quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Missão do Japão 20/10/2024: 29º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,35-45) Homilia


Ser reconhecido como importante e grandioso é uma tendência humana. E, por envolver poder, popularidade e prestígio, é realmente uma tentação para muitos.

Essa tentação, de fato, não escapou aos apóstolos. À primeira vista, foram apenas Tiago e João, porque eles expressaram a Jesus seu verdadeiro desejo.

O fato, porém, de os outros dez apóstolos se sentirem mal com os dois irmãos, parecia que eles também tinham essa ambição de estar no topo.

A reação de Jesus, no entanto, a essa atitude de Seus apóstolos não foi de raiva ou frustração contra eles. O que Jesus fez foi tirar proveito da situação para fazê-los entender o verdadeiro significado de liderança.

Jesus queria que Seus apóstolos fizessem o mesmo que Ele.

Ele era um líder que servia e era capaz de lavar e beijar os pés de Seus próprios apóstolos.

Ele era um líder-servo cujas palavras apontavam sempre na mesma direção de suas ações.

O que motivou Jesus a se tornar um líder tão importante para as pessoas de Sua época? Não havia outro motivo ou poder senão o Amor.

Foi esse grande amor que fez com que Jesus se esquecesse de Sua própria condição de Filho de Deus e se oferecesse a serviço do povo de Deus.

Foi por isso que, antes de voltar para o Pai, Jesus enfatizou que era importante que os apóstolos e Seus discípulos amassem uns aos outros.

Esse amor é necessário para poder sustentar a humildade e o altruísmo em nosso trabalho de divulgar e continuar a missão de Cristo.

Hoje, por meio de nossa liturgia, Jesus nos lembra dessa bela característica de sermos cristãos. Que, antes de tudo, como cristãos, somos líderes. E como líderes cristãos, não estamos aqui para abusar do poder.

Estamos aqui para liderar e inspirar outros a continuar a missão de serviço e amor iniciada por nosso Senhor.

Ao continuarmos nossa celebração eucarística hoje, estejamos mais uma vez cientes de que nosso chamado cristão é um chamado à caridade e à missão.

E quando vivermos bem nosso chamado, certamente teremos um lugar garantido no Reino.

Talvez não no lado esquerdo ou direito de Jesus, mas certamente em um lugar com Jesus. Amém

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Missão do Japão 13/10/2024: 28º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,17-30) Homilia


O homem que se aproximou de Jesus era um possível candidato ao discipulado. Mas ele foi embora logo que foi desafiado por Jesus.

Suas riquezas e seu amor por elas o impediram. O motivo foi porque suas posses materiais eram sua segurança.

Quando o homem foi embora, Jesus disse:  “Como é difícil para aqueles que têm riquezas entrar no Reino de Deus!”

Estava Jesus dizendo que uma pessoa rica não poderá entrar no Reino de Deus? Não, claro que não.

O que Jesus está nos dizendo é para sermos cuidadosos. Não é pecado ser rico. Mas se não formos cuidadosos, isso pode ser a fonte de nossa tragédia.

Há três efeitos possíveis se as pessoas forem tão ricas em coisas materiais:

Primeiro, as riquezas incentivam a falsa independência. Se uma pessoa está bem suprida com as coisas do mundo, ela pode pensar que pode enfrentar e dar solução a qualquer situação que possa surgir em sua vida.

Em segundo lugar, as riquezas acorrentam o homem a esta terra.  Se tudo o que uma pessoa precisa está neste mundo, ela não pensará mais em outro “mundo” depois de sua vida na Terra.

Terceiro, as riquezas tendem a tornar a pessoa um ser humano egoísta. Se o homem chega a um ponto em que se sente seguro e confortável, ele pode ter medo do momento em que perderá tudo isso.

É por isso que se diz que “a riqueza material é perigosa”. Porque se uma pessoa se torna muito rica, possuindo muitas coisas materiais, ela corre o risco de pensar que não precisa de ninguém, nem mesmo de Deus.

Portanto, para ter a vida eterna, aumentar nossa riqueza na Terra não é a ação correta.

Hoje, Jesus nos diz que a fé e as boas obras genuínas para ajudar os outros, nos levarão à vida eterna. Quando vivemos como Jesus, provamos que somos herdeiros dignos do Reino de Deus. 

Amém.

terça-feira, 1 de outubro de 2024

Missão do Japão 06/10/2024: 28º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 10,2-16) Homilia



Quando os fariseus questionaram Jesus sobre a questão do divórcio, a intenção não era aprender mais sobre o assunto. Eles queriam obter a resposta de Jesus sobre o assunto para encontrar uma acusação contra Ele.

Ciente da intenção deles, Jesus respondeu com uma citação do livro do Gênesis: “Desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher... O que Deus uniu, nenhum ser humano deve separar...”. Ele disse que foi justamente por causa da teimosia do coração deles que Moisés permitiu a lei do divórcio.

