Você tem tudo pronto? Perfeito, convidamos você a começar conosco
esta peregrinação de nove dias pelos caminhos de São Vicente de Paulo. Vamos
lá!
✞ ORAÇÃO PARA TODOS OS DIAS
Oh Deus, Pai Amoroso, que por tua grande bondade
nos chamaste a ser evangelizadores dos pobres,
seguindo os caminhos de teu amado Filho, Jesus Cristo,
ajuda-nos com o exemplo de São Vicente
de Paulo, a sermos diligentes e corajosos diante das necessidades de nossos irmãos,
de coração sensível,
diante das velhas
e novas pobrezas.
Concedei-nos o Espírito
Santo, que nos torna capazes
de anunciar e ser testemunhas do Reino de Deus em
todas as partes do mundo, para que nenhuma periferia
seja privada do alegre anúncio
da salvação.
Que, contemplando o teu Filho feito carne e presente até
hoje no meio de nós, possamos passar
da mesa do altar à mesa dos pobres, para
partilhar com esses que representam o teu Filho, a mensagem libertadora que nos torna irmãos e irmãs,
filhos e caminhantes em busca da paz
e do amor que só o Teu Pai nos dá. Pedimos isso por meio de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
✞ ORAÇÃO À VIRGEM MARIA
(Dos escRiTos de São VicenTe de Paulo)
Bem-aventurada Virgem Maria, ajuda-nos a estar dispostos
a praticar as máximas evangélicas, pedimos-Te que encha nosso espírito
com as virtudes; encha nossos
corações com seu amor, para vivermos conforme
as mesmas. Intercede, oh Mãe, pois, melhor do que ninguém,
penetraste no significado desses ensinamentos e
os praticou. Esperamos que, olhe por nós nesta
caminhada, a fim de que vivamos de acordo com essas máximas, e elas nos sejam favoráveis no tempo e na eternidade (cf. XII, 114-129),
Oh, Virgem Santíssima, roga ao Senhor este favor, pede-lhe a verdadeira
pureza para nós, para toda a Família Vicentina! Este é o pedido que Te fazemos (cf. XI, 447-449). Amém.
Deus te salve….
Glória
ALEGRIAS
“São Vicente de Paulo, acende em nós o fogo da caridade”
Fogo da caridade, do campo à cidade,
como camponês ou tutor; de missionário a fundador. A chama ardente
do seu zelo nos convida
à amizade
Com escravos
e aflitos dando com ardor um amor abrasador.
No horizonte, nos convida a
olhar, amor eficaz reivindicam os pobres.
Que seja nossa caridade
inventiva e fundamentada para dar com paixão
e zelo a Cristo o Pão da Vida.
O povo está faminto
e condenando-se!
É urgente trazer
o pão com justiça, que só
por nosso amor
os pobres
vão nos perdoar
Pai dos pobres,
pregador infatigável de zelo pelas almas, dá-nos o exemplo; para dar aos pobres testemunho confiável
que conduzam os homens ao verdadeiro templo
Ó Vicente de Paulo, que não se encontre em nós um amor subjetivo, mas deve ser uma doação!
Com a força
de nossos braços,
e no rosto
o suor, para mostrar ao próximo o amor
do nosso Deus.
Seus filhos e filhas carregam apaixonadamente
seu arauto, no firmamento poderosa luz do teu amor nos
guia
com a força imperativa de amar sem medo, quem da cruz com amor nos olha.
Missão e Caridade são as asas que te
levaram ao céu.
Á tua entrada, ricos e pobres
te esperavam. Alegres teus filhos,
enquanto Cristo te coroou de louros e
santidade, pai e apóstolo,
a Igreja em ti foi refletida.
✞ ORAÇÃO FINAL
AO CORAÇÃO
DE SÃO VICENTE DE PAULO
Ó Coração de São Vicente de Paulo que tiraste do Sagrado Coração de Jesus, a caridade que
derramaste sobre todas as misérias
morais e físicas do teu tempo, alcança-nos para nunca deixar passar nenhuma
miséria ao nosso lado sem socorrê-la.
