que se aproximou de Jesus era um possível candidato ao discipulado. Mas ele foi embora logo que foi desafiado por Jesus.

Suas riquezas e seu amor por elas o impediram. O motivo foi porque suas posses materiais eram sua segurança.

Quando o homem foi embora, Jesus disse:  “Como é difícil para aqueles que têm riquezas entrar no Reino de Deus!”

Estava Jesus dizendo que uma pessoa rica não poderá entrar no Reino de Deus? Não, claro que não.

O que Jesus está nos dizendo é para sermos cuidadosos. Não é pecado ser rico. Mas se não formos cuidadosos, isso pode ser a fonte de nossa tragédia.

Há três efeitos possíveis se as pessoas forem tão ricas em coisas materiais:

Primeiro, as riquezas incentivam a falsa independência. Se uma pessoa está bem suprida com as coisas do mundo, ela pode pensar que pode enfrentar e dar solução a qualquer situação que possa surgir em sua vida.

Em segundo lugar, as riquezas acorrentam o homem a esta terra.  Se tudo o que uma pessoa precisa está neste mundo, ela não pensará mais em outro “mundo” depois de sua vida na Terra.

Terceiro, as riquezas tendem a tornar a pessoa um ser humano egoísta. Se o homem chega a um ponto em que se sente seguro e confortável, ele pode ter medo do momento em que perderá tudo isso.

É por isso que se diz que “a riqueza material é perigosa”. Porque se uma pessoa se torna muito rica, possuindo muitas coisas materiais, ela corre o risco de pensar que não precisa de ninguém, nem mesmo de Deus.

Portanto, para ter a vida eterna, aumentar nossa riqueza na Terra não é a ação correta.

Hoje, Jesus nos diz que a fé e as boas obras genuínas para ajudar os outros, nos levarão à vida eterna. Quando vivemos como Jesus, provamos que somos herdeiros dignos do Reino de Deus. 

Amém.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Missão do Japão 06/10/2024: 28º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,2-16) Homilia



Quando os fariseus questionaram Jesus sobre a questão do divórcio, a intenção não era aprender mais sobre o assunto. Eles queriam obter a resposta de Jesus sobre o assunto para encontrar uma acusação contra Ele.

Ciente da intenção deles, Jesus respondeu com uma citação do livro do Gênesis: “Desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher... O que Deus uniu, nenhum ser humano deve separar...”. Ele disse que foi justamente por causa da teimosia do coração deles que Moisés permitiu a lei do divórcio.

Usando esse argumento do Livro de Gênesis, Jesus quis enfatizar duas coisas: Primeiro, é importante que as pessoas casadas percebam que Deus tem um belo plano para elas.

Desde que as pessoas casadas se esforcem para proteger e preservar a santidade do casamento, Deus estará lá para lhes dar força e coragem, para que possam enfrentar os desafios da vida conjugal.

Segundo, Jesus não concordava com a lei do divórcio.  Pois para Ele, essa lei promovia a desigualdade. Uma vez que a referida lei, tratava a mulher como uma mera propriedade do homem.  Como uma mercadoria que pode ser descartada de acordo com a vontade do marido.

Aos olhos de Deus, ambos são preciosos.  Ambos são Seus filhos, merecedores de amor e de respeito.

Ao agir desse modo, Jesus quer que entendamos o valor de um belo casamento na preservação da família.

Quando a família - a célula básica da sociedade, é prejudicada, a família maior, a Igreja, certamente também é afetada.

Por isso, a Igreja participa do trabalho de preservação dos casamentos. Vários programas e instituições são criadas para minimizar, se não realmente resolver, o problema do rompimento do casamento.

Jesus é claro quanto ao motivo pelo qual rejeita o divórcio. As pessoas casadas são supostamente agentes de amor e união. Não fontes de mais caos e problemas para a sociedade e para a Igreja.

Portanto, aqueles que optam por se casar devem entender, desde o início, que os votos que fazem não são apenas palavras sem sentido.

O voto é um compromisso. Palavras poderosas para ajudá-los a permanecer fiéis e fortes mesmo em meio aos momentos mais difíceis de sua vida conjugal. 

O casamento é um presente de Deus. É um sacramento do amor de Deus. Cuidem dele. Preservem-no! Amém.