Usando esse argumento do Livro de Gênesis, Jesus quis enfatizar duas coisas: Primeiro, é importante que as pessoas casadas percebam que Deus tem um belo plano para elas.

Desde que as pessoas casadas se esforcem para proteger e preservar a santidade do casamento, Deus estará lá para lhes dar força e coragem, para que possam enfrentar os desafios da vida conjugal.

Segundo, Jesus não concordava com a lei do divórcio.  Pois para Ele, essa lei promovia a desigualdade. Uma vez que a referida lei, tratava a mulher como uma mera propriedade do homem.  Como uma mercadoria que pode ser descartada de acordo com a vontade do marido.

Aos olhos de Deus, ambos são preciosos.  Ambos são Seus filhos, merecedores de amor e de respeito.

Ao agir desse modo, Jesus quer que entendamos o valor de um belo casamento na preservação da família.

Quando a família - a célula básica da sociedade, é prejudicada, a família maior, a Igreja, certamente também é afetada.

Por isso, a Igreja participa do trabalho de preservação dos casamentos. Vários programas e instituições são criadas para minimizar, se não realmente resolver, o problema do rompimento do casamento.

Jesus é claro quanto ao motivo pelo qual rejeita o divórcio. As pessoas casadas são supostamente agentes de amor e união. Não fontes de mais caos e problemas para a sociedade e para a Igreja.

Portanto, aqueles que optam por se casar devem entender, desde o início, que os votos que fazem não são apenas palavras sem sentido.

O voto é um compromisso. Palavras poderosas para ajudá-los a permanecer fiéis e fortes mesmo em meio aos momentos mais difíceis de sua vida conjugal. 

O casamento é um presente de Deus. É um sacramento do amor de Deus. Cuidem dele. Preservem-no! Amém.

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Missão do Japão 22/09/2024: 25º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 9,30-37) Homilia



/Mesmo que estivessem vivendo com Jesus há algum tempo, ainda havia muitas coisas que os discípulos não conseguiam entender.  /Além de não entenderem o mistério do sofrimento, da morte e da ressurreição de Jesus, os discípulos também não tinham clareza sobre o verdadeiro significado do discipulado.

/No evangelho, ao ouvir sobre a questão em pauta entre os discípulos, Jesus aproveitou a oportunidade para instruí-los sobre a natureza e a essência do tipo de discipulado que Ele espera deles.

/Ele começou dizendo que, se alguém quiser ser o primeiro, deve ser o último de todos e o servo de todos.

/Um verdadeiro líder de discípulos é, antes de tudo, um servo.

/Um líder de discípulos oferece a si mesmo para servir, sem se colocar acima dos demais, e é servido pelos outros.

A próxima coisa que Jesus fez foi colocar uma criança no meio deles.  Por que uma criança?  /Uma criança simboliza os pobres, os desamparados e os membros ignorados da comunidade.

Portanto, usando uma criança como símbolo, Jesus ensinou a Seus discípulos que, como servos, eles deveriam servir principalmente a esses pequeninos, aos pobres, aos humildes e aos membros abandonados da comunidade.

Jesus nos lembra que servir aos pobres e aos pequeninos é, na verdade, um privilégio de servir a ele e ao Pai que O enviou.

O evangelho de hoje nos lembra não apenas o caráter de liderança de nosso discipulado cristão, mas principalmente sua dimensão social.

Jesus enfatiza que, como discípulos cristãos, nossas preocupações não se limitam apenas à oração e à adoração litúrgica.

Não devemos nos esquecer de que, ligado ao nosso relacionamento com Deus, está o nosso relacionamento com os outros seres humanos.

Nunca poderemos ser chamados de discípulos cristãos a menos que, como o próprio Cristo, conduzamos as pessoas em direção ao Reino. /E, como Ele, também estamos prontos a nos oferecer para servir aos outros, especialmente aos pobres mais abandonados de nossa sociedade. 

Amém.

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Missão do Japão 15/09/2024: 24º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 8,27-35) Homilia



Depois que Jesus soube da impressão que as pessoas tinham sobre Ele, e depois de ouvir de Pedro o que os apóstolos entendiam sobre Ele, Jesus começou a revelar aos apóstolos Seu sofrimento vindouro e Sua morte na cruz.

 O impacto dessa revelação foi muito forte. Tão forte que certamente causou muita tristeza e dor. E essa dor fez com que eles perdessem uma parte importante dessa revelação, a que no terceiro dia Ele ressuscitaria.

Por meio da objeção de Pedro ao sofrimento e à morte de Jesus, o evangelho nos descreve nossa tendência natural de rejeitar e negar os sofrimentos e as dificuldades. É claro, quem ficaria feliz quando se tem um problema? Ninguém. Porque o sofrimento traz tristeza e dor.