Faz com que nossa caridade
seja respeitosa, delicada,
compreensiva, eficaz como foi a tua. Coloca em nossos corações
uma fé viva que nos faça descobrir o Cristo sofredor em nossos irmãos
desventurados.
Enche-nos com o zelo ardente, luminoso, generoso, que nunca encontra dificuldade em servi-los. Nós vos
pedimos, ó Coração de Jesus, por
intercessão daquele cujo coração não batia nem
agia senão por impulso do vosso. Amém
PRIMEIRO DIA PouY- 1581
Escutemos São Vicente: “Falarei com prazer ainda maior das virtudes
das boas aldeãs, pelo conhecimento que delas tenho por experiência e por nascimento,
pois sou filho de um pobre lavrador, e morei no campo até os quinze anos. Além disso, nosso trabalho há muitos anos
tem sido entre os aldeões, a ponto de
ninguém os conhecer melhor do que os sacerdotes
da Missão” (IX/1, p. 92).
A vida de São Vicente de Paulo começa a ser gestada em uma
família camponesa. Seus pais Juan de Paúl e Beltrana
de Moras eram agricultores
e cuidavam de animais, estavam expostos ao cansaço e às exigências do campo. Ali São Vicente aprendeu a ser um homem de ação, de sentido prático
e de amor efetivo. Ele foi um homem treinado
nas duras leis da terra, um homem que teve a clemência do céu, mas também a força de seus braços, por isso em
um de seus escritos dizia: “Amemos a
Deus, irmãos, amemos a Deus, mas que seja à custa dos nossos braços e do suor do
nosso rosto”.
Graças aos seus primeiros anos no campo, São Vicente se forma
numa fé prática, de ações, de uma
existência comprometida com o bem do outro. Para ele, a verdadeira fé se expressa
em ação, em trazer uma tigela de sopa
à mesa. Como camponês, aprendeu a vigiar o céu e a terra, ou seja, que suas horas de oração não os separassem das horas de trabalho.
São Vicente foi educado nas leis da caridade que podem ser
vistas em um ambiente camponês:
hospitalidade, partilha de alimentos, generosidade entre vizinhos, ou seja, o amor vivido em ações concretas.
Inspirado pelo que viveu na infância,
mais tarde apresentará o retrato que fará das Filhas da Caridade, camponesas comprometidas com o serviço.
Perguntas:
•
Quais são as minhas origens? Sou capaz de valorizar a casa e a família em que nasci e cresci?
•
O que São Vicente de Paulo descobriu
em sua família?
•
Que características tinha a região onde nasceu São Vicente?
SEGUNDO DIA
Dax -
1594.
Escutemos São Vicente:
"Lembro-me que, quando jovem, ao acompanhar meu pai à cidade, porque estava
mal vestido e era um tanto coxo,
tinha vergonha de ir com ele e reconhecê-lo como meu pai. Ó miserável! Como fui desobediente!
(XII, 222).
Um pequeno jovem camponês que acaba de deixar seus pais e
irmãos e ingressa no mundo da
educação, é um jovem corajoso, talvez muito mais corajoso do que os jovens de hoje e as crianças que têm medo de
sair de casa para conhecer um mundo
muito maior que eles. Dax, uma cidade muito
perto do mar, é cheia de confortos e uma atmosfera muito diferente da pequena vila francesa de onde vem o nosso jovem Vicente
de Paulo.
Os seus biógrafos
dizem-nos que Vicente é uma pessoa dedicada no estudo,
e é em Dax que conhece o Sr. Cometa, juiz da sua cidade natal, pessoa próxima da sua família, que vendo
as qualidades do nosso jovem santo, apoia, financeiramente, seus estudos e permite que ele seja o instrutor
de seus filhos para lhe ajudar a financiar seu curso escolar.
