domingo, 26 de janeiro de 2025

Santas Missões Populares Vicentinas em Itapuã do Oeste – RO, 2025


 

A Paróquia N. Sra. Lourdes de Itapuã do Oeste–RO, região amazônica, conduzida pelos coirmãos, Pe. Paulo Silva, CM (Superior), Pe. Alex Reis, CM (Pároco) e Pe. Adriano Pires, CM (Ecônomo), recebeu às Santas Missões Populares Vicentinas como parte da celebração oficial da PBCM dos 400 anos da fundação da Congregação da Missão.


 

A missa de acolhida e envio dos missionários aconteceu dia 16, às 19h30, na igreja de N. Sra. Lourdes em Itapuã. Na oportunidade, a paróquia acolheu também a relíquia e imagem peregrina de São Vicente de Paulo, quando eu expliquei que tanto essas missões quanto a visita da imagem são atividades que aludem aos 400 anos de fundação jurídica da Congregação da Missão a ser cumprido no próximo dia 17/04/2025, bem como explicou que o Papa Francisco concedeu à Congregação indulgências plenárias, podendo adquiri-las os fiéis que realizarem: a) confissão sacramental, b) comunhão eucarística, c) oração pelas intenções do Sumo Pontífice e d) trazer no coração verdadeiro arrependimento e recusa de qualquer pecado. Depois da missa, os missionários: Mirna, Selene, Ir. Janaina, Fráter Dominikus, Pe. Ezequiel, Pe. Paulo, Pe. Vanderlei e eu (Pe. Cleber), fomos levados até as comunidades da paróquia, onde desenvolvíamos nossos trabalhos.


 

Ao Fráter Dominikus e a mim, tocou a zona rural de Itapuã, que, no Estado, é conhecida por “linha.”

  • No dia 17/01/2025, acompanhados pelos anfitriões e missionários locais, Lucimar e Dilei, visitamos 10 famílias e à tardinha, rezamos um terço na Comunidade N. Sra. Fátima.
  • No dia 18, também acompanhados por Lucimar e Dilei, visitamos 05 famílias, e à noite reunimos os fiéis na capela Cristo Redentor para formação sobre Liturgia com a participação de 12 pessoas.
  • No dia 19, rezamos missa, às 10h, seguida de almoço partilhado, encerrando assim às santas missões na comunidade Cristo Redentor. Depois do almoço, nos dirigimos para a Comunidade N. Sra. dos Migrantes. Já no local, rezamos também a missa do domingo, com a comunidade Migrantes, às 17h.
  • No dia 20, acompanhados pelo missionário local, Nelson, visitamos 10 famílias. Às 19h nos reunimos na casa da dona Leide e do senhor Valdemar para rezar um terço.
  • No dia 21, na companhia do senhor Benedito e de sua filha Neide – coordenadora da comunidade, visitamos 04 famílias, fomos em outras casas, mas estavam fechadas. Às 19h, ministramos formação sobre a Liturgia com a participação de 15 pessoas.
  • No dia 22, o senhor Odelino nos guiou pela linha azul, onde visitamos, com sua esposa e nora, 06 famílias, uma casa não podemos visitar, pois estava fechada. Às 19h, ministramos formação sobre a Celebração da Palavra em Migrantes, com a participação de 12 pessoas. Momentos em que também agradecemos a oportunidade de servir e nos despedimos da comunidade. Neste dia, nos unimos à Leidiane, uma de nossas anfitriãs, na Migrantes, para rezar um terço pelos jovens. Esse terço é uma atividade pastoral espiritual de iniciativa do Pe. Alex Reis, CM, pároco de Itapuã, que reúne pessoas de diferentes locais em “Torres de Intercessão.” As torres ou grupos de intercessão são formados por pessoas, especialmente convidadas pelo Pe. Alex, que rezam pedindo por uma dimensão específica da sociedade e/ou da igreja. Conforme dona Joice: “Cada torre deve ter pelo menos 07 pessoas, de modo que corresponda um terço por semana. Cada grupo tem a pessoa que é a torre e os intercessores. Cada torre reza por uma intenção: jovens, vocações, paroquianos, famílias, etc. Todos rezam e postam no grupo de WhatsApp que cumpriram a tarefa. A pessoa responsável pela torre e/ou o padre agradece e motiva o grupo a seguir sua missão.”
  • No dia 23, com Nelson, retornamos a duas residências, uma que estava fechada e outra onde havíamos rezado o terço, ali fizemos a visita com aspersão de água benta como de costume. Logo tivemos o almoço de despedida na casa da Natália, foi uma cerimônia mais privada, uma vez que não se podia fazer na comunidade com a presença de mais pessoas, já que tinham alguns casos de COVID-19 na região. Às 14h, retornamos à Itapuã.