Mas o grande amor de Deus pela humanidade permitiu que Ele enviasse Seu Filho, que sofreu e morreu, dando uma nova face ao sofrimento e à morte.

O sofrimento e a morte de Jesus na cruz, que antes eram um símbolo de escândalo, sofrimento e humilhação, tornaram-se um símbolo de esperança, salvação e vida.

Da mesma forma, a partir de então, todo sofrimento e toda dificuldade são transformados, como ocorrido com a cruz de Jesus.

Toda experiência de dificuldade pode nos levar à vitória, se entendermos e aceitarmos que elas ocorrem, não para nos destruir, mas, na verdade, para nos transformar em pessoas melhores.

Ficou claro para Jesus que há valor e significado na aceitação de Seu sofrimento e morte.  Tratava-se de Amor. Tratava-se de Salvação.

E Ele quer que vejamos nossas próprias experiências de sofrimento e desafios na vida como sinal de Amor e Salvação. /E nunca sobre punição e condenação.

Nossos sofrimentos e dificuldades parecem ser fardos e maldições. Mas, na verdade, não são. Como o sofrimento e a morte de Jesus, eles são, na verdade, bênçãos disfarçadas.  Amém.

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Missão do Japão 08/09/2024: 23º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 7,31-37) Homilia



/É bom que as pessoas surdas hoje em dia não tenham muito problema com relação ao acesso à informação.

/Eles agora têm intérpretes.  E podem até usar a tecnologia moderna para facilitar a comunicação e o acesso à informação.  /Mas não os surdos da época de Jesus.  Sem intérpretes, sem tecnologia.

/Pior, por serem deficientes, eram considerados pecadores.

/Jesus sabia muito bem a dificuldade que aquela pessoa surda estava enfrentando ao chegar até Ele.

/Por isso, Jesus decidiu abrir os ouvidos desse surdo e permitiu que ele fosse curado de seu problema de fala. /Para que, como os demais, ele entendesse, proclamasse sua fé em Jesus e se tornasse Seu discípulo.

Esse gesto de Jesus está simplesmente nos dizendo que o desejo de Jesus de que entendamos as Boas Novas é muito grande.

/E, à medida que a Palavra chega até nós, Jesus espera que Sua Palavra possa nos tocar e nos transformar em filhos genuínos e fiéis do Pai.

/Às vezes dizemos que temos pena dos surdos porque eles nunca poderão ouvir uma música bonita. /Ficamos tristes por eles porque não podem ouvir o doce som dos pássaros e o som calmante do rio que corre.

/Mas, pensando bem, não é verdade que merecem mais pena as pessoas que não são deficientes auditivas e que têm a capacidade de falar, mas não usam bem essas capacidades e habilidades?

/Que, em vez de dedicar seus ouvidos a ouvir a Palavra de Deus, preferem ouvir fofocas e ouvir histórias maldosas?

/Que, em vez de proclamar Jesus e Seus ensinamentos, preferem falar mal e amaldiçoar outras pessoas e proferir palavras maldosas?

/Neste domingo, Jesus nos lembra que Ele está disposto a nos curar de nossa deficiência, de nossa incapacidade de ouvir bem a Sua Palavra.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Missão do Japão 01/09/2024: 22º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 7,1-8.14-15.21-23) Homilia

  


Para os fariseus e os escribas, lavar as mãos antes de qualquer refeição era muito significativo porque essa era a tradição dos seus antepassados.  A preocupação, porém, não era com a higiene, mas com a prática religiosa.

E com o passar do tempo, esses líderes religiosos de Israel se aproveitaram de sua posição, manipularam esse costume simbólico, mudaram seu valor e significado originais para seu próprio interesse.

Obviamente, Jesus era contra, não à lavagem das mãos, mas à noção de que tais ações formais e meramente externas constituíam a religião de uma pessoa.

Porque, verdadeiramente, de dentro da pessoa, de dentro de nós, vêm os maus pensamentos, o homicídio, a ganância, o adultério, a malícia, o engano, a inveja, a blasfêmia, a arrogância, etc.

Nossa liturgia de hoje basicamente nos lembra de analisar os motivos que temos para fazer o que fazemos, especialmente em relação à prática de nossa religião e nossa fé.

Por exemplo, por que vamos à missa num domingo?  Por que alguns de nós somos ativos na realização de serviços aqui no altar, ou por que participamos ativamente da celebração litúrgica?  Quais são os nossos motivos para fazer todas essas boas coisas?