Mas sua passagem por este mundo, um pouco mais confortável, o
leva a uma de suas crises mais
profundas, faz com que ele se envergonhasse de
seu pobre pai e desejasse
uma vida cheia de confortos
e seguranças temporárias. Ele vai se perder? O que acontecerá com Vicente nesta estrada? Continuemos avançando dia a dia
em busca de seu encontro definitivo
com os pobres.
Perguntas:
• O que mais sabemos
sobre este momento
da vida de São Vicente
de Paulo?
• O que achamos que poderia acontecer
a São Vicente se continuar a sentir vergonha de suas origens?
•
Tive medo de deixar sua cidade ou vila para conhecer
novos lugares ou novas experiências?
TERCEIRO DIA
Saragoça e Toulouse
- 1597-1599
Escutemos São Vicente: “É
a continuação dos trabalhos de Jesus Cristo, e, portanto, a inteligência humana
nada pode a esse respeito, a não ser
estragar tudo, se Deus não coloca nisso a sua mão. Não, senhor Padre, nem a filosofia, nem a teologia,
nem os discursos operam nas almas: é
preciso que Jesus Cristo aja conosco e ou nós com ele, que operemos
nele e ele em nós, que falemos
como ele e no seu Espírito, assim como ele estava em seu Pai e
pregava a doutrina que ele lhe ensinara. É a linguagem
da Sagrada Escritura” (XI, 153).
Desde a infância Vicente foi muito inquieto, primeiro em suas
aventuras com as ovelhas através
de pastagens e pântanos em Pouy e seus arredores. Já imerso nos livros, partiu para Saragoça,
em Aragão, na fronteira com a Espanha, e é muito
provável que sua permanência nas salas
de aula universitárias não tenham durado mais que um ano (1597), pois seu pai faleceu em fevereiro de 1598, o que acelerou
seu retorno para sua terra natal. Retornando à
França, ele vai para Toulouse e lá conclui seus sete anos de estudos
teológicos em 1604.
Todos esses estudos o formaram bem, Vicente mergulhou na
filosofia, na teologia, na Sagrada
Escritura, no direito canônico, na história da Igreja... Nosso futuro santo não foi um padre ignorante, ele foi bem instruído, mas nunca se tornou um intelectual puro,
encontramos nele a ciência sabiamente fundida, com sua experiência prática de gascão e camponês.
O nosso futuro santo nunca imaginou, que a seriedade dos seus
estudos o levaria a trabalhar e
aterrar tanta doutrina na formação do clero, dos seus Missionários, das suas Filhas e de todo um exército
de almas que beberiam
no futuro, dos ensinamentos de sua vida e doutrina. Sim, os caminhos de Deus não são os nossos caminhos.
Perguntas:
•
Como São Vicente me ensina hoje a valorizar
a formação que recebo?
•
Como devemos combinar a ciência humana com a sabedoria de Deus?
• Para o serviço de Deus, em que temos que aprofundar
mais?
QUARTO DIA
Chateau-I'Eveque - 1600
Escutemos São Vicente: “Meus irmãos, quanto o ofício dos eclesiásticos sobrepuja todas as demais dignidades da terra, mesmo a realeza e como deveis conceber uma
profunda estima dos padres, cujo
caráter sagrado é uma participação do sacerdócio eterno do Filho de Deus, que lhes conferiu o poder de sacrificar
o seu próprio corpo e dá-lo em alimento, a fim de viverem eternamente aqueles que dele se nutrirem” (XII, 196).
Não deixa de nos inquietar que o jovem Vicente, com apenas
19 anos de idade, tenha recebido em
Tarbes, bem perto de sua casa, o subdiaconato
e o diaconato em 1598, e no meio de seus estudos inacabados, foi para uma diocese distante, Périgueux, longe de
sua casa e de sua família, e lá no Château l'Eveque,
na capela da residência
rural do bispo, Dom Francesco Bourdeille, foi ordenado sacerdote por este
bispo idoso.