Os outros três grupos de missionários fizeram um trabalho semelhante em outras áreas. O grupo que permaneceu na sede paroquial chegou a formalizar a criação de um núcleo das Missionários Leigos Vicentinos – MISEVI.

 


A realidade missionada é bastante acolhedora. Ainda que tenha uma presença grande de evangélicos, ou por ser dias feriais e estarem ocupados com seus afazeres. Fomos bem recebidos. Os residentes são provenientes do Paraná, São Paulo, Minas Gerais ou Bahia. A região apresenta boa condição social, econômica, cultural e até religiosa; ainda que também tenha uma realidade de pobreza latente. Um povo trabalhador, aberto ao novo e agradecido pela presença diferenciada dos Padres e Irmãos Vicentinos na Paróquia. Encontramos pessoas dispostas a fazer um Reino de Deus acontecer.


 

No dia 24/01/2025 a coordenação local preparou para os missionários de fora um passeio à Porto Velho: visita ao Memorial Rondon, Catedral Diocesana, complexo Madeira-Mamoré e passeio de barco pelo rio Madeira.

 


No dia 25, retiramo-nos a um sítio nas imediações da cidade de Itapuã, para fazer a avaliação das missões, seguida de um almoço no local. À noite, tivemos a missa de encerramento desse tempo de missões com a presença de representantes de todas as comunidades ou linhas missionadas, que prestaram uma homenagem aos missionários. Na missa, o presidente Pe. Adriano fez alusão ao aniversário de fundação carismática da Congregação da Missão: 408 anos, agradeceu pela visita da relíquia e imagem peregrinas de São Vicente de Paulo, pedindo que eu explicasse um pouco sobre a veneração às relíquias.

 


Em poucas palavras externei que na Igreja Católica ,as relíquias são objetos preservados para efeitos de veneração, são partes do corpo de um personagem sagrado. A primeira relíquia cultuada na história foi a de São Policarpo (Turquia, 156) Na Idade Média, período de construção de catedrais, o culto das relíquias atingiu o seu auge. As relíquias são classificadas em 1ª Classe: parte do corpo de um santo (ossos, cabelo, sangue, etc.); 2ª Classe, objetos pessoais de um santo (roupa, um cajado, os pregos da cruz, etc.), ou 3ª Classe, inclui pedaços de tecido que tocaram no corpo do santo ou no relicário onde uma porção do seu corpo está conservada. É proibido, sob pena de excomunhão, vender, trocar ou exibir para fins lucrativos relíquias de primeira e segunda classe. Conclui informando que há muitas relíquias de São Vicente de Paulo espalhadas pelo mundo: grande parte de seu corpo está na capela da Casa Mãe da Congregação da Missão em Paris; seu coração, na Capela das Aparições de N. Sra. das Graças também na França; o fragmento em sangue do Santo, agora em exposição, foi trazido de Paris (França) ao Brasil pelos Padres Lazaristas (Missionários Vicentinos), no final do século XIX e atualmente está sobre a responsabilidade do Colégio São Vicente de Paulo, Rio de Janeiro - RJ.

 


Na manhã do dia 26, a primeira leva de missionários retornou às suas casas em Belo Horizonte – MG. Eu, com os demais padres missionários e a Ir. Janaina, FC ficamos um pouco mais, participamos da missa de envio do Pe. Adriano, que passaria a servir na formação dos nossos em Belo Horizonte. 



Eu tive a alegria de fazer a homilia dessa missa, discorrendo sobre o Domingo da Palavra de Deus e a Missão de Jesus que também é nossa, bem como agradeci a Deus, a PBCM e a Paróquia de Itapuã pela realização das missões e pela vocação do Pe. Adriano, CM.


A missão popular vicentina nas linhas de Itapuã do Oeste foi uma experiência de fé, partilha e presença do amor de Deus junto a Seu povo. Vimos caridade em tudo, no abraço acolhedor dos coirmãos, na disponibilidade em servir dos missionários locais, nas diferentes iguarias preparadas pelas famílias para alimentar bem os missionários. Acreditamos que nossa presença fortaleceu a esperança do povo em dias melhores; onde a bênção de Deus veio, encontrou lugar e ficou, contemplando com Sua graça a todos que vivem com alegria os jubileus dos 400 anos de fundação jurídica da Congregação da Missão e da Igreja, revestidos de Cristo e peregrinando em Sua esperança. 















quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

Missão do Japão 12/01/2025: Batismo do Senhor, Festa | Domingo| ANO C (Lc 3,15-16.21-22) Homilia



No domingo passado, celebramos a festa da Epifania de nosso Senhor.  Deus se mostrou ao povo por meio do menino Jesus.

Desta vez, Jesus está sendo apresentado a nós, não apenas como o Messias, mas como o Filho de quem o Pai se agrada. Jesus é apresentado como cheio do Espírito Santo e agora pronto para fazer e cumprir a vontade do Pai.