À luz da história dos escribas e fariseus, se todas essas coisas boas que fazemos são feitas apenas porque queremos que as pessoas vejam nossa bondade, nossa religiosidade, ou para ter uma boa imagem, ser reconhecido e se tornar popular, ou talvez para encobrir nossa pecaminosidade,  então, no padrão de Jesus, essas coisas boas que fazemos não são nada além de absurdo. Sem sentido.  Nenhum valor.

Porque fazer um ato bom ou religioso por ostentação é uma piedade sem alma.  Um serviço sem coração.

Em tudo o que fazemos, que o Amor seja nosso motivo mais forte.  Pois Cristo não tinha outro motivo quando aceitou a Cruz e Sua morte — somente Amor, somente Amor Altruísta. Amém

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Missão do Japão 04/08/2024: 18º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Jo 6,24-35) Homilia


Depois de alimentar milhares de pessoas, Jesus foi embora porque percebeu que elas queriam que Ele fosse o Rei delas. Mas as pessoas procuraram por Ele e O encontraram. 

Quando Ele reencontrou essas pessoas, sabia que a motivação delas para segui-lo não era o fato de terem sido convertidas pelo milagre que Ele fez.  Era só porque estavam saciadas fisicamente, que queriam estar com Jesus.  Por isso, Jesus fez esta declaração:  "Trabalhem, pois, não por alimentos perecíveis, mas pelo alimento duradouro que dá vida eterna".

O que Jesus estava tentando dizer àquelas pessoas que vinham a Ele?  Era basicamente um aviso para que as mesmas verificassem seus verdadeiros motivos para segui-Lo. Jesus queria que elas O seguissem não apenas porque recebiam algo d’Ele. O que Ele queria era que elas O seguissem porque tinham fé n’Ele. /Porque, uma vez que acreditassem em Jesus, isso significaria que eles também fariam e refletiriam as obras de Jesus em suas próprias vidas.

Quando pediram que Ele lhes desse o pão de que estava falando, Ele disse: "Eu sou o pão da vida; quem vem a mim nunca terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede". 

Com essa declaração, Jesus se apresenta, claramente, como o "alimento" de que eles precisam, para não ter mais fome.

A mensagem importante dessa declaração de Jesus é que, quando as pessoas O recebem, Ele se torna o alimento e a nutrição de suas almas. E espera-se que aqueles que O receberam sejam transformados à imagem de Jesus.

As mensagens de Jesus, que aprendemos em nosso evangelho de hoje, não se destinam apenas às pessoas da época de Jesus.  É por isso que é bom nos perguntarmos: qual é a nossa motivação para seguir Jesus? Recebemos Jesus muitas vezes na comunhão. Fomos transformados à Sua imagem?  Será que nos tornamos melhores e dignos da vida eterna? Amém.

quarta-feira, 24 de julho de 2024

MISSÃO DE FÉRIAS EM EQUADOR


Aspersão após a missa das 9h (Crianças e Jovens)


Deus é muito bom e coloca pessoas especiais em nossas vidas. Logo, tudo que Ele nos permite viver, é motivo de agradecimento. É com este sentimento que partilho com vocês, aquilo que estou chamando de “Missão de Férias em Equador”.

Maily, Pe. Jesus e Eu em feira de artesanatos de Ipiales - Colômbia


Equador, país da América do Sul, limitando-se a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo oceano Pacífico, cuja capital é São Francisco de Quito. Seu povo fala espanhol (94% da população) e idiomas tradicionais. O país tem renda média, com um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,740 (2022), pontuação considerada elevada pelas Nações Unidas. A moeda é o dólar americano, que substituiu o sucre desde 1998. A Congregação da Missão está presente no País com aproximadamente 20 membros, servindo em diferentes frentes missionárias: formação, paróquias e escolas. Saiba mais em: www.colegiosanvicentedepaul.edu.ec

Pe. Max, Visitador da CM Equador, mostra-nos o Colégio SVP 


Em contato com os coirmãos dali desde a época de seminarista, tive a oportunidade de nestas férias visitá-los in loco. A missão no país é exigente, mas gratificante. Com eles, pude aprender muito e também doar um pouco de mim, aquele povo andino.