Quaisquer que tenham sido as motivações do jovem Vicente,
já o encontramos ordenado em 1600,
para sempre sacerdote do Deus Altíssimo,
sacerdote para a eternidade.
Aqui começa a peregrinação de um sacerdote, que não tinha as convicções profundas de um ministério tão elevado. É um sacerdote
com motivações muito humanas, diríamos
hoje, com um “ideal ascendente”, na sua expressão
“buscava uma aposentadoria honrosa”, uma vida suave, desejando “ser servido e não servir”.
Até agora, encontramos um santo que não queria ser santo...
Mas o Senhor que “escreve direito em linhas tortas”, com
sua sabedoria, vai purificá-lo para que no futuro não o conheçamos
como Vicente de Paulo, mas sim como São Vicente de Paulo. A obra da graça de Deus, quantas surpresas
nos dá na peregrinação da vida.
Perguntas:
•
Que possíveis motivações levaram
São Vicente a tornar-se sacerdote?
• Como São Vicente viveria
seu sacerdócio hoje?
•
Como encorajar os jovens de hoje a
serem sacerdotes missionários?
QUINTO DIA
Túnis - 1605
Escutemos São Vicente: “Minha situação é tal, numa
palavra, que, em Roma, onde continuo
meus estudos, estou sendo mantido pelo Monsenhor
Vice-legado que estava em Avinhão. Ele me dá a honra de me querer bem e de desejar meu progresso, porque lhe
ensinei muitas coisas belas e curiosas que aprendi, durante
o meu cativeiro, daquele velho turco a quem fui vendido, conforme vos escrevi”
(I, 2).
Como muitos outros cristãos que habitaram terras europeias e embarcaram
no mar para se deslocar de um lugar para outro, São Vicente enfrentou a grande prova do cativeiro e da escravidão, o jovem padre francês não imaginava que ao
viajar para receber uma herança concedida
por uma boa mulher em Castres (cidade
francesa), no retorno, sofreria um assalto, por turcos, o barco que o trazia
à Toulouse (França),
cidade onde estudou
teologia. O cativeiro
o levou para a Tunísia,
norte da África,
onde foi acorrentado e desfilou pela cidade para
ser vendido pelo maior lance.
Esta experiência, sem dúvida, se refletirá na grande preocupação de São Vicente
pelos prisioneiros, especialmente os das galés (navios usados como prisões),
que sofrem grande desconforto, dor e
tristeza de seu cativeiro. Tanto os sacerdotes da Congregação como as Filhas
da Caridade estarão
prontos a servir
estes irmãos.
Perguntas:
•
Você coloca seus problemas e
dificuldades nas mãos de Deus com
esperança, ou pelo contrário, você se desespera e sua fé enfraquece?
•
Quais são as
"escravidões" que você tem amarrado à sua vida neste momento
e não permite que você confie plenamente em Deus como fez São Vicente?
SEXTO DIA
Roma e Paris -
1607
Escutemos São Vicente: “A água de um grande pântano, por estar sempre parada, se corrompe, torna-se
lodosa e fétida.
Pelo contrário, as ribeiras e
as fontes que correm com rapidez entre as pedras e os rochedos
mantêm suas águas belas e sadias. Ora, quem
não haveria de preferir, a este preço, ser antes arroio do que charco?
Importa não nos espantarmos com nos desgostar
das mesma coisas, visto que somos compostos
da mesma maneira”
(XI, 103).
Neste sexto dia de nossa novena, e depois da grande prova
do cativeiro e escravidão de São
Vicente na África, voltamos agora nosso
olhar para a capital da França: Paris. São Vicente chega a Paris no final de 1608 com o desejo de não
passar muito tempo ali, o que não
sabia era que sua permanência na grande cidade francesa duraria quase toda a sua vida.