O batismo que Ele realizou com João Batista foi uma prova de Sua humildade. Ele sabia muito bem que o batismo de João era um batismo de arrependimento. Era um ato para pedir perdão pelos pecados cometidos.  Ele sabia que não era necessário, mas mesmo assim o fez.

Mas essa verdade não impediu Jesus de ser batizado por João. Isso não importava para Jesus, porque a razão e a sabedoria por trás dessa ação eram conhecidas por Ele.

Primeiro, era seguir a vontade do Pai. Segundo, foi para dar o exemplo de seguir a Lei de Israel como um verdadeiro israelita. Terceiro, foi para mostrar ao povo que, mesmo sem pecado, Ele estava aqui, aceitando e assumindo a responsabilidade pelos pecados do povo para redimir o povo.

Na festa de hoje do Batismo do Senhor, estamos sendo informados de como Jesus começou Sua missão da maneira certa. Com o Espírito Santo descendo sobre Ele, isso mostra que Jesus está muito cheio do Amor e da Orientação do Pai ao cumprir Sua obra de salvação.

Queridos irmãos e irmãs, assim como Jesus, nós também fomos escolhidos para nos tornarmos filhos de Deus.

Nós nos tornamos irmãos e irmãs de Jesus quando ocorreu o abençoado dia de nosso próprio batismo.

Durante esse evento importante, fomos feitos, ou melhor, tornarmo-nos herdeiros do Reino.

O Espírito Santo também veio e habitou em nós, criando-nos para sermos Templos do Espírito Santo. E por causa disso, certamente, também nos tornamos agradáveis ao Pai.

Agora, com o passar do tempo, depois do nosso batismo, você acha que ainda estamos agradando ao Pai? Fazemos somente as coisas que O agrada?

Podemos dizer honestamente que, como Jesus, temos sido filhos fiéis de Deus?

As graças de nosso batismo ainda estão agindo em nós?

Amém.

domingo, 5 de janeiro de 2025

Benção do Giz na Epifania

 


V/. A nossa proteção está no Nome do Senhor.

R/. Que fez o céu e a terra.


V/. O Senhor esteja convosco.

R/. Ele está no meio de nós.


Oremos

Abençoai + Senhor, está criatura, o giz, para que contribua à salvação do gênero humano e concede-nos que, pela invocação do teu santíssimo Nome, todos os que o utilizem ou escrevam com ele nas portas de sua casa os nomes de teus santos Gaspar, Melchior e Baltazar, por sua intercessão e seus méritos, recebam a saúde do corpo e a proteção da alma. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. 

R/. Amém.


Obs.: Aspergir com Água Benta.


*20 + C + M + B + 25* 


" *Christus Mansionem Benedicat* "

(Cristo abençoe esta casa)


💫 🐪

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Missão do Japão 05/01/2025: Epifania do Senhor, Solenidade | Domingo| ANO C (Mt 2,1-12) Homilia



Mais uma vez ouvimos, nesta festa da Epifania do Senhor,  o bonito relato da viagem dos três reis magos.  Isso foi para visitar e prestar homenagem ao recém-nascido Jesus.

Os três reis magos, ao saberem do nascimento de Jesus, procuraram por ele e, orientados pela estrela, encontraram o menino e seus pais em um lugar improvável para um rei.

Essa bela história nos fala de alguns pontos importantes a serem ponderados.

Primeiro, no momento em que os três sábios souberam do nascimento do rei recém-nascido, os três homens viajaram para longe em busca do menino Jesus. Isso nos ensina uma bela lição. O próprio Deus enviará uma “estrela” para conduzir até Ele, quem o busca O que é necessário é que o buscador siga o guia que Deus lhe enviou.

Em segundo lugar, depois de encontrar Jesus e experimentar Sua presença, os três sábios escolheram um caminho diferente para voltar a seus reinos. Porque voltar pelo mesmo caminho significaria perigo para o Menino Jesus. Isso nos ensina que, uma vez encontrando Jesus e experimentando a bondade deste encontro, nossa direção na vida deve ser mudada. Porque se ainda voltarmos a viver como antes, o perigo de voltar ao nosso antigo eu e o perigo de perder Jesus é uma grande possibilidade.

Terceiro, o nascimento do Senhor é uma bênção não exclusiva para aqueles que já são crentes. Os três reis magos eram pagãos, mas Jesus se mostrou a eles.  Sem forçar nossa crença em Jesus àqueles cuja fé é diferente da nossa, apresentamos nosso cristianismo por meio de nossas próprias boas obras simples e exemplos humildes.

Nesta festa da Epifania do Senhor, que sejamos lembrados de que, de fato, o próprio Jesus quer que O encontremos. Ele mesmo nos mostrará maneiras e meios de nos ajudar a encontrá-Lo. Quando O encontremos, permitamos que essa experiência nos mude e nos renove. E que essa bênção de renovação leve outros a descobrir e encontrar Jesus por meio de nós. Amém.