Concelebrando com Pe. Carlos e a Comunidade da Medalha Milagrosa


Dia 15 de julho de 2024, cheguei ao país e fui acolhido no aeroporto de Quito, pelo Pe. Jesus Celi, que me conduziu pelo centro histórico da capital equatoriana, onde podemos visitar uma série de igrejas, museus e casas religiosas (jesuítas, franciscanos, carmelitas, etc.), onde além de rezar percebi a riqueza artística, sacra e cultural ali preservada. Destaco, especialmente a Basílica do Voto Nacional neogótica do Sagrado Coração de Jesus, um lugar que nos remete aos céus; templo este, construído para comemorar a consagração do Estado Equatoriano ao Sagrado Coração de Jesus, celebrado durante a presidência de Gabriel García Moreno em 1873. Tem 115 m de altura e é composta por 24 capelas internas que representam as províncias do Equador. É curiosa a devoção que os equatorianos têm pela Virgem das Dores, quadros com sua imagem estão presentes em altares em praticamente todas as igrejas, devido ao Prodígio da Virgem Dolorosa ocorrido em 20 de abril de 1906, quando alunos internos do Colégio San Gabriel de Quito, contemplaram à Virgem abrir e fechar os olhos por aproximadamente 15 minutos; bem como a devoção aos Santos de Equador: Santo Irmão Miguel, Santa Marianita de Jesus, Santa Narcisa de Jesus e Beata Mercedes de Jesus Molina. Na noite do mesmo dia, fomos acolhidos pelo formador, Pe. Carlos Mendes, e estudantes, David, Ignácio e Jaime, no Seminário São Vicente de Paulo, onde também está a Paróquia da Medalha Milagrosa, cujo pároco, Pe. José Luís.

Vista de Cima da Basílica do Sagrado Coração de Jesus

Visita ao Centro Histórico de Quito

Santos de Quito e Virgem Dolorosa


No dia seguinte, 16, visitamos ao Teleférico de Quito, onde se pode apreciar toda a capital e as montanhas vulcânicas que a circundam. Dali fomos ao encontro do Pe. Max Reyes, Visitador Provincial, que nos mostrou o colégio que está sendo reformado e ampliado e nos convidou para o almoço. À tarde, fomos à Imantag, local onde Pe. Jesus é vigário do pároco, Pe. Bladimir Andrade. Ali chegamos a tempo de presidir missa de conclusão de catequese, pe. Jesus concelebrou. Foi gratificante estar com aquele povo, especialmente indígena, que animaram a missa com contos em sua língua nativa, quinche. No final, entregamos os certificados aos catequizados, a cruz missionária e administramos benção com aspersão a todos os presentes.

Presidindo missa com comunidade rural de Imantag

Vista panorâmica de Quito e Vulcões ao redor a partir do alto do teleférico (Bondinho)


Dia 17, os coirmāos me presentearam com a realização de um sonho, peregrinar ao Santuário da Virgem de Las Lajas em Ipiales, Colômbia, cuja origem está por volta de 1754, quando a imagem da Virgem do Rosário foi descoberta por uma indígena chamada María Mueses com Rosa, sua filha, conta-se que quando se dirigiam a sua casa; ao verem-se surpreendidas por uma tormenta, Maria e sua filha buscaram refúgio na beira da estrada entre as cavidades formadas pelas pedras planas e imensas lajes naturais que caracterizam essa zona do cânion do rio. Para surpresa da mãe, a criança, que até aquele momento era considerada surda, chama sua atenção falando: "Mamãe, a mestiça me chama…" mostrando a pintura certamente iluminada de forma sugestiva pelos relâmpagos. Noticiado o prodígio à Igreja, rezou-se missa no local e se construiu, em etapas sucessivas, o maravilhoso Santuário tal como se vê hoje, com pedras em cinzas e listras brancas, confundindo-se com o ambiente local, sobre uma espécie de ponte contemplando o rio Guaritara e a encosta. O local tem uma cripta e um museu. O prédio principal é composto por três naves, vê-se uma parede de pedra natural da garganta do Cânion e na nave central está em destaque a imagem da Virgem do Rosário, pintada por um autor desconhecido em uma laje de pedra. Ali nos confessamos e tivemos a oportunidade de alcançar indulgências plenárias por ocasião do Ano Santo Mariano local.

Altar principal da Basílica da Virgem do Rosário de las Lajas



Panorâmica do Santuário de las Lajas

Vale salientar que antes mesmo de chegamos ao santuário descrito acima, tivemos a felicidade de visitar a família do jovem da JMV Paulo VI, Pablo, que está no Brasil por estudos. A família nos acolheu muito bem, preparando-nos pratos típicos do lugar. De nossa parte, fizemos a bênção das casas dos pais e avós, a pedidos de Pablo e a família nos levou a conhecer o impressionante Santuário da Virgem da Paz, que a exemplo do de Las Lajas está num cânion e sobre um rio, outra obra de arte de Deus e dos homens que vale a pena peregrinar.