Ali São Vicente viveu grandes
acontecimentos que marcaram significativamente sua vida e seu processo
de conversão. Ele também conheceu
personalidades
ilustres como Monsenhor de Berulle e São Francisco de
Sales, que contribuíram com grandes
qualidades para sua personalidade. Em Paris,
São Vicente experimentaria a injusta e falsa acusação de roubo e seus primeiros passos para a conversão que transformaria definitivamente sua vida.
Depois de uma curta estadia em Roma, ele parte para chegar
à capital da França: Paris. Ele não
pretendia passar muito tempo lá, querendo estar com sua família depois de seus dois anos de ausência
inadvertida; o que ele não sabia era que a Divina Providência tinha planos muito diferentes
dos seus, e seria nesta cidade que sua mentalidade mudaria completamente. Muitas experiências tiveram
sua origem ali, mas a primeira, após sua chegada em 1608, não seria a melhor. Sem
dinheiro, Vicente fica em uma casa
simples, onde dividia um quarto com um conterrâneo, um juiz da pequena
cidade de Sore.
Perguntas:
•
Como a história de São Vicente
se relaciona com momentos de sua vida pessoal?
•
Quantas vezes você tem sentimento de tristeza ou crise de fé?
• O que você aprendeu
nestes dias de novena?
SÉTIMO DIA
Folleville e Chatillon les Dombes - 1617
Escutemos São Vicente: “Por que motivo, meus Senhores,
pensais vós que Nosso Senhor tenha
querido que seus discípulos fossem enviados
dois a dois? Foi porque, assim como recomendou a cada qual exercesse a caridade para com o próximo, e o próximo supõe uma segunda pessoa,
assim, também os enviou dois a dois, a fim de que ambos se estimulassem continuamente à mútua caridade,
e
que, se um deles caísse, tivesse
quem o levantasse, ou o encorajasse
em seus trabalhos, se estivesse prostrado de cansaço” (XI, 155).
A confissão do camponês de Gannes-Folleville, que todos consideravam um homem bom, honesto e virtuoso e que se declarava condenado
se não fosse por essa confissão, foi uma grande revelação para Vicente de Paulo:
dedicar-se completamente à
evangelização dos pobres rurais. Tais são os desígnios do Senhor que, através das pessoas e dos acontecimentos, nos ensina sua Vontade e nos mostra os caminhos
que somos chamados
a percorrer e que nos conduzem
à santificação de nossas vidas. Além disso,
esta confissão do camponês fez com que Vicente pregasse em 25 de janeiro de 1617, na festa da conversão de São Paulo, o "primeiro Sermão da Missão" chamando à conversão; Deus abençoou suas
palavras e as pessoas se reuniram para a confissão. Que alegria para todo este povo voltar seus corações a Deus e encontrar
em Vicente e outros sacerdotes que o ajudaram,
o instrumento do perdão e da misericórdia
divina.
Em Chatillon-les-Dombes foi através de uma família muito
pobre, onde todos os seus membros estavam
doentes, famintos e sem ninguém para ajudá-los, que Vicente
descobriu outro chamado de Deus:
dedicar-se ao cuidado material dos pobres organizando a caridade. Em 20 de agosto de 1617, foi informado do estado desta família e, deixando-se tocar no coração,
fez um apelo à caridade. A resposta foi tão grande que as pessoas iam e vinham trazendo provisões para a referida
família. Lá ele decidiu criar as Irmandades de Caridade (atualmente,
Associação Internacional de Caridade
- AIC) para que a ajuda aos pobres fosse feita de forma organizada. Que ideias magníficas o Senhor revela a quem ouve a voz dos pobres e se mobiliza para
responder às suas necessidades. Hoje,
não só a AIC realiza um belo trabalho de serviço seguindo o exemplo
de Vicente, mas também muitas outras Associações e toda
a Família Vicentina se sente chamada a esta grande vocação
de serviço, amor, generosidade e
ajuda mútua, porque "os pobres eles nos
evangelizam” e continuam a nos mostrar o rosto sofredor de Cristo.
Perguntas:
•
Busco confissão e minha própria conversão como o camponês
de Gannes?
