sábado, 19 de outubro de 2019

Exercício de Homilética: 29º Dom. Tempo Comum


29º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária)
Ex 17,8-13a, Sl 120 (121), 2 Tim 3,14-4,2 e Lc 18,1-8

Fé – Oração – Justiça – Missão



Iniciar convidando o povo a cantar juntos:
 “Unidos pela força da oração, ungidos pelo espírito da missão, vamos juntos construir, uma Igreja em ação.”

A Palavra que a liturgia de hoje nos apresenta convida-nos a manter com Deus uma relação estreita. Apresentando como temas centrais a oração, a e a missão, permeadas pelo viés da justiça, que disposto a nos salvar, Deus está sempre pronto anos fazer! 

O Evangelho traz tem duas partes distintas:
·        A 1ª está para a necessidade de orar sempre, representada pela parábola da viúva insistente que faz o juiz injusto atuar em seu favor.
·        A 2ª, para a necessidade de manter a fé, quando o próprio Jesus nos explica a parábola.
Vemos assim que Deus não está ausente nem fica insensível diante do sofrimento do seu Povo… Saibamos pois, que Deus nos ama e que tem um projeto de salvação para todos nós; e essa descoberta só se pode fazer através da oração, de um diálogo contínuo e perseverante com Deus.
A primeira leitura narra a vitória de Israel contra os amalecitas, graças às orações de Moisés, que de braços levantados rogava a Deus pelo seu povo. Dando-nos a entender que Deus intervém no mundo e o salva servindo-Se, muitas vezes, da ação do homem; mas, para que o homem possa ganhar as duras batalhas da existência, ele tem que contar com a ajuda e a força de Deus… Ora, essa ajuda e essa força brotam da oração, do diálogo com Ele.
Na segunda leitura, Paulo aconselha Timóteo a permanecer firme em Deus e em Sua verdade.   E apresenta uma outra fonte privilegiada de encontro entre Deus e o homem: a Escritura Sagrada… Sendo que a Palavra com que Deus indica aos homens o caminho da vida plena, deve assumir um lugar preponderante na experiência cristã.

Ciente de que como disse Jesus: mais do que aquele juiz, Deus nos fará justiça e o fará bem depressa. Reflitamos:
1. A partir da minha realidade hoje: identifico-me com a viúva humilde e necessitada de Deus ou com o juiz prepotente, cheio de si?
2. Como é minha oração a Deus? Confio a ele minha vida, minhas necessidades?
3. Peço sua sabedoria para fazer sua santa vontade, ou quero que Deus faça as minhas?
4. Em que situações me custa orar sem desanimar?
Lembremos o que nos diz São Vicente: “Deus não se nega em nos atender, quando rezamos com humildade e confiança”. Portanto, não desanimemos!

Hoje também a nossa Igreja celebra o Dia Mundial das Missões e da Obra Pontifícia da Infância Missionária. A igreja é essencialmente missionária. E vale lembrar que ela nasce da missão de Jesus e de seus discípulos, não o contrário!
O Papa Francisco tem insistido numa Igreja Missionária, de portas abertas, em saída. Legado deixado por Jesus e aderido por muitos, no decorrer da história, tal como, para citar alguns: São Vicente de Paulo, Santa Terezinha do Menino Jesus e São Francisco Xavier. Cada um, a seu modo, fez a missão de Deus acontecer no mundo.   
Nesse mês de outubro, estamos vivendo o Mês Extraordinário Missionário, convocado pelo Papa Francisco no ano passado, que tem como objetivo: “nutrir o ardor da atividade evangelizadora da Igreja ad gentes.”


Aqui temos a logomarca desse mês missionário, que também traz uma mensagem:
Cruz Missionária: que acolhe o mundo, interliga os povos, estabelecendo a comunicação. É sinal da comunhão entre Deus e os homens devido à universalidade da nossa missão. A Cruz é luminosa, cheia de cor, sinal da vitória e da Ressurreição.
Mundo Transparente: significando que a nossa ação de evangelização não tem barreiras: é fruto do Espírito Santo. É como o amor de Jesus que não conhece nem fronteiras.
Palavras “batizados e enviados”: do lado da Cruz brota o Batismo, para salvação do mundo a que somos enviados a anunciar o Evangelho de Jesus. É a Igreja de Cristo em ação!
As cores da Cruz: representam os cinco continentes: o vermelho: América, verde: África, branco: Europa, amarelo: Ásia e azul Oceania. Cada cor tem um significado simbólico que torna possível a ligação entre os continentes através dos povos, na comunhão de Deus com a Humanidade.

Concluiremos nossa fala matizando que para fazer justiça meio às necessidades dos mais pobres hoje - tal como fez aquele juiz e, continuamente, faz Deus, podemos realizar três movimentos:
1. Rezar com confiança e sem desanimar. Muitos são os modelos de orações que temos, desde aquela espontânea - que nasce do fundo de nosso coração (diálogo com Deus) até as pré-formuladas, como o Rosário de Nossa Senhora (incluso mês estamos celebrando)
2. Alimentar nossa fé por meio do contato com a Palavra de Deus. Lendo diariamente a Bíblia, participando das celebrações da Comunidade e engajando-se nos círculos bíblicos que estão sendo formados em nossa Paróquia.
3. Realizar a missão que todo cristão é chamado a fazer a partir do batismo, esse anúncio de Jesus Cristo pode se dá pelo nosso testemunho desde pequenos gestos dentro de nossa própria casa/família/comunidade ou a partir de um grupo específico tal como é o MISEVI, que inclusive dessa paróquia já foram enviados muitos missionários às SMPV realizadas pela Família Vicentina do Regional Belo Horizonte em diferentes paróquias do País. Uma prática que muitos de nós aqui presentes poderemos retomar. Vale muito a pena!

A missão de evangelizar é de todos nós! Eu, você, nós somos sempre uma missão, e o somos, porque somos fruto do amor de Deus. Quem ama, põe-se em movimento, dá-se ao outro e tece relações que geram vida.


Voltemos nosso olhar, a essa imagem de Nossa Senhora, e peçamos: “Maria, nossa Mãe,/ Tu que desde a anunciação/ te colocaste em movimento,/ envolvendo-te totalmente na missão de Jesus;/ missão que, ao pé da cruz,/ haveria de se tornar também a Tua./ Ajuda-nos, a como Tu,/ gerar no mundo,/ pela fé e pelo Espírito,/ novos filhos e filhas para Deus.”/ Amém!