Nave Principal do Santuário da Virgem da Paz (Gruta de onde também corre um rio)


Visita e bênção da casa da Família de Lucia e Marcos, pais do JMV Pablo, em San Gabriel 

Dia 18, estivemos nas cidades próximas de Imantag: Otavalo, Ituntaqui e Cuicocha, na primeira visitamos a féria de produtos artesanais, na segunda nos saboreamos com o cuy, uma iguaria da culinária, local feita com preá, milho, batata e legumes e na terceira, visitamos a lagoa de Cuicocha, que paira a mais de 3 mil metros de altura acima do nível de mar, sobre a cratera de um vulcão, espantosamente, ativo. A água da lagoa, que era para ser naturalmente fria, pela altura, é consideravelmente quente e nos passeios de barco que os mais corajosos se atrevem a fazer, pode-se ver a água borbulhar. A partir das 15h, de volta à Paróquia da Virgem da Apresentação em Imantag, unimo-nos ao Pe. Bladimir na escuta de confissões das crianças, jovens e seus familiares, que receberiam, também, os sacramentos da primeira eucaristia ou crisma no fim de semana seguinte. O dia terminou com a Adoração e bênção do Santíssimo e Eucaristia, presidida pelo Pe. Jesus e concelebrada por mim.

Igreja da Virgem da Apresentação - Missão/Paróquia de Imantag

Concelebrando com Pe. Jesus em Imantag

Administrando o Sacramento da Reconciliação em Imantag

Visita a Lagoa de Cuicocha, que fica em uma cratéria vulcânica.
A peça de roupa que uso se chama ponche, algo típico do lugar.  

Provando uma iguaria da culinária equatoriana: Cuy (Preá)

Nossa Senhora da Apresentação de Imantag.
O chapéu e as correntes são adereços característicos das mulheres indígenas locais. 

Confraternizando com a comunidade missionária de Imantag: Pe. Bladimir e Pe. Jesus

No dia seguinte, 19, tocava voltar a Quito, para dali voar ao Brasil. Pe. Jesus, com uma amabilidade e acolhida exemplar, continuou me conduzindo por alguns locais que o tempo ainda nos deixasse alcançar. Era seu desejo que fôssemos a outras regiões do país, águas termais, costa ou até a região amazônica, mas o tempo foi pouco, mas ainda pudemos apreciar a Cascata de Peguche, o zoológico em Guayllabamba, concluindo com a visita ao Santuário Nacional da Virgem do Quinche. El Quinche é uma pequena vila nas encostas geladas da Cordilheira dos Andes. Entre tantas manifestações da devoção mariana naquele país, a de Nossa Senhora da Apresentação de EI Quinche foi a mais notável, merecendo-lhe o título de Padroeira do Equador, desde sua coroação em 20 de junho de 1943, em Quito. O templo, dedicado à Virgem, tem uma estrutura belíssima, um modelo alemão, criado pelo Missionário Vicentino, Pe. Pedro Humberto Brüning, que também construiu mais de 100 igrejas no país.

Santuário Nacional da Virgem del Quiche 

Mulher reza à Virgem del Quiche 

Visita às Tartarugas Gigantes de Galápagos no Zoo de Quito

Cascata de Peguche


Uma vez em Quito, encontramo-nos com outros ramos da família vicentina: Juventude Mariana Vicentina, Filhas da Caridade e Sociedade de São Vicente de Paulo. Foram encontros informais durante as atividades normais do final de semana. É certo que houve uma atividade extra, pois a paroquia da Medalha Milagrosa teve, naquele sábado, dia 20, sua assembleia paroquial anual. No mesmo dia 20, pela manhã, tive o prazer de partilhar com os estudantes o tema: Ser Presbítero em São Vicente de Paulo, cuja fonte, Pe. Corpus, que nos fez aprofundar no assunto no recém-concluído Master em Vicentinismo. À tarde do mesmo dia, fomos até a Metade do Mundo, ponto por onde passa a linha imaginária do Equador, ainda que para a crença popular, há apenas dois pontos posicionados exatamente sobre o equador: o sítio arqueológico de Catequilla e o Quitsato Sundial. Concluímos à noite tomando o famoso “canelazo”, bebida quente feita de suco de laranja e canela, aos pés da Virgem do Apocalipse, que desde o topo do morro gelado do Panecillo, está voltada à basílica de Sagrado Coração de seu Filho como a contemplar-Lhe e à cidade de Quito, da qual é padroeira.


Visita à Metade do Mundo com Estudantes CM

Virgem de Asas do Apocalipse a lua e eu no Morro do Pãozinho

Estudantes da CM Equador


Formação: "Ser Presbítero em São Vicente de Paulo" aos Estudantes da CM Equador

Domingo, dia 20, coube a mim, duas missas, a de 7h e a de 9h na Paróquia da Medalha Milagrosa, pois os padres dali foram celebrar noutros locais. Depois das missas, pedi a bênção de Deus sobre dois carros e alguns fiéis que se aproximaram do Padre. E logo, pe. Carlos e os estudantes me acompanharam até o Aeroporto Internacional Mariscal Sucre.