•
Sinto-me chamado ao servir como o descobriu e fez Vicente de Paulo?
•
Como estou respondendo ou como posso
responder às necessidades dos pobres?
OITAVO DIA
Marselha - 1618
Escutemos São Vicente: “Quem, pois, não vê que a
mortificação deva ser inseparável de
um missionário, para agir não só com o pobre
povo, mas também com os retirantes, ordinandos, forçados e escravos? Realmente, se não somos
mortificados, como acolher o que temos
que suportar nesses
diversos ministérios?” (XII,
211).
Seguindo os passos de São Vicente, encontramos hoje um dinamismo
missionário acompanhado de uma preocupação por todas as
realidades de pobreza de seu tempo. É vendo a realidade dos presos nas galés, em sua viagem a Marselha, onde há uma cena particularmente heroica, ali Vicente
toma o lugar de um dos prisioneiros para sentir o sofrimento em
primeira mão. Mas ele não está
sozinho nisso, graças à sua gestão, ele ajuda esses presos a terem um lugar mais digno para viver. Os sacerdotes da Congregação os
assistiam espiritualmente junto com as Filhas da Caridade.
E tanto é o fervor que São Vicente desperta, que cada vez
mais pessoas aderem a este apostolado entre os pobres,
abrem-se irmandades em toda a
França; Santa Luísa fica depois encarregada de
visitá-las, cuidando das vítimas da guerra em região fronteiriça da Lorena, preocupa-se com os enjeitados
ou crianças abandonadas que são
jogadas nas ruas mesmo no inverno, comove-se com a fome dos idosos, o sofrimento das mães, há muitas realidades de miséria,
mas ele não se detêm.
Perguntas:
•
Quais são as novas formas de pobreza que temos em nosso tempo?
•
Meu apostolado é dinâmico, seguindo o exemplo
de São Vicente?
• Consegui sair em missão e levar o Evangelho
a outros irmãos?
NONO DIA
São Lázaro - 1660
Escutemos a São Vicente: “Eu mesmo, embora velho e na idade em que estou, não posso deixar de ter dentro de mim estas
disposições, até mesmo a de ir para as Índias, a fim de conquistar almas para Deus, mesmo que devesse morrer
pelo caminho ou no navio” (XI, 167).
São Vicente nunca deixa de nos surpreender, não só aquela caridade
que irradiava em todos os homens e mulheres do seu tempo, mas também nos hospitais, orfanatos e escolas. Seu espírito fervoroso, mesmo nos últimos
dias de sua vida, percorreu
um longo caminho, centenas de
milhares de quilômetros em busca de Jesus
Cristo, aquele que encontrou na pessoa dos mais pobres, dos vulneráveis, dos simples de coração.
Mas São Vicente teve uma audácia como nenhuma outra: seus amigos pobres foram atendidos graças a
todos os esforços que São Vicente fez com as classes altas
e ricas de seu tempo,
ele foi estimado pelo rei e pela corte real, ele
foi um amigo dos mais altos funcionários; mas continuava simples, a ponto de usar orgulhosamente sua batina um pouco gasta e
surrada.
Mas, chegou a hora de nos despedirmos do nosso pai Vicente
deste mundo temporário, ele fará uma
peregrinação à Missão do Céu, de lá continuará abençoando e acompanhando todas as obras que foram confiadas ao seu patrocínio, “aqui estão em seu quarto em São Lázaro, enquanto todos os seus filhos
e filhas espirituais o lamentam” e
nós mais adiante no tempo, estamos profundamente felizes em celebrar
sua festa amanhã.
Perguntas:
• O que aprendi nesta peregrinação com São Vicente?
• Como quero passar o resto dos meus dias?
•
Sinto-me confiante de que Jesus guiará constantemente meus passos?
CANTOS A VICENTE DE PAULO
Em Português: http://vocacaovicentina.blogspot.com/2016/07/musicas-vicentinas-cifradas.html