Bênçãos a fieis da Paróquia da Medalha Milagrosa  

Bênção de Carros

Despedida no aeroporto de Quito

Presidência de Missas na Paróquia da Medalha Milagrosa
O Cartaz, a direita, alude ao 53º Congresso Eucarístico Internacional,
que se dará em Quito, de 8 a 15/09/2024 


Foi uma experiência positiva e digna de repetição. Oxalá, outros missionários e eu, tenhamos mais oportunidades semelhantes a esta e continuemos crescendo no serviço aos pobres e na fraternidade entre as províncias da Congregação da Missão.

Balanço na Cordilheira dos Andes.
Ao fundo se vê Quito e um de seus majestosos vulcões 





quarta-feira, 10 de julho de 2024

Missão do Japão 14/07/2024: 15º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 6,7-13) Homilia

 



O evangelho deste domingo começa nos dizendo que Jesus chamou Seus 12 apóstolos e os enviou, de dois em dois, para anunciar o evangelho e lhes deu autoridade sobre os espíritos imundos.

Ele não era poderoso o suficiente para fazer isso sozinho? Vamos dizer que não. Definitivamente, Jesus, sendo Deus, é poderoso o suficiente para fazer qualquer coisa. Ele chamou e enviou os apóstolos para participar de Sua missão de evangelização, objetivando enfatizar a eles e à próxima geração de discípulos, que crer e seguir Jesus não se limita apenas a ouvi-Lo ou a fazer parte de uma comunidade cristã.

No momento em que nos tornamos Seus seguidores, nós O seguimos de perto no trabalho de difundir o Evangelho, no serviço de denunciar os males de nossa sociedade e na missão de multiplicar o amor, a misericórdia e a paz ao nosso redor, ou seja, devemos desempenhar um papel ativo na renovação de nossa sociedade. 

Com certeza essa responsabilidade cristã não será fácil, como não o foi para os apóstolos. Mas, assim como os apóstolos, somos chamados e enviados não por nós mesmos, porque a verdade é que, nessa empreitada, Cristo está conosco. Cristo está presente para nos apoiar, inspirar e incentivar, especialmente nos momentos desafiadores.

Não nos esqueçamos, entretanto, de que para sermos eficazes na missão que fomos enviados a cumprir, como os apóstolos de Jesus, temos de viver uma vida de simplicidade, coragem e confiança na Providência Divina. Da mesma forma, devemos ter sempre em mente que essa missão é também nossa forma de demonstrar gratidão a Jesus, que não apenas nos salvou, mas também nos ensinou como nos tornarmos salvadores uns dos outros. Amém.

quinta-feira, 4 de julho de 2024

Missão do Japão 07/07/2024: 14º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Mc 6,1-6) Homilia



/Quando chegou a hora de voltar ao lugar onde nascera, em Nazaré, com os discípulos, Jesus foi à sinagoga e ensinou.

/Muitos ficaram admirados com sua sabedoria. Os que estavam na sinagoga o admiravam muito. /Mas as palavras que ele dizia, infelizmente, não entravam em seus corações para que tivessem fé nele. /Porque, para eles, Jesus era apenas uma pessoa comum. Filho de um carpinteiro e de uma mãe comum.

/Mas espere... vamos parar um pouco antes de realmente dizer que o povo de Nazaré era ingrato. Vamos olhar para nós mesmos. /Cristo tomou sobre Si os nossos próprios pecados.  Ele sofreu e morreu para nos salvar. /Mas, apesar dessa bondade e preocupação, por que ainda há muitos pecados ao nosso redor, como bebês que não têm a chance de viver por causa do aborto?

/Por que há famílias que podem ser desfeitas por causa de infidelidades e desonestidade?  /Por que os pobres estão ficando mais pobres e mesmo fracos ainda são usados? /Por que ainda há muitas pessoas que só pensam em si mesmas para serem ricas e poderosas e se esquecem daqueles que não têm nada e estão desamparados?

/Isso não é uma clara rejeição a Jesus?  Não é essa a negação do Cristo que ofereceu Sua vida por nós?

/Quando não perdoamos alguém que nos ofendeu, quando o amor não está atuando em nosso relacionamento com os outros, isso não é uma clara frieza em relação a Jesus e Seus ensinamentos?

/Se esse é o tipo de vida que estamos vivendo, não somos semelhantes ao povo de Nazaré, que rejeitou e negou Jesus e Sua oferta de salvação? Amém.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Missão do Japão 30/06/2024: 13º Domingo do Tempo Comum | ANO B (Jo 21,15-19) Homilia



O ponto óbvio e a ênfase comum do nosso evangelho de hoje é a realidade da fé, que estava muito presente nos dois personagens da história do evangelho.

Jairo se prostrou aos pés de Jesus e suplicou fervorosamente. Ele se aproximou de Jesus com humildade e fé em Seu poder.

A mulher, por outro lado, não tinha coragem nem mesmo de encarar Jesus. Mas ela foi fiel o suficiente para acreditar que o poder e a misericórdia de Jesus estavam presentes até mesmo em Suas roupas.

O evangelho nos diz, então, que a FÉ autêntica em JESUS é a chave, se não o segredo, para a felicidade, a integridade e a VIDA. Somente a fé verdadeira pode nos levar a reconhecer o amor e a preocupação genuínos de Jesus por nós.

Outro ponto importante que o evangelho deseja nos dizer é a disponibilidade de Jesus. /Ele prontamente compartilhou Seu tempo e Seu poder para ajudar a filha do oficial e para curar a mulher. Com essas ações, Jesus mostra que Ele está disponível para qualquer pessoa que venha a Ele com humildade e fé.

Como Cristo, ajudar os necessitados nunca deve ser visto como um obstáculo, quando o chamado para fazer o bem, não faz parte da programação do nosso dia. Como cristãos enviados para continuar a missão de Jesus Cristo, espera-se que sejamos trabalhadores em tempo integral na vinha de Deus. Espera-se que entreguemos o melhor de nossas habilidades, a bondade de Deus a outras pessoas a qualquer hora, em qualquer lugar, e em qualquer situação.

E que essa bênção nos transforme em instrumentos ávidos do Senhor, dispostos e disponíveis para compartilhar e servir porque o Amor está vivo e a Fé é autêntica em nossos corações. Amém.

quarta-feira, 26 de junho de 2024

A exegese dos três evangelhos sinóticos (Marcos, Mateus e Lucas)


 

A exegese dos três evangelhos sinóticos (Marcos, Mateus e Lucas) envolve a análise detalhada desses textos para entender melhor seu conteúdo, contexto histórico e teológico, bem como suas semelhanças e diferenças. Esses evangelhos são chamados "sinóticos" porque podem ser vistos juntos (do grego "synoptikos", que significa "ver junto"), permitindo uma comparação paralela.

Evangelho de Marcos

  • Autor e Data: Acredita-se que Marcos tenha sido escrito por João Marcos, um companheiro de Pedro. Provavelmente foi escrito por volta de 65-70 d.C.
  • Público-alvo: Principalmente os gentios (não-judeus).
  • Características: É o mais curto dos evangelhos e é conhecido por seu estilo direto e urgente. Marcos enfatiza as ações de Jesus mais do que seus ensinamentos. O evangelho começa com o batismo de Jesus e se concentra na sua atividade milagrosa e nos eventos que levaram à sua crucificação.
  • Temas Principais: O Messias sofredor, a incompreensão dos discípulos e a urgência da missão de Jesus.

Evangelho de Mateus

  • Autor e Data: Tradicionalmente atribuído a Mateus, um dos doze apóstolos. Provavelmente escrito entre 70-85 d.C.
  • Público-alvo: Principalmente judeus cristãos.
  • Características: Mateus contém muitas citações do Antigo Testamento, mostrando como Jesus cumpriu as profecias. Inclui o Sermão da Montanha (capítulos 5-7), que contém muitos dos ensinamentos éticos de Jesus.
  • Temas Principais: Jesus como o cumprimento das profecias judaicas, o Reino de Deus, e a importância da justiça e da ética.

Evangelho de Lucas

  • Autor e Data: Atribuído a Lucas, um médico e companheiro de Paulo. Provavelmente escrito entre 80-90 d.C.
  • Público-alvo: Tanto judeus quanto gentios, com uma ênfase especial em mostrar a universalidade da mensagem de Jesus.
  • Características: Lucas é o mais longo dos evangelhos e inclui muitos detalhes únicos, como os relatos do nascimento de Jesus e parábolas como o Bom Samaritano e o Filho Pródigo. É notável por sua ênfase nos pobres, nas mulheres e nos marginalizados.
  • Temas Principais: A compaixão de Jesus, a importância da oração, e a obra do Espírito Santo.

Comparação dos Evangelhos Sinóticos

  • Fontes Comuns: Mateus e Lucas usaram o Evangelho de Marcos como uma de suas fontes, além de uma fonte hipotética chamada "Q" (do alemão "Quelle", que significa "fonte"), que contém ditos de Jesus não encontrados em Marcos.
  • Diferenças Narrativas: Cada evangelho tem diferenças narrativas que refletem os objetivos e o público-alvo dos autores. Por exemplo, Mateus enfatiza o cumprimento da lei judaica, enquanto Lucas destaca a universalidade da mensagem de Jesus.
  • Paralelismos: Muitos eventos e ensinamentos aparecem em todos os três evangelhos, permitindo uma comparação detalhada. Exemplos incluem o batismo de Jesus, a tentação no deserto, e a transfiguração.

A exegese desses evangelhos exige um exame cuidadoso dos textos, considerando as diferenças e semelhanças entre eles, bem como o contexto histórico e cultural no qual foram